Somos iguais

Por ELISABETE DALTRO SANTOS | 02/07/2014 | Poesias

HOJE OUÇO NO CANTO DESSA GENTE

UM SOM DE TAMBOR DE AXÉ

A LIBERDADE QUE CANTA ENCANTA

A BELEZA DA FÉ

NESTA MISTURA DE COR 

MIM FAZ RELEMBRAR DO PELÔ

QUANDO OS ESCRAVOS 

ALI ACORRENTADOS

ERAM OBRIGADO A TRABALHAR

DEBAIXO DO SOL ATINO

OUVIAM-SE GEMIDOS

DOS NEGROS A APANHAR

CHICOTE DESCIAM NOS LOMBOS

SANGUE ESCORRIAM AO CHÃO

ROSTOS DEASFIGURADOS

NO TRONCO ALI LARGADOS

ACORRENTADOS AOS GRILHÕES

SENTINDO NA PELE A CRUELDADE

QUILOMBO SE REVOLTOU

PRA QUE TANTO RACISMO 

SE O SANGUE VERTIDO É DA MESMA COR DO SEU

NA SENZALA CANTAVA LIBERDADE

ENTOANDO IGUALDADE

ENTRE OS POVOS ENFIM

HOJE LIVRE CANTA 

COM PAZ E ESPERANÇA

A CULTURA DE UM POVO

QUE FOI SOFRIDO E OPRIMIDO

LUTANDO POR IGUALDADE

APROVEITANDO A LIBERDADE

NÃO DEIXANDO MORRER SUAS RAÍZES

POIS A ALMA NÃO TEM COR

O QUE IMPORTA É O FERVOR

DE UM POVO DESTEMIDO

SOFRIDO,MAS ORGULHOSOS,

DE QUE O RACISMO E O PRECONCEITO

ESTÁ SENDO VENCIDO.