Sua Maior Decepção

Por Isaac de Souza Guedes | 25/07/2010 | Família

Estava tudo bem, me encontrava deitado pensando em levantar, minha tia assistia TV quando ele aparece trazendo uma mulher. Ela era baixa, não tinha beleza alguma, sua voz era muito fina e irritante.
Era uma mulher de ponta de esquina, aparentemente parecia ser isso ou então não se prestaria a um papel daquele, no quintal estava apenas de calcinha se requebrando.
Minha tia não poderia suportar aquela pouca vergonha em sua casa, por mais que fosse a namorada de seu próprio filho, levantou do sofá em que se encontrava e disse:
― Eu não quero essa mulher aqui não! Você traz essas raparigas pensando que aqui é brega, aqui não é brega não, manda essa mulher ir embora.
― Não chama ela de rapariga não! ― disse seu filho com um tom e voz alterado, eu já estava do lado dele, apenas observando, a mulher queria entrar em confronto com minha tia, no entanto seu namorado não permitiu segurando-a e levando-a para o quarto.
Tia fechou a porta da cozinha e ficou resmungando, seu filho do quarto escutava tudo, sem paciência saiu e com ignorância queria espancar minha tia, que o provocava:
― Bate, bate! Seu covarde vou te entregar é para a polícia.
― Vou te furar o olho!
Eu apenas o segurava impedindo que a espancasse, ele estava alterado se eu na estivesse ali talvez ate a mataria, não permiti que ele batesse nela, ele ainda a empurrou, ela caiu diante da mesa, foi lamentável aquela situação, eu tremia, ele era méis forte do que eu, todavia o segurei, não deixando o pior acontecer.
Depois de tudo controlado, a namorada do meu primo me chamou:
― Vou embora, nunca passei por isso! ― disse ela tentando sair dos braços do namorado que impedia... Deixei os dois lá, fiquei conversando com minha tia.
Ela estava com os olhos avermelhados, não era de raiva e sim de decepção; chorava, sentia se como se fosse um nada, muitas vezes tentou se matar, sua vida não tinha mais valor, se encontrava em uma terrível depressão, a morte era a sua única solução para acabar de vez todo aquele sofrimento.
Se fosse agredida por alguém na rua não seria a mesma coisa de ser agredida por seu próprio filho... Sangue do seu sangue. Tive medo de deixá-la sozinha com ele, todavia teria que ir trabalhar, sai depois de tudo acalmado, quando retornei, era tarde, ela já estava morta, o assassino foi seu próprio filho a qual ela amou tanto e que a matou, simplesmente por causa de uma mulher de ponta de esquina.

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