Sistema métrico da intolerância

Por Félix Maier | 29/01/2021 | História

Sistema Métrico da Intolerância

Por Félix Maier

Como se poderia medir a intolerância? Os astrônomos resolveram facilmente seu sistema de medição de distâncias fantásticas do cosmos, estabelecendo o ano-luz como unidade métrica. As estrelas não ficaram mais próximas, porém os cálculos foram bastante simplificados. 

Para medir a intolerância ocorrida nos últimos séculos, eu proponho que seja criado um sistema métrico para tal fim. Para medir o número de pessoas vitimadas pelo Nazismo e, especialmente, pelo Comunismo, poder-se-ia criar o "pol pot" como unidade métrica: 1 pol pot = 2 milhões de mortos. Afinal, Pol Pot, com a ascensão do Khmer Vermelho, foi um dos mais ferozes tiranos do século XX, ao lado de Stálin e Mao Tsé-Tung, promoveu uma carnificina de 2 milhões de pessoas no pequenino Camboja, seu próprio país. Seria, pois, uma justa homenagem ao facínora. 

Assim, teríamos:

Santa Inquisição (Medieval, séculos XIII e XIV; Moderna (Espanha e Portugal), séculos XV ao XIX): 0,018 pol pot (em torno de 36.000 pessoas foram queimadas vivas em autos-de-fé da Inquisição, da Igreja Católica);

Reino do Terror (1793-1798): 0,02 pol pot (em torno de 40.000 pessoas foram mortas durante o período revolucionário francês, sob a liderança de Robespierre, Marat, Fouché e Saint-Just, quando ocorreram 300.000 prisões);

Guerras Napoleônicas (1792-1815): 2,4 pol pots  - 4,9 milhões de mortes;

Arma da Fome: 2 pol pots (genocídio inglês contra a Irlanda: a partir das “Leis do Milho”, de 1828, reduziu a população irlandesa, de 8 para 4 milhões de habitantes);

Guerra Civil Americana (1861-1865): 0,5 pol pot  - 1,1 milhão de mortes;

Guerra Franco-Prussiana (1870-1871): 0,1 pol pot  - 250 mil mortes;

Massacre de chineses: 10 pol pots (Executado pelos “Rebeldes dos Cabelos Longos”, liderados a partir de 1874 por Hung Hsiu-Chuan, contra o Imperador da Dinastia Manchu. Os Rebeldes tinham uma interpretação radical do Cristianismo, exigiam a submissão total do Estado a uma única religião.);

Massacre de cristãos armênios (1915-1923): 0,75 pol pot (1,5 milhão de armênios foram executados pelos turcos otomanos durante e após a I Guerra Mundial);

Holodomor (1932-1933): 4 pol pots (arma da fome: cerca de 8 milhões de ucranianos foram exterminados por Stálin);

Guerra Civil Espanhola (1936 e 1939): 0,5 pol pot (1 milhão de mortos, na guerra de franquistas contra republicanos e comunistas;

Massacre de alemães: 0,75 pol pot (após a rendição, ao final de II Guerra Mundial, em maio de 1945, foram mortos cerca de 1,5 milhão de alemães por russos, poloneses e tchecos, quando obrigados a deixar as terras onde, durante séculos, haviam habitado, do lado da antiga Prússia, que desapareceu do mapa);

I Guerra Mundial (1914-1918): 10 pol pots;

II Guerra Mundial (1939-1945): 30 a 42,5 pol pots (Guerra iniciada pelo regime nazista, o número de mortos é estimado entre 60.000.000 e 85.000.000);

Estupro em massa de alemãs (1945-1948): 1 pol pot (realizado por soldados soviéticos ao invadir a Alemanha);

Holocausto judeu: 3 pol pots;

Hiroshima e Nagazaki: 0,1 pol pot (bombas atômicas americanas, em 1945 - 214.000 mortes, sem contar os mortos posteriores, por contaminação radioativa);

Guerra do Vietnã (1955-1975): 0,77 pol pot (auge da Guerra Fria, com 46.000 militares americanos mortos, 600.000 mortes de sul-vietnamitas e 900.000 mortes de norte-vietnamitas);

China comunista (1949 até nossos dias): 32,5 pol pots; somente a Revolução Cultural (1966-1976) = 5 pol pots;

Massacre de tibetanos: 0,6 pol pot (promovido pela China comunista na invasão do Tibete, em 1950, quando 1.200.000 foram mortos, muitos queimados vivos);

União Soviética (1917-1981): 15 pol pots (guerra civil, Gulags, perseguição a dissidentes etc.);

Expansionismo japonês na China (1937-1945): 12,5 pol pots (durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa);

