SINOPSE DO CASE: Narradores de Javé¹

Por ALDEIR SOUSA GOMES | 01/03/2016 | Adm

SINOPSE DO CASE: Narradores de Javé¹

Aldeir Sousa Gomes²

Marilia Cerveira³

1 - DESCRIÇÃO DO CASO:

Javé é um povoado, situado no sertão da Bahia, que tem como objetivo parar a construção de uma enorme usina hidrelétrica. E para impedir tal fato, a única chance que eles têm é a de provar que a cidade possui um valor histórico a ser preservado. Diante dessa circunstancia terrível, o povoado decide discutir como resolver o problema. Então os moradores decidem preparar um documento oficial, contando todos os acontecimentos heroicos de sua historia, decidem escrever os feitos da história de Javé, na esperança de impedir o tal desastre.
E como a maioria do povoado é analfabeta, precisam colocar por escrito os fatos que são contados de boca a boca, de pai para filho, então, recorrem ao ex-carteiro da cidade. Um homem que foi banido por todos, por inventar fofocas ele forjava cartas falando mal dos vizinhos e conhecidos, contando mentiras para poder gerar movimento na agencia dos correios e assim evitar que o posto onde ele trabalhava fosse fechado (e assim, manter o seu emprego). Antônio Biá foi convocado pelo povoado do Vale de Javé a escrever histórias, contadas há anos pelos moradores, sobre a fundação da cidade, os personagens lendários e cheios de virtude que habitavam suas lembranças, Biá vai conhecendo a fundo as historias as memórias e as lembranças daquele povo. Mas as histórias eram tão diferentes umas das outras, que Biá, por mais talentoso que fosse tinha dificuldades de por no papel as histórias de grandeza daquele povo, as quais não obtiveram registro oficial.

Nas muitas versões os heróis são alterados conforme os narradores / moradores, fossem os próprios heróis / fundadores de Javé. Os relatos em tom de fábula dos moradores, que não conseguem se entender entre suas versões, os casos contados, a verdadeira fundação de Javé, o papel e a forma da morte de Indalécio, seu fundador, e da participação de Mariadina, uma multiplicidade de fatos incompatíveis que deixou o ex-carteiro confuso, intacto diante de tantas histórias épicas e, consequentemente, sem reação suficiente para produzir o livro salvador.
Diante dos relatos inimagináveis e a necessidade de produzir algo convincente para salvar Javé da inundação, Antônio Biá depois de ter ouvido inúmera historia entrega um livro em branco para a população, e sai aos berros andando de costas, um ato, que dá a entender que seria um recuo e não uma fuga. O trabalho foi em vão o sertão acabou sendo destruído pela modernidade, pela hidrelétrica. A população desesperadamente assistiu a transformação do sertão onde viviam em mar e, com isso, também se foi embora a memória, de um povo a cultura, o local e os antepassados. Uma triste história, mas um povo de uma imaginação fértil capaz de superar todos os obstáculos e dar a volta por cima para construir em conjunto a própria história que desapareceu como palavras ao vento.

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1 Case apresentado à Disciplina Comunicação e Expressão, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.

2 Aluno do 1° Período, do Curso de Administração.

3 Professor, orientadora

2 - IDENTIFICAÇÃO E ANALISE DO PROBLEMA

Temos uma missão como administrador, de tentar fazer com que a cidade de javé não saia do mapa, portanto temos um desafio de tentar reduzir os índices de analfabetismo, fome, desemprego como também tentar impedir a construção de uma hidrelétrica.

Javé é uma cidade onde a maioria da população não tem recursos para sobreviver, não tem emprego, colégios, saneamento básico, está excluído de todas as necessidades básicas, um desafio é tentar reduzir os índices de analfabetismo, levar um pouco de educação.

Também não existe em javé, por exemplo, evidências de telefone e aparelhos de TV, o que intensifica o seu isolamento e o distanciamento de seus habitantes das demais partes civilizadas do estado. Esse desnivelamento revela o estado entre o “saber ler” e o “não saber ler” e a inserção de uma nova tecnologia dentro de uma sociedade tribal e suas consequências: toda mudança repentina em um grupo social causa certo desnivelamento na organização dessa sociedade. Uma sociedade mais evoluída tecnologicamente tende a “engolir” uma sociedade menos evoluída. Todos os personagens que narram sua história possuem um grau de importância dentro dessa organização mesmo não sabendo ler e escrever. Enfim, a diferença entre linguagem oral e linguagem escrita não se restringe apenas a uma simples falta de conhecimento por parte do indivíduo, mas abrange toda uma cultura, toda uma sociedade, ou seja, a escrita é uma extensão de nossa fala, assim como a roda é uma extensão de nossos pés.

Outro fator importante na construção da hidrelétrica é o impacto ambiental que ela vai causa na sua região que são irreversíveis.  As paisagens são alteradas ocorrem grandes desmatamentos provocam prejuízos à fauna e à flora, áreas verdes são inundadas, muitas famílias são deslocadas de suas residências. São derrubadas muitas árvores, algumas ficam submersas e depois apodrecendo debaixo d'água permitindo a proliferação de mosquitos causadores de doenças. Muitos animais silvestres morrem, por não haver a possibilidade de resgatá-los, e preciso alagar uma área enorme para formar o lago, e muitas vezes mexer no caminho que o rio faz. O lago, também chamado de reservatório, é formado pelo represamento das águas do rio, através da construção de uma barragem. Essa alteração do meio ambiente atrapalha a vida dos bichos e das plantas da região, além de mudar radicalmente a paisagem, muitas vezes destruindo belezas naturais. Também saem prejudicadas as pessoas que moram por perto e têm que se mudar por causa da inundação.

 

3-FATORES QUE POSSAM  IMPEDIR A CONSTRUÇÃO DA HIDRELETRICA

1 – EXCLUSÃO SOCIAL. O povo de Jave por ser uma comunidade isolada, distante no interior da Bahia não teve como se desenvolver, devido à exclusão social que geralmente tem sido tratada com enfoque de relacionar à restrição de renda. No caso de Javé, a exclusão social configura-se como marca inquestionável do desenvolvimento capitalista brasileiro e que o país passou a difundir os direitos políticos a maior parte da população, que se localizava no meio rural ficou excluída legalmente do acesso aos direitos sociais e trabalhistas, a população do interior passou a ter acesso gradualmente aos direitos sociais e trabalhistas. A partir de 1988 com a constituição Federal que baniu o conceito de cidadania regulada, que permitia o acesso à saúde e à previdência social tão somente para empregados com contrato formal de trabalho. O advento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a inovação da seguridade social que ampliaram o acesso aos direitos sociais.

 Apesar disso, a exclusão social permaneceu manifestando-