Supervisão e Orientação Educacional

Por Omaize da Cruz Mendes | 29/11/2016 | Educação

 

RESUMO

O objetivo deste artigo é conhecer e analisar as diversas formas de como a supervisão e orientação educacional. As diversas definições com as teorias de Grinpun, 2005, Urbanetz e Silva, 2008, entre outros autores que auxiliam na orientação desta identificação. As considerações feitas a respeito de supervisão e orientação educacional evidenciam a importância de uma grade atenção frente ao processo de conhecimento. O método de estudo foi bibliográfico partindo principalmente dos autores citados. A partir do estudo, então percebeu-se que os processos educativos não são apenas implantados num determinado espaço – a escola; estão necessariamente envolvidos com o contexto cultural que a cerca, contexto este compreendido com um conjunto de elementos que incluem o social, o político, o econômico, o histórico, o cultural. Após a observação e analise do trabalho, pode-se constatar que este não tem satisfatoriamente o conhecimento das funções que lhes são atribuídas e que vivem em constantes contradições sobre suas funções reais, o que é possível realizar, ou seja, que teoria e pratica nem sempre andam juntas.

 

 

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por objetivo refletir e analisar a Orientação e Supervisão Educacional diante das perspectivas atuais da Escola, a orientação educacional é parte de um todo, faz parte da escola que com ela interage permanentemente, assim como a própria sociedade.

A orientação educacional desenvolvida na escola interfere, então, no seu projeto, enquanto dele participa sendo seu principal papel o da mediação, que deve ser percebido com a articulação/explicitação o desvelamento necessário entre o real e desejado, entre o contexto e a cultura escolar, entre o contexto e o simbólico, entre a realidade e as representações sociais que fazem os protagonistas da pratica escolar. Toda esta gama de aspectos que se entrecruzam no papel da orientação, na verdade são os dados, as pistas para que possamos auxiliar promover os meios, disponibilizar as condições para uma qualificação na construção da subjetividade.

Acretida que, com a implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1997), a supervisão educacional foi considerada uma grande aliada do professor na implementação, associada à avaliação critica, desses parâmetros. Contudo, para que se possa alcançar esse objetivo, é necessário que a supervisão seja vista de uma perspectiva baseada na participação, na cooperação, na integração e na flexibilidade. Nesse sentido, reconhece-se a necessidade de que o supervisor e o professor sejam parceiros, com posições e interlocuções definidas e garantidas na escola.

A partir do século XX, especificamente em 1924, com a criação da A. B. E. – Associação Brasileira de Educação – os “técnicos em educação” receberam grandes estímulos na área educacional partindo dessa analise, já nos encontramos no século XXI e vários reformas educacionais ocorreram e assim as duvidas sobre o papel do supervisor escolar pairam em muitas mentes como um vulcão à beira da erupção. Sabe-se que algumas reformas na educação foram diretrizes e bases da educação; Lei – 9.394/96 – onde a partir do Art. 61 desta lei relatam acerca da importância da formação desse profissional da educação.

Discutir a organização escolar perpassa por uma profunda analise da função da escola nos dias de hoje. Perceber o papel dessa instituição nos contextos da sociedade pressupõe o entendimento do que queremos da educação e aonde queremos chegar como sociedade.

Fazendo um resgate da história, percebe-se que a atenção com a educação se deu desde as primeiras formas de escolarização em Roma e na Grécia. Na idade média, foi a partir da criação da primeira universidade que o ensino passou a ser ministrado em instituições especificas para este fim. E como ainda acontece hoje, naquela época o acesso a essas instituições era restrito apenas a uma minoria privilegiada (Penim vieira, 2002).

A Supervisão e Orientação Educacional é parte de um todo, faz parte da escola que com ela interage permanentemente, assim como com a própria sociedade.

A orientação educacional, como já nos referimos tem o papel de mediação na escola ela se reveste de mais um campo na escola para analisar, discutir, refletir com e para todos que atuam na escola, em especial os alunos, não com um tom preventivo, corretivo, mas com um olhar pedagógico. A orientação faz um trabalho de interdisciplinaridade entre fatos/situações, ações/razões e emoções que levam o individuo a agir de determinada forma.

O estudo evidencia, então, que houve mudanças ocorridas no contexto atual e que certa forma incide na educação e, na escola, onde formalmente a educação se desenvolve.

O desenvolvimento das ciências lançou as bases das doutrinas da nova educação, ajustando à finalidade fundamental e aos ideais que ela deve prosseguir os processos apropriados par realização. A extensão e a riqueza que atualmente alcança por toda a parte o estudo cientifico e experimental da educação, a libertam do emperismo, dando-lhe um caráter e um espírito nitidamente cientifico e organizando, em corpo de doutrina, numa serie fecunda de pesquisas os princípios da educação, pressentidos e às vezes formulada, pela instituição luminosa de seus precursores. A nessa nova concepção de escola, que PE uma reação contra as tendências exclusivamente passivas intelectuais e verbalistas da escola tradicional, a atividade que esta na base de todos os seus trabalhos, é a atividade esportiva, alegre e fecunda, dirigida a satisfação das necessidades do próprio individuo.

Precisamente a Orientação Educacional é uma das mais importantes áreas de atuação do Pedagogo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 estabeleceu que a formação dos Orientadores Educacionais deva acontecer em Cursos Especialização.

A ação da Orientação Educacional visa garantir plena inserção do educando no espaço escolar e social com o apoio da família e das demais instituições sociais.

O Orientador Educacional tendo em vista que é regulamentado pelo Decreto Federal número 72846, de 26 de setembro de 1973, que apresenta as atribuições privativas desse profissional, bem como as demais funções que deverão ser compartilhadas com os demais participantes da comunidade escolar.

O supervisor escolar na Lei nº 9.394/96 Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional, para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida nesta formação, a base comum nacional.

Na sociedade a onde estamos inseridos, com o aumento exacerbado do consumo produtivo das cidades o advento do processo de industrialização aliada do progresso, o surgimento da burguesia e cada mais urgente o papel da escola como agencia transmissora do saber.

A esse propósito, Carvalho (1989) nos chama a atenção para o fato de que a supervisão no Brasil não se constitui numa pratica nova, mas vai se revestindo de situações novas de acordo com as novas realidades que vão surgindo e afirma que, a partir da ampliação do direito à escola para as camadas menos favorecidas, aumenta a exigência da introdução de outros profissionais na escola que se torna bastante complexa, sendo na década de cinquenta, com a expansão da política no governo JK, que são formados os primeiros supervisores escolares do ensino primário, através do programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar (PABAEE).

Para Passerimo (1996), “o trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepção libertadora da educação, exige um compromisso muito amplo, não somente com a comunidade na qual se esta trabalhando, mas consigo mesmo”. Trata-se um compromisso que induz a competência profissional e acaba por refletir na ação do educador. Buscando, também, criar meios para que o ambiente escolar seja adequado e favorável para o desenvolvimento educacional e pessoal dos alunos. Segundo o decreto nº 72.846, de 26 de setembro de 1973. 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 O PAPEL DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

A orientação educacional entendida como uma equipe multidimensional agrega a escola, no seu projeto enquanto dele participa sendo seu principal papel o da mediação, que deve ser percebida como a articulação/explicitação o desvelamento necessário entre o real e o desejado, entre o contexto e a cultura escolar, entre o concreto e o simbólico, entre a realidade e as representações sociais, à natureza filosófica da escola junta-se a natureza técnica administrativa que com toda sua dinâmica e relações produzem a sua cultura escolar, a sua historia. O desafio maior é educar crianças, jovens num mundo em crise, com mudanças substanciais, hoje ampliada por uma nova sociedade que é virtual, onde entrecruzam como redes, teias, valores diferenciados, exigências múltiplas. Precisamos priorizar o enfrentamento desses desafios, mas precisamos priorizamos procurar entender porque e como esses desafios se apresentam. Em face desse quadro é comum encontrarmos perguntas que se fazem na escola em relação à Orientação Educacional (GRINPUN, 2005):

Grandes questões da Orientação Educacional

  • Por que? Para que? A quem? Como e quando se orienta?
  • A Orientação Educacional deve ser oferecida para todos os alunos ou apenas para aqueles que apresentam mais dificuldades/desajustes na escola?
  • Como romper barreiras (com o aluno, para o aluno) dentro e fora da escola?
  • Quem deve fazer Orientação Educacional na escola?
  • Como trabalhar os aspectos pedagógicos quando se apresentam muitos aspectos psicológicos que deveriam ser atendidos?
  • Como fazer numa escola em que há poucos orientadores para o numero de alunos?
  • É possível uma orientação educacional com pouco contato com os alunos?
  • O professor pode fazer orientação educacional afinal ele também não se relaciona com o aluno?
  • Qual a “formula” de sucesso para uma orientação educacional bem-sucedida na escola? Quais os “ingredientes” dessa formula?
  • Afinal, por que ainda se fala em orientação educacional na escola?

É evidente que as questões não se esgotam nas apresentações; o que queremos é analisar é qual o papel da Orientação Educacional, numa escola que é parte integrante de uma sociedade, que tem seu papel a desempenhar neste momento histórico. As respostas ao porque, para que e como ficam no caminho de uma justificativa da orientação; ultrapasso esse caminho e vou em busca da identificação/análise do papel da orientação numa escola comprometida com seu projeto político pedagógico na relação com a escola e com a sociedade em geral.

A pratica pedagógica da Orientação Educacional carrega consigo algumas marcas inclusive estão presentes em documentos que normatizam sua ação e que fazem parte da sua própria historia, em que, com frequência, culpou, e ainda culpa, as crianças e suas famílias pelo fracasso na escola, especialmente as das classes populares. Sendo as explicações medicas muitas vezes e focadas como possível justificativas para o baixo desempenho desta criança. (Palto, 1999)

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