Cobaias chinesas: 0,1 pol pot (vítimas dos japoneses durante a II Guerra Mundial, em pesquisa para desenvolvimento de armas biológicas);

Camboja comunista: 1 pol pot (regime genocida de Pol Pot, de 1975 a 1979, origem do sistema métrico da intolerância);

Coreia do Norte comunista: 1 pol pot (enquanto o ditador Kim Jong II desfrutava de piscina com ondas em seu palácio, cerca de 2 milhões de norte-coreanos morreram de fome nos anos de 1997 a 2002);

Afeganistão: 0,75 pol pot (guerra civil, contra a União Soviética, de 1979 a 1989); como consequência, surgiram os Talibãs; de 2001 até os dias atuais, são mais de 149.000 afegãos mortos na guerra contra os EUA - 0,07 pol pot;

Leste Europeu comunista: 0,5 pol pot;

América Latina: 0,4 pol pot (Cuba (136.000) (1), Nicarágua (50.000), El Salvador (65.000), Colômbia (260.000), Peru (75.000), Chile (3.000), Argentina (5.916, não 30.000, como alardeia a esquerda) (2), Brasil (434 terroristas mortos/desaparecidos, segundo a Comissão Nacional da Verdade - CNV, e 120 cidadãos mortos por terroristas - simplesmente esquecidos pala CNV); todas as guerrilhas sul-americanas, inclusive as narcoterroristas como FARC e Sendero Luminoso, foram filhotes do KGB (União Soviética), e da OLAS (3), criada por Fidel Castro em 1967;

Guerra civil no Sudão: 1 pol pot (fundamentalistas islâmicos contra cristãos e animistas; em 2011, o Sudão do Sul tornou-se independente);

Guerra civil na Etiópia, em Angola e em Moçambique: 1 pol pot (ecos da Guerra Fria);

Massacre de Ruanda (1990-1994): 0,4 pol pot (etnia hutus contra etnia tutsis);

Genocídio de comunistas na Indonésia (1965-1966): 0,25 pol pot (promovido pelo governo Sukarno);

Guerra civil brasileira atual: 160 mil mortos/ano, sendo 110 mil no trânsito e 50 mil à bala: em 10 anos, temos 0,6 pol pot (dados de 2000);

Comunismo no mundo: 55 pol pots (fonte: O Livro Negro do Comunismo), intolerância ainda em andamento (China, Cuba, Coreia do Norte, Venezuela). Segundo o Papa João Paulo II, em sua história de 2.000 anos, o Cristianismo teve cerca de 60 milhões de mártires (30 pol pots), sendo que 27 milhões sob o jugo comunista (13,5 pol pots). A “cristofobia” prospera, ainda hoje, entre os muçulmanos, com cristãos sendo mortos em muitos países, queimados vivos na Nigéria e crucificados no Egito;

Holocausto de nascituros: 27,5 pol pots anuais (genocídio ocasionado por 55 milhões de abortos anuais); ainda que o número de abortos esteja em queda, é o maior crime praticado contra a humanidade em todos os tempos. Em 4 anos, significa que os arautos da morte eliminam um Brasil inteiro.

 

Notas:

(1) Aos que vestem a camiseta de el chancho (o porco) Che Guevara, aos que defendem Cuba até a morte, aos que dizem tratar-se de número mentiroso, cfr. postagem do jornalista e historiador Hugo Studart, em seu Blog "Conteúdo":

"13/10/2008 21:50

Post do Blog

http://www.conteudo.com.br/studart/o-democrata-fidel-e-os-direitos-humanos/?searchterm=ditadura%20cubana

O democrata Fidel e os Direitos Humanos

Encontrei esses números do relatório da Câmara Ibero-Americana de Comércio/Stanford Research Institute, com dados sobre ações democráticas do kamarada Fidel entre de 1959 a 2004: foram 56.212 fuzilados no "paredón"; 1.163 assassinados extrajudicialmente; 1.081 presos politicos mortos no cárcere por maus-tratos, falta de assistência médica ou causas naturais; 77.824 mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga pelo mar. Total: 136.288 cubanos mortos pela ditadura Castro. Em nossa ditadura militar, são 301 os mortos e desaparecidos."

