Software Free ou Gratuito? O que é melhor para a sua Empresa – Arildo Constantino

Por Planwork | 14/04/2015 | Adm

Você quer um software “grátis” para o seu computador? Diante dessa pergunta a primeira resposta que vem à cabeça é “sim, claro, afinal é grátis”. A palavra grátis tem um efeito devastador na nossa mente capitalista, tanto que na lista de busca do Google Adwords um dos temas mais pesquisados é “Software Grátis para…” e completa-se com o que se deseja encontrar. Mas você precisa de um software gratuito ou de um software free? O termo, quando traduzido do inglês, acaba confundindo os menos atentos, pois free não quer dizer grátis, mas sim, livre. Nesse contexto, há várias definições para software livre. A Free Software Fundation (FSF) diz que software livre é “aquele que respeita a liberdade e o senso de comunidade dos usuários”. A grosso modo, os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. Por essa definição. “Software livre” é uma questão de liberdade, não de preço, para entender o conceito, pense em liberdade de expressão, não em cerveja “grátis”. Nesse grupo, o exemplo mais conhecido é o Linux, que foi criado pelo finlandês Linux Torvalds e cujo código fonte está disponível sob a licença GPL (General Public License). Isso significa que qualquer indivíduo, respeitando os termos da licença pode utilizar, modificar e distribuir o software livremente. Então, pense bem, você precisa de um software free ou um open source? Aqui a conversa se torna mais filosófica do que comercial, afinal até agora não havíamos falado em Open Source. O Open Source ou “Código Aberto” não ignora as liberdades do software livre, por outro lado, tenta ser mais flexível. Para isso, a organização Open Source Iniciative (OSI) definiu dez quesitos para que um software possa assim ser considerado. São eles: distribuição livre, Código Fonte, Trabalhos Derivados, Integridade do autor do código fonte, Não discriminação contra pessoas e grupos, Não discriminação contra áreas de atuação, Distribuição da Licença, Licença não especifica do produto; Licença não restritiva a outros programas e licença neutra em relação a tecnologia. Todos os quesitos podem ser conferidos no link http://softwarelivre.org/open-source-codigo-aberto. A diferença entre Open Source e Free Software está no fato do primeiro ter receptividade maior em relação as iniciativas de outros softwares do mercado. Essa característica de receptividade maior em relação às iniciativas de outros softwares do mercado. Essa característica de receptividade permite que empresas de tecnologia possam usando suas próprias licenças desenvolver soluções de código aberto. Sem o software livre, essas companhias não teriam essa possibilidade. E as possibilidades disponíveis na rede não param por ai. Temos ainda o software freeware (em que o usuário não paga para ter acesso aos recursos disponíveis, o Shareware (em que há uma gratuidade inicial mas que com o tempo o usuário deve pagar uma taxa para mantê-lo funcionando) e o Trial (Versão teste do programa que expira depois de um determinado tempo de uso) O que é mais viável? A essa altura o leitor já deve estar se perguntando: E o software de Gestão? O ERP que uso para emitir notas, controlar estoque e gerenciar finanças. Em qual qual categoria se enquadra? O ERP é o que chamamos de Software proprietário, que na Wikipédia é definido como: “Software particular ou não livre para computadores, que é licenciado com direitos exclusivos do produtor” Esse modelo de software vem sendo distribuído no modelo Software os a Service (Saas). No software como serviço, o fornecedor é responsável pela estrutura necessária para disponibilização do serviço, o que envolve servidores, conectividade e segurança da informação na comercialização e distribuição. Assim, o que se espera é o que o usuário, através de uma assinatura, acesse programas e funções fazendo uso de um navegador com acesso a Internet. Nenhuma das formas de licenciamento acima é melhor ou pior que a outra, apenas cada uma tem o seu lugar. Um sistema Operacional livre pode economizar licenças, mas pode onerar em serviços, já um sistema operacional proprietário pode ser muito caro em licenças, mas muito mais econômico se avaliado no longo prazo. Cabe a cada organização avaliar e definir o que é melhor para o seu negócio, sem cair no mito de que é melhor porque é grátis.

 

Fonte: PME – Gestão e Negócios – O Guia do Pequeno e Médio Empreendedor