Sociedade Transitória

Por Aurênio Nascimento | 04/05/2011 | Crescimento

Ao longo das últimas décadas, o mundo cada vez mais tecnológico e superindustrial tem provocado mudanças comportamentais significativas e influenciado o indivíduo na sua forma de se relacionar com as coisas, pessoas e com o meio ambiente. A globalização, a internet, o consumismo desenfreado, as crises internacionais e a mídia em geral são exemplos claros de uma Nova Era que estamos atravessando, sem muitas vezes percebermos o quanto nossas vidas sofrem estas influências. É a Era da Transitoriedade. Para melhor entendermos e enfrentarmos essas mudanças basta fazermos um teste de memória sobre nosso passado recente. Nos últimos dez anos, quantas vezes você trocou de emprego, endereço, carro, namorada(o) ou esposa(o)? E por aí vai.
O resultado é surpreendente! O que demonstra o quanto temos mantido relações cada vez mais passageiras com as coisas, lugares e pessoas. É uma mudança tão poderosa que altera nossos valores e nosso modo de nos relacionar com a família, vizinhos e muda até mesmo os padrões de amizade e amor. Não podemos evitar e nem mesmo frear o ciclo evolutivo da sociedade. Até mesmo porque a evolução também traz inúmeros benefícios. Mas nos conscientizarmos destas transformações é importante para estabelecermos parâmetros e a partir daí aprendermos a nos relacionar socialmente sem sofrer grandes impactos e ao mesmo tempo diminuirmos o choque que as mudanças provocam em nossas vidas.
Este é o primeiro passo para lutarmos por uma sociedade mais harmônica e alcançarmos maior equilíbrio e qualidade de vida. Nós sempre aprendemos que o passado serve de referência para nortear nossas ações no presente. No entanto, por que não adotarmos uma nova postura enxergando o futuro de modo claro e coerente para termos uma maior compreensão do presente e nos adaptarmos às diferentes mudanças que diversos setores da sociedade atravessam? Não temos aqui a pretensão de apresentarmos respostas ou soluções acerca deste tema mas sim trazer à tona o debate e a reflexão para enfrentarmos estas mudanças, e cada um, a seu modo, encontrar suas próprias respostas para melhor se relacionar com o seu meio ambiente natural e social.