(2) “El Monumento a la Memoria”: Construído em Buenos Aires, tem 5 paredes com 30.000 placas, que deveriam lembrar os desaparecidos argentinos durante o governo militar anticomunista. Porém, apenas 8.718 placas têm identificação, ou seja, há 21.282 placas em branco, sem nomes - uma mentira inflada quase 4 vezes. Os esquerdistas argentinos conseguiram ser ainda mais embusteiros que seus kamaradas brasileiros, ao criar a figura do “desaparecido sem nome”. Essa vergonhosa mentira vem sendo repetida há décadas e hoje todo mundo acredita que realmente houve 30.000 desaparecidos na Argentina, número assim redondinho, sem uma placa a mais ou a menos. Ultimamente, descobriu-se o número correto dos desaparecidos na Argentina: 5.916 - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/argentina-aparecem-os-desaparecidos-por.html).

(3) OLASOrganización Latinoamericana de Solidaridad: no dia 16/01/1966, um dia após o término da Tricontinental, em Havana, Cuba, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, proposta por Salvador Allende, então Senador Chileno. O terrorista brasileiro Carlos Marighella foi convidado oficial para a Conferência da OLAS em 1967. Ola, em espanhol, significa “onda”, seriam, pois, ondas, vagalhões de focos guerrilheiros espalhados por toda a América Latina, como disse o próprio Fidel Castro: “Faremos um Vietnã em cada país da América Latina”“A luta anti-imperialista, na Guatemala, na Colômbia, na Venezuela e na República Dominicana, deve estender-se ao Brasil, ao Paraguai, à Argentina e a todos os países da America Central” (Resolução secreta da Conferência Tricontinental em Havana) (4). Após a Conferência da OLAS, começam a surgir movimentos guerrilheiros em vários países da América Latina, principalmente no Chile, Peru, Colômbia, Bolívia, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. A OLAS, substituída pela JCR, tem sua continuidade no Foro de São Paulo (FSP) e no Fórum Social Mundial (FSM).

(4) ORVIL

Versão digital em pdf:

https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf    

Versão impressa em pdf: 

https://s1p.doczz.com.br/store/data/000492068.pdf?k=EwAAAXexRhacAAACWCgEAUxl1lSePSaKgggoWi92l3aB4hc_mgNivvwl2Wgi#pdfjs.action=download

 

Leia ainda:

Por que o comunismo não é tão odiado quanto o nazismo, embora tenha matado muito mais?

Eis os seis motivos:

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2711

 

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964 - Textos selecionados por Félix Maier

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html

 

HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO - 31 DE MARÇO DE 1964 - Fichamento de 15 livros feito por Félix Maier

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html

HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO

31 DE MARÇO DE 1964

O Movimento Revolucionário e sua História

 15 Tomos

 Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 2003.

 
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Por que o comunismo não é tão odiado quanto o nazismo, embora tenha matado muito mais?
Eis os seis motivos
terça-feira, 27 jun 2017

Quando as pessoas descrevem indivíduos ou regimes particularmente maléficos, por que elas utilizam os termos "nazista" ou "fascista", mas quase nunca "comunista"? Considerando o inigualável volume de sofrimento humano causado pelos comunistas, por que o termo "comunista" causa muito menos repulsa que "nazista"?

Os comunistas mataram 70 milhões de pessoas na China[1], mais de 20 milhões de pessoas na União Soviética (e isso sem incluir os aproximadamente 5 milhões de ucranianos[2]), e exterminaram um terço (33%) da população do Camboja. No total, os regimes comunistas assassinaram aproximadamente 110 milhões de pessoas de 1917 a 1987. Adicionalmente, os comunistas escravizaram a população de nações inteiras, como Rússia, Vietnã, China, Leste Europeu, Coréia do Norte, Cuba e boa parte da Ásia Central. Eles arruinaram as vidas de mais de um bilhão de pessoas.

Sendo assim, de novo, por que o comunismo não tem a mesma reputação horrenda do nazismo?

Motivo número 1

Falando bem diretamente, há uma ignorância avassaladora sobre o histórico do comunismo.

Ao passo que tanto a direita quanto a esquerda desprezam o nazismo e estão sempre ensinando lições de seu odioso legado, a esquerda jamais odiou o comunismo. E dado que a esquerda domina o ambiente acadêmico, praticamente ninguém leciona sobre a história maléfica do comunismo.

Motivo número 2

Os nazistas fizeram o Holocausto. E nada se compara ao Holocausto em termos maldade pura.

A perseguição e a captura de praticamente todo e qualquer indivíduo judeu — homens, mulheres, crianças e bebês — no continente europeu e o subsequente envio de todos eles para campos de concentração e trabalho forçado, onde em seguida eram assassinados, foi algo sem precedentes e sem paralelos em termos de perversidade.

Os comunistas mataram muito mais pessoas que os nazistas, mas jamais se igualaram ao Holocausto em termos de sistematização do genocídio. A singularidade do Holocausto e a enorme atenção corretamente dada ao fenômeno ajudaram a garantir ao nazismo uma reputação bem pior que a do comunismo.

