Sonho de Verão.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 27/10/2013 | PoesiasSonho perdido.
Foi sem duvida.
O grande sonho.
Que nunca pude.
Imaginar.
O desejo que tive.
Que esquecer.
À vontade.
Que não pude ter.
A maior das ilusões.
De todos os tempos.
O abraço perdido.
Que esqueci.
Tive que deixar.
De ser.
O maior dos maiores.
Enganos.
Também o mais.
Indecifrável.
O segredo que fora.
Apenas meu.
Do mesmo modo.
O mais simples.
Entendimento.
Poderia até ter sido.
A canção do vosso.
Segredo.
Mas teria.
Muito medo.
O que não tive.
O que deveria.
Ter sido.
Noites inteiras.
Sempre pensando.
Sentindo.
O calor do verão.
Mas o tempo.
Levou-me.
Ao esquecimento.
Hoje o que seria.
O tempo perdido.
Porque eu deixei.
De ser.
Mas foi o melhor.
Dos meus acertos.
Mesmo querendo.
Não entender.
A estranha dialética.
Da vida.
A história não se.
Desenvolveu.
Esqueci que não tive.
Tempo.
E que a ilusão.
Foi à solução.
Um dos maiores.
Sonhos meus.
Seria tudo diferente.
Se o mundo tivesse.
Sido meu.
Ainda bem.
Que não pude perder.
Hoje sou mais.
Aprendi com os erros.
A estranha história.
Que parou.
O sonho meu.
Alguém não escreveu.
As linhas fugiram.
Do papel.
A caneta não tinha.
Tinta.
Por essas explicações.
Entre outras recordações.
Tudo foi complicado.
Mas o mundo.
Não foi meu.
O tempo passou.
A saudade esqueceu.
Hoje o que me faz lembrar.
O que não realizou.
Mas foi a verdade.
Mais indescritível.
Que nunca pude revelar.
Um sinal muito significativo.
Que desapareceu.
Até as flores do campo.
Recusaram.
Ao desenvolvimento.
De suas pétalas.
Muitos anos se passaram.
Quando eu voltei.
Tudo era diferente.
Até as ruas mudaram.
Olhava a cidade.
Tive vontade de descobrir.
Para onde foram.
Seus velhos segredos.
Mas ninguém.
Conseguia perceber.
O tempo não existia mais.
As imagens eram diferentes.
A melhor das ideias.
A séria a proposição.
Tudo que poderia ser.
O sentido mais distante.
O que tinha aparecido.
O tempo levou.
Para bem longe.
Nada aconteceu.
Restou a recordação.
Que não ficou na vida.
Não se prendeu.
A memória.
Tudo que trago.
Foi um sonho.
Distante.
De uma grande ilusão.
Que não pode.
Ser escrita.
Hoje.
Sinto distante.
De mim mesmo.
Longe da imaginação.
Esqueci-me de tentar.
Não pensar.
Resolvi não querer.
Recordar.
A saudade que não.
Efetivou-se.
Foram vários tempos.
De tantos outros eu.
Memorias registradas.
Que desapareceram.
Sinto tudo distante.
É perto.
Como se tivesse sido.
E não acontecido.
Esse mundo meu.
Não tive coragem.
De tentar não pensar.
Decide recordar.
Só para poder esquecer.
A vontade que tive.
Foi mesmo de perder.
Tudo poderia ser.
Diferente.
Se ainda fosse.
A inefável criança.
A felicidade.
Não teria recusado.
Mas o mundo não seria.
Outro.
A maldade me fez.
Talvez a vossa ideologia.
Os planos que perderam.
Foi a minha sorte.
O melhor dos mundos.
Teria sido um engano.
O destino das escolhas.
Não tenho.
Confesso confiante.
Nenhuma lembrança.
O vosso mundo.
Não era o meu mundo.
Porque nunca tive mundo.
Apenas sonhei.
Com o infinito aberto.
Com a luz das estrelas.
Das recordações que tenho.
São vidas distantes.
Nem mesmo a saudade.
Descreve o instante.
Que foram tantos outros.
Somados.
Desse modo sinto bem perto.
Até dos fatos.
Não acontecidos.
Mundos estranhos.
Que gostaria de tê-los.
Mas fugiram.
Deixando-me sozinho.
Desse modo.
Como a luz de uma estrela.
Que brilha na imensa escuridão.
O meu sorriso perde-se.
No tempo que passou.
E não registrou na memória.
Tantos sinais.
Um deles restou-me.
O meu imenso desejo.
De não ter sido.
O que de fato não fui.
Edjar Dias de Vasconcelos.