Stress Ocupacional - Fatores Estressores na Rotina de Frentistas da Cidade de Aracaju - SE
Por Dany Gama dos Santos | 10/09/2018 | PsicologiaEste trabalho foi desenvolvido com o objetivo de identificar fatores de estresse ocupacional na atividade dos frentistas da cidade de Aracaju-se, e a existência de programa de redução do mesmo. O estresse existe, desde a antiguidade, no entanto apenas atualmente têm-se a consciência de seus efeitos positivos e negativos, nas pessoas e nos locais de trabalho. Através desta pesquisa percebeu-se que os níveis de estresse quando muito altos no trabalho, podem ocasionar perdas no desempenho profissional e consequentemente queda da produtividade. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi um estudo bibliográfico, seguido de uma pesquisa de campo para obtenção e coleta de dados. A pesquisa mostrou que quando as empresas não fazem investimento na qualidade de vida de seus funcionários, haverá perdas significativas e econômicas tanto para os trabalhadores quanto para a organização.
1 INTRODUÇÃO
Este projeto integrador de conclusão de curso, tem como objetivo apresentar inter-relação de carga e trabalho dos funcionários e os fatores estressores no contexto de suas funções em postos de abastecimento de combustível. Os frentistas são profissionais que operam bombas de combustível, abastecem veículos e maquinas pesadas com gasolina, álcool, diesel ou GNV (gás natural veicular), informam sobre o consumo e necessidade de reposição de combustível e demais consumo dos veículos, efetuam rápida lavagem em parabrisas e janelas, enchem e calibram os pneus, registram em formulário próprio de identificação do veículo abastecido,utilizam equipamentos de segurança, operam, programas informatizados, (para o controle de frotas), limpam e guardam as ferramentas em locais predeterminados. O trabalho dos frentistas situa-se em um contexto de serviço de atendimento ao público. Esse cenário contracena diferentes interlocutores onde os elementos de cenografia apareçam dos sujeitos são preestabelecidas pela organização do trabalho (FERREIRA 1999.) Este trabalho trata-se de uma p 2 instrumentos AET (Análise Ergonômico de Trabalho), com base em procedimentos específicos. A escolha do tema foi feita através da percepção de comportamentos de alguns profissionais que trabalham como frentistas. Essa pesquisa irá esclarecer se o estresse é por conta das atividades agregadas a sua função, tendo que manter a qualidade do serviço prestado ao público, batendo metas diária, semanais e mensais. Por pretender identificar o comportamento dos frentistas, a pesquisa é relevante porque irá diagnosticar qual o real fator e as principais características relacionadas ao estresse, buscando respostas para verificar a lógica organizacional que estrutura o modo de ser do ambiente da empresa e por outro lado a lógica do atendente que orienta a usual situação de trabalho. O objetivo central desta pesquisa é identificar os fatores estressores associados ao trabalho de frentistas. Além disso, visa avaliar o comportamento dos frentistas diante de situações estressantes em sua rotina de trabalho, investigar as principais doenças ocupacionais relacionadas aos frentistas e relacionar as atividades desenvolvidas pelo mesmo. Deste modo, o trabalho pretende responder as seguintes questões: como os frentistas de postos de gasolina da cidade de Aracaju lidam com as diversas atividades que desempenham em sua rotina de trabalho? A falta de habilidade de lidar com situações estressantes pode desencadear doenças ocupacionais em frentistas? As relações hierárquicas disfuncionais podem interferir na qualidade de vida do trabalhador frentista e dificultar seu rendimento? A estrutura do trabalho subdivide-se do seguinte modo: inicialmente exploram-se os principais conceitos relacionados ao estresse e ao estresse ocupacional. Em seguida serão abordados conceitos e atividades relacionadas aos frentistas em sua dinâmica laborativa. Por fim serão apresentados os resultados da coleta de dados que foram extraídos da aplicação de questionário e da entrevista semiestruturada, para obtenção de informações que confirmem ou neguem a veracidade da pesquisa. 3 2 ESTRESSE Estresse é uma reação do organismo, contra agentes físicos ou psicológicos, quando uma pessoa se confronta com uma situação que,a irrite, amedronte, excite ou confunda, ou a mesma que a faça feliz. Este tipo transtorno geralmente se dá função de muita carga de trabalho, profissionais que sofrem muita pressão, que lidam com serviços de assistência, e em especial contato direto com outras pessoas. O termo estresse foi utilizado pela primeira vez na área de saúde em 1926 por Selye parra designar um conjunto de reações específicas que ele havia observado em pacientes sofrendo as mais diversas patologias. Em 1936, Hans definiu a reação do estresse como uma síndrome do corpo a qualquer exigência (SELYE, 1956). 2.1 Conceitos e definições de estresse As primeiras referências à palavra stress, com o significado de “aflição” e “adversidade”, são do século XIV. No século XVII, o vocábulo de origem latina passou a ser utilizado em inglês para designar opressão, desconforto e adversidade (LIPP,1996). Nunca se falou tanto em estresse. O mundo de hoje é realmente estressante. A competição feroz entre as empresas, a globalização, os programas de qualidade, produtividade e tantos outros deixam o indivíduo estressado (MARINS, 2003). Segundo Selye(1956,p.2), Apalavra estresse vem do inglês stress. Este termo foi utilizado inicialmente na física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão e transpôs este termo parra medicina e biologia, significando esforço de adaptação do organismo parra enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu equilíbrio interno. 4 O estresse é uma reação muito forte do organismo quando o indivíduo enfrenta qualquer tipo de evento seja ele bom ou mau e que altera a vida desse sujeito. A partir desses conceitos notou-se que uma boa parte de pessoas admitem, em pesquisas e entrevistas de modo geral, que reconhecem o estresse no momento que o sentem, e apesar de não ser unânime, já se observou uma certa concordância na definição de estresse, como um desequilíbrio físico, mental e psíquico.