Motivo número 3

O comunismo se baseia em teorias igualitárias que soam bonitas e humanistas para os mais ingênuos. O nazismo, não. O nazismo se baseia explicitamente em teorias atrozes.

Intelectuais — inclusive, é claro, os intelectuais que escrevem a história — são, no geral, seduzidos por palavras. Eles tendem a considerar que ações são menos importantes do que palavras e intenções. Por esse motivo, eles raramente dão às horrendas ações do comunismo a mesma atenção que dão às horrendas ações do nazismo. Eles raramente atribuem aos comunistas a mesma responsabilidade que atribuem aos nazistas. Nas raras vezes em que reconhecem as atrocidades dos comunistas, eles as ignoram dizendo que foram perversões do "verdadeiro comunismo", o qual teria sido "deturpado".

No entanto, eles (corretamente) consideram que as atrocidades cometidas pelos nazistas foram as consequências lógicas e inevitáveis do arcabouço teórico do nazismo, o qual não foi deturpado nem pervertido.

Motivo número 4

Os alemães assumiram a responsabilidade pelo nazismo, expuseram completamente suas atrocidades, e tentaram reparar seus erros. Já os russos nunca fizeram nada similar em relação aos horrores perpetrados por Lênin e Stálin.

Muito pelo contrário, aliás. Lênin, o pai do comunismo soviético, ainda é amplamente venerado na Rússia. Quanto a Stálin, como disse o especialista em história da Rússia Donald Rayfield, historiador da Universidade de Londres, "as pessoas ainda negam, assertivamente ou implicitamente, o holocausto de Stalin".

A China fez ainda menos. O país jamais se expiou pelo maior homicida e escravizador dentre todos os comunistas, Mao Tsé-Tung. O governo do país sequer reconhece oficialmente os crimes de Mao, que continua reverenciado na China. Todas as cédulas da moeda chinesa carregam o seu retrato.

Enquanto Rússia e China — e Vietnã, Cuba e Córeia do Norte — não reconhecerem e admitirem as atrocidades que cometeram sob o comunismo, os horrores do comunismo continuarão menos conhecidos do que os horrores cometidos pelo governo alemão sob Hitler.

Motivo número 5

Os comunistas assassinaram majoritariamente seu próprio povo. Já os nazistas mataram relativamente poucos alemães.

A "opinião mundial" — esse termo amoral e praticamente sem significado — considera que assassinatos de membros pertencentes a um mesmo grupo são bem menos dignos de atenção do que o assassinato de quem está de fora. É por isso que, por exemplo, negros chacinando milhões de compatriotas negros na África não obtém praticamente nenhuma atenção da "opinião mundial."

Motivo número 6

Na visão da esquerda, a última "guerra justa" foi a Segunda Guerra Mundial, a guerra contra o nazismo alemão e o fascismo japonês.

A esquerda não considera que guerras contra regimes comunistas sejam "guerras justas". Por exemplo, a guerra americana contra o comunismo vietnamita é considerada imoral. Já a guerra contra o comunismo coreano — e seus apoiadores comunistas chineses — é simplesmente ignorada.

Enquanto a esquerda e todas as instituições influenciadas pela esquerda continuarem se recusando a reconhecer quão atroz, maléfico e desumano foi o comunismo, continuaremos a viver em um mundo moralmente confuso, no qual idéias abertamente comunistas são saudadas por intelectuais influentes e políticos declaradamente simpáticos a este regime são eleitos e respeitados.

Em respeito às vítimas do comunismo, devemos estudar, aprender e divulgar tudo o que elas sofreram sob este regime. Afinal, ainda pior do que ser assassinado ou escravizado é um mundo que nem sequer reconhece que você o foi.

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Leia também:

Socialistas, comunistas e nazistas - por que a diferença de tratamento? 
 
 

[1] Há historiadores que dizem que o número total pode ser de 100 milhões ou mais. Somente durante o Grande Salto para Frente, de 1959 a 1961, o número de mortos varia entre 20 milhões e 75 milhões. No período anterior foi de 20 milhões. No período posterior, dezenas de milhões a mais.

[2] Normalmente é dito que o número de ucranianos mortos na fome de 1932-33 foi de cinco milhões.  De acordo com o historiador Robert Conquest, se acrescentarmos outras catástrofes ocorridas com camponeses entre 1930 e 1937, incluindo-se aí um enorme número de deportações de supostos "kulaks", o grande total é elevado para entorpecentes 14,5 milhões de mortes.

Artigo adaptado de uma apresentação da Prager University

 

Fonte: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2711