Sozinha

Sozinha, eu me encontro tão sozinha... perdida entre sonhos e ilusões... E agora, como vou voltar atrás, vivendo tudo, tudo o que deixei?

Sinto a vida como uma encruzilhada em que necessariamente tenho que um caminho escolher, já não bastam tentativas, sinto ter que agir, moldar meus passos, refazer-me por inteira.

Esconder-me aonde? Refugiar-me nos braços de quem? A solidão torna-se meu conforto, as lembranças de um passado distante impulsionam-me a viver.

Pra quê? Para onde? Para quem? Talvez fosse melhor parar e deixar o vento trazer o novo, o inesperado. Esperar que os dias sufocados pela nostalgia mudassem o rumo das coisas.

Mas não posso! Não quero mais esperar! Quero fazer minha própria história, marcar meu nome em algum coração, quero suar de tanto correr, quero chorar de tanto rir, quero soluçar num choro de contentamento, quero, simplesmente quero... viver... e talvez quando encontrar-me com a solidão, dizer o quanto ela contribuiu para chegar aonde cheguei!