Síntese: A LINGUAGEM JURÍDICA E A COMUNICAÇÃO ENTRE O ADVOGADO E SEU CLIENTE NA ATUALIDADE

Por Thácylla Dantas | 01/11/2017 | Direito

Na prática social, o Direito encontra-se presente na vida das pessoas, como conjuntos de normas reguladoras da vida em sociedade. O Direito tem uma relação mútua com diversas disciplinas tornando-se um elemento de suma importância na evolução histórica de uma dada sociedade.

Existe a necessidade humana de se fazer entender e se entendido, e a através desta necessidade, o principal fator vantajoso e mais importante da evolução foi nos ter atribuído, a comunicação.  Como nos dizem os atores:

...consabido que o ser humano sofre compulsão natural, inelutável necessidade de se agrupar em sociedade.

 ...O objetivo da comunicação é o entendimento; como disse alguém, a história é uma constante busca de entendimento.1

 

 É sabido que a linguagem para um operador do direito é o seu principal instrumento de trabalho, pois através dela o advogado pode manter uma relação de interação entre seus clientes e com sujeitos de sua área de atuação. Sabendo que se faz necessário que a linguagem usada pelo o operador seja acessível a todos, pois há uma gama, dos mais diversificados, dos seus clientes. Para o uso coerente da linguagem, simplificando-a sem abdicar da qualidade e de termos técnicos, que são exigidos em todas as profissões.

A nossa Língua Portuguesa, por excelência, possui diversos recursos para sua utilização, dificultando o seu uso, porém é necessário a uso adequado e dinâmico  do estudante de Direito e de profissionais destes recursos, vale ressaltar novamente,  que a linguagem e a comunicação são usos cruciais para o advogado. São pelo meio das palavras que o profissional realizará as suas atividades, sejam elas com os clientes e com suas petições visando à realização da satisfação das necessidades dos seus clientes.    Assim coloca a autora:

Mais uma vez, saber expressar-se no Direito é de suma importância. E é através das palavras que o profissional do Direito irá formular o pedido do seu cliente, formando o pensamento através das palavras adequadas conjugadas ao seu conhecimento visando à satisfação das necessidades do seu cliente. Para isso, contudo, há que se fazer o uso, muitas vezes, de um vocabulário preciso. 2

 

A linguagem une todas as matérias que se relacionam com o Direito, tornando-se o instrumento de trabalho primordial do advogado.  Para ter uma clareza maior do assunto é necessário o uso e a analise do esquema comunicacional.  “O esquema comunicacional é a representação gráfica que indica os elementos componentes do ato de comunicar.” De acordo com o autor Wilson José Gonçalves. São eles: O emissor, o receptor, a mensagem, o canal, o código e o referente.

 Para uma maior explanação, é importante o estudo dos níveis de linguagem para a vida secular do profissional do Direito. Destarte, estabelecem três níveis de linguagem: nível culto, nível comum e nível popular.  Na comunicação do advogado com o seu cliente, podem encontrar-se todos estes níveis da linguagem ao mesmo tempo.

Um exemplo clássico de nível culto é o tão falado “juridiquês” que são as utilizações excessivas de termos técnicos, jargões usado bastante no vocabulário específico de uma profissão.

Sabemos que é necessário o uso adequado do vocabulário do advogado, evitando, assim, a ambiguidade.  Muitas vezes que, certos termos utilizados na linguagem geral têm significados bastante específicos na linguagem jurídica.  Na construção da comunicação jurídica são cruciais a objetividade de expressão, a clareza e coerência, tanto na linguagem oral ou escrita.

O fim do uso exagerado do “juridiquês” pode trazer benefícios significativos para toda a sociedade, desde a aproximação até a apreciação do entendimento jurídico. Portanto, é importante o uso adequado da linguagem no seu ambiente de trabalho, sem a necessidade de uso rebuscado, tornando-se, muitas vezes, antiquado e ineficiente para a sua aplicabilidade profissional. A sua expressão deve refletir o seu conhecimento, para a garantia do sucesso pretendido.

 

1 DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso de Português Jurídico. São Paulo: Atlas, 2000. p.19

2 REOLON, Suzana Minuzzi. A linguagem Jurídica E A Comunicação Entre O Advogado E Seu Cliente Na Atualidade. 2010.p. 4

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