Sócrates e os Socráticos menores...

Por Jhonny Nunes | 12/04/2010 | Filosofia

HELFERICH, Christoph.Historia da Filosofia.trad. Luiz Sérgio Repa ; Maria Estela Cavalheiro; Rodnei do nascimento;in___­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­____ Sócrates e os socráticos menores.São Paulo: Martins Fontes.2006 p.91-107.

 

A vida de Sócrates e a questão socrática (o problema das fontes)

            Sócrates 470-399 a.C não deixou nenhum escrito, o que dificulta o seu estudo. O que sabemos a seu respeito nos vem de Platão, que idealiza o mestre; Xenofonte que o apresenta de forma reduzida; Aristófanes o regulariza em sua comedia; e Aristóteles que não é contemporâneo.

A Descoberta da essência do homem (o homem é a sua psyché)

            Contrapondo se aos naturalistas, que queriam saber a realidade ultima das coisas, Sócrates pergunta o que é, ou seja, a essência das coisas chega à resposta de que, a essência do homem é a sua alma, psyché. Que é vista por ele como a razão.

O Novo significado de “virtude” e o novo quadro dos valores

            Virtude ou areté e o que torna o ser o que ele é. Sócrates fala que a virtude do homem é cuidar da alma, alma enquanto razão, ciência.

Os paradoxos da ética socrática

            O conhecimento é indispensável para que se faça o bem. Ninguém é livre para fazer o mal se o faz e por erro de calculo, por um vicio.

A descoberta socrática do conceito de liberdade

            A excelência do psyché é o autodomínio onde a alma deve dominar o corpo, homem livre é aquele que sabe dominar os seus instintos, escravo é o que não o domina.

 

O novo conceito de felicidade

            A Felicidade esta onde a alma predomina, em relação ao corpo.

 

A revolução da “não-violência”

            Não concorda com a violência, e afirma, que se o locutor não conseguir convencer o outro através de seus argumentos, este deve aceitar o que lhe fora imposto. Sócrates assim o faz não conseguindo convencer o júri de que estava com a verdade, foi condenado e não fugiu, o uma violência as leis.

A teologia socrática

            O Deus de Sócrates é a inteligência, de modo que o homem é superior os outros animais por ter o poder de dominá-los, também o homem não é fruto do acaso de modo que seu funcionamento é muito complexo.

O daimónion socrático

            Sócrates é acusado por Meleto que criar novos daimónion o que não é concebido na mitologia. O daimónion socrático é “uma voz divina” que lhe intervém para seu bem o impossibilitando de fazer coisas que podem lhe prejudicar como a política.

O Método dialético de Sócrates e sua finalidade

            Sócrates leva o indivíduo a um “exame de consciência” através da dialética levando o individuo a contradição o que seria a refutação, quando o indivíduo toma consciência que de não sabe, procura saber, maiêutica.

O “não saber” socrático

            Sócrates não sabia nada em relação aos deuses, que teriam a sabedoria plena.

 

 

A ironia socrática

            A ironia de Sócrates faz parte de seu método levando o individuo a cair em si.  

A “refutação” e a “maiêutica” socrática

             A refutação consiste em levar o interlocutor a tomar consciência de sua própria ignorância, o individuo afirma A, Sócrates afirma B o interlocutor com corda com Sócrates e entra em contradição. 

            A alma só pode alcançar a verdade se estiver “grávida”. Sócrates não se considera sábio para ensinar o saber aos outros.

Sócrates e a função da lógica

            Acreditava se que Sócrates foi o fundador da lógica ocidental, mas na verdade não o fora, embora na maiêutica tenha alguns traços lógicos, não é a lógica propriamente dita.

Conclusões sobre Sócrates

            Sócrates deixa algumas falhas em seu pensamento, a maiêutica é fazer nascer o saber, mas só nasce se o individuo estiver grávido, mas quem engravida? Seu deus que era a inteligência, mas o que era esta inteligência?

O Circulo dos socráticos

            São chamados socráticos menores por serem discípulos de Sócrates, cada qual funda uma escola e segue em estilo, com exceção de Xenofonte e Èsquines de Esfeto que não se relacionam muito bem com a filosofia.

Antístenes e o prelúdio do Cinismo

             Antístenes V e IV a.C fundou a escola cínica, trabalhou mais com temas éticos, liberdade e alto domínio.

 

Aristipo e a Escola Cirenaica

            Aristipo não concorda com alguns pensamentos do mestre, e afirma que o prazer do corpo é o sumo bem, também contrapondo se ao mestre é um abusador do dinheiro e é até chamado de sofista.

Enclides e a Escola de Mégara

            Enclides 435-365 a.C concorda com o mestre que o bem é a inteligência que provem dos deuses e afirma que ele ela é uma.

Fédon e a Escola de Èlida

            Fédon de Élis, discípulo de Sócrates, que segundo Diógenes de Laércio foi feito prisioneiro na guerra entre Esparta e Atenas. Em 399 a.C. fazia parte do círculo restrito de Sócrates. Fundou uma escola socrática na sua cidade e terá escrito dois diálogos.

Conclusões sobre os socráticos menores

            São assim chamados por não terem desenvolvido o pensamento assim como Sócrates e Platão. Pode se ver que alguns se contrapõe ao mestre, sempre tende se a superar o mestre não é o caso dos Socráticos menores.