SONHAR

SONHAR
Sonhar é escrever no vento a vontade de crescer, vencer.
È o desejo feito leite que ferve
Que faz espuma branca, cheirosa, cremosa.
É navegar em mares, rios caudalosos.
Sem leme, sem barco, sem comandante.
Prever o futuro feito mel, rosa vermelha
É vôo de cisne branco; de águia-rei.
É passear entre as gardênias, violetas, jasmins,
Como se fossem tapetes da sala ou do banheiro.
É viagem fascinante.
Descobrir novas fronteiras.
Conversar com pessoas desconhecidas,
Ou com quem já se foi há muito tempo.
É não ter idade nem senso de censura.
Tudo é possível e tangível.
É desenhar em páginas limpas,
Imaculadas como a Virgem.
Descortinar nuvens que dão medo pelo desconhecido,
Pelo que poderá vir.
Lembranças recolhidas e escondidas nos abismos d?alma.
É momento que dura um minuto a mais de eternidade
Que liberta anseios presos em gaiolas de fios de seda.
É mastigar o ar, cuspindo formas disformes.
Descobri o possível escondido pela mediocridade do dia-a-dia.
É contar contos de areia.
É fermento criativo que desvirgina o papel com arte,
Elevando o escritor à imortalidade.
Quero rabiscar momentos como sonhos.
Gravar nas pedras do tempo
Sentimentos, anseios, vivências
Eterniza-me.
Soltar a imaginação e navegar
Num mundo de poesias, de crônicas, de contos.
Descompromissados com a rigidez da literatura clássica.
Era uma vez um Sonho e outros mais