Suicídio: Um alívio paliativo

Por Laís Sobreira de Oliveira | 11/08/2016 | Sociedade

A pergunta é: Será o suicídio um problema social? Sim, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o suicídio mata mais que HIV em todo o mundo e , ressalta-se que, também, se tornou um alarmante no cenário brasileiro devido ao insistente "tabu" social relacionado ao fim da vida. A morte de si não é um evento banal, movido por uma emoção qualquer, e sim o sinal mais claro de que o indivíduo se deixou vencer pelo desespero. Assim, pessoas de todas as cidades e classes sociais optam por essa saída, e uma reincidência comprova uma anomia social. Isso porque, de acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a anomia é uma situação social produzida pelo enfraquecimento dos vínculos sociais e pela perda da capacidade da sociedade regular o comportamento dos indivíduos, o que explicita tais dificuldades no avanço psicológico comportamental dos cidadãos como indivíduos coletivos. Assim, estima-se que 10 a 20 milhões de pessoas tentam se matar a cada ano, e muitas, consequentemente, são diretamente impactadas, sofrendo sérios danos. De acordo com o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, a pior coisa que pode acontecer a alguém é nascer. Por conseguinte, a vida seria um tipo de sofrimento inacabável. Nesse aspecto, diversas pessoas pensam  exclusivamente no lado negativo das situações cotidianas, enfatizando-as de forma a não acreditar na felicidade.Ressalta-se que, em pleno século XXI, falar sobre a morte se tornou um empecilho. Isso porque, o homem, geralmente, sente-se limitado ao falar sobre o desconhecido, além do fato de agredir várias crenças religiosas. Não obstante, por ser comprovado um fato social, necessita-se da manutenção reflexiva sobre os motivos e causas de tamanha progressão dessa condição suicida. Portanto, urge-se um alívio imediato inverso ao que as vítimas sujeitas ao ato suicida e as pessoas que possuem tendência. Isso pois, como sociedade, todos os problemas que atinjem essa coletividade são considerados empecilhos públicos e, desse modo, deve ser visto com um olhar cauteloso. Dessa forma, percebe-se a necessidade de investimentos nos postos de saúde ao atendimento psicoterapico, além de uma expansão no ato voluntário existente em ONGS, como CVV (Centro de Valorização a Vida), uma vez que essa realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas necessitadas. Portanto, a principal lição é entender que se suicidar é uma solução imediata e irreversível para problemas temporários e remediáveis. Há sempre outras formas de aliviar a dor.