Somos jovens em dezembro

Por Leonildo Dutras de Oliveira | 23/05/2012 | Filosofia

O passado está vivo, porém velho. O futuro não é tão esplendido quanto parece, e toda novidade é nova e necessária para nós.

Pagamos um preço muito alto por nossas ousadias ou mesmo por nossa covardia. Quando sonhávamos com mudança, o mundo já estava mudado, em plena revolução e, nós velho para lutarmos. Quando queríamos quebrar paradigmas, o mundo já estava mudado e nós permanecíamos os mesmos, sempre sonhando e caminhando, pensando em mudar o mundo, éramos a massa. Violenta e violentada, faminta e imortal, mas, não tínhamos mais forças para lutarmos, vencidos pelo tempo.

De um passado de glória à um presente consumista, alimentamos os nossos desejos. Com medo, fugimos pela porta dos fundos, deixamos o cabelo crescer e a barba por fazer. Hoje mesmo fugindo estamos, de cara limpa e alma lavada.

Que a força da massa (jovem) se expresse verbalmente, pois, não temos mais força para gritar, e que nunca mais aliene seus camaradas. E destrua todos os símbolos de um passado nefasto e construa um novo progresso.

Que toda “médium” seja nefasta com seus heróis e aprisione seus cérebros (caroços de azeitonas) em uma caixa de pandora.

Que os homens da hera do rádio e da televisão, sintam arrepios, toda vez que verem o mundo se comunicando, tramando contra a velhice, mentalidades sombrias e alma fria, em pleno calor escaldante do deserto. Dominaram o mundo e agora estão provando do seu próprio veneno. Sejam castigados por serem óculos-escuro, quando deveriam ser colírio para os olhos da fome.

Hoje, o homem mais enxerga do que escuta o vento do passado, soprando na sua orelha fria e mente vazia.

A grande massa está aflita, bestificada com as luzes de natal. É época de consumo, pecados e pecadores. Viva o Deus menino, que na nossa frente é pequenino.

Viva, ‘não’ criamos ‘somos’ criados, produto da eloqüência e insensatez, somos ovelhas e lobo, num mundo de pastores e famintos.