SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

Por Marcondes de Sousa Araujo Junior | 29/10/2009 | Educação

No filme "Sociedade dos Poetas Mortos" é mostrado as relações de um professor e ex-aluno da Welton Academy com uma turma de adolescentes cheios de sonhos e vontade de viver intensamente. Entretanto, encontram-se inseridos em um sistema acadêmico rígido e autoritário, não permitindo-os, com o pleno auxílio de suas famílias, buscarem outras oportunidades externas às impostas pela instituição de ensino preparatória para a universidade.

A quebra dos estereótipos educacionais proposta pelo professor em questão remete os alunos a novas possibilidades e visualizações acerca do mundo em que vivem, ou que deveriam viver. Isso faz brotar nos jovens novos sentimentos, sempre com o insistente auxílio do professor pela quebra de barreiras impostas pela sociedade, família e instituição.

Durante o filme são mostrados a importância dos sentimentos humanos que superam quaisquer imposições sociais, é o íntimo de cada pessoa sendo mais valorizado que as regras impostas pelo coletivo, é a quebra para a renovação. Porem, a aparente quebra de regras, mostradas como sendo o eixo central da trama, se contradiz com a própria formação da Sociedade dos Poetas Mortos, onde todos têm que ler poemas, produzir versos, reunir-se em horários definidos, entre outras, para se tornarem mebros efetivos. A Sociedade referencia poemas de autores renomados e dos próprio personagens, como sendo renovadores e estimuladores de ações e pensamentos.

O drama é muito bem construído, com imagens fortes que retiram dos atores os sentimentos que precisavam se mostrar encobertos. Robin Williams, como é de praxe, submete os pensamentos dos espectadores a uma introspecção e auto valorização humana. A escolha de uma instituição preparatória ortodoxa foi muito bem explorada, já que, tradicionalmente, os pensamentos acerca de um local como este remete a todos a um ambiente fechado, com regimentos fortes e invioláveis, truculento e altamente insensível com o ser humano. Todos estão alí pela instituição, que dá em troca a sustentação necessária para sobreviver no mundo cada vez mais individualista."


Marcondes de Sousa Araujo Junior.