SOU FILHO DA MÃE

Por cesar gonçalves | 08/10/2010 | Poesias

SOU FILHO DA MÃE
Mãe, ser indispensável à vida,
Palavras que nos tiram da morte,
Bálsamo para a dor da ferida,
Troféu na vitória da sorte.

Mãe, como a natureza de muitas criaturas,
Feito a lua, feito o mata,
Alicerce necessário a toda estrutura,
Água necessária a toda cascata.

Mãe do mar, mãe da terra.
Mãe dos homens e de Jesus.
Apelo que pode acabar com a guerra,
Força suprema que carrega nossa cruz.

Amor sobrenatural, incondicional,
Amor perfeito, majestoso,
Irreverente ou tradicional,
Amor de mãe sempre gostoso.

Tradução mais fiel da lealdade,
Amor sublime impoluto.
Ser que nasce com essa capacidade,
De amor total absoluto.

Luz que emite tanto brilho,
Definição mais simples da minha mãe.
Qualquer um vive sem ter filhos,
Mas ninguém nasce sem ter mãe.

Dívida que não se paga jamais,
Vínculo eterno e duradouro,
Meu barco partirá do seu cais,
Com esse brilho que reluz mais que ouro.

Hei de voltar um dia,
Trazer o silêncio que não fiz,
Colocar nossa vida em harmonia,
Voltar pra minha casa mais feliz.

O filho é a dor da ferida,
Não é a lâmina, mas é o corte
Para aquela que lhe dá a vida,
Só trazemos um pouco da morte.

Sofrimento que começa no parto,
Prolonga-se por nossas rebeldias,
Revolucionários não cabemos num quarto,
Impetuosos tomados pela valentia.

Perdoe-me mãe de amor,
Se não fui seu grande amigo,
Eu era apenas um filho em dor,
Buscando em seu peito o meu abrigo.

Pra você que me deu a vida,
E jamais me deixou cair,
Obrigado minha mãe querida,
Pelo fato de você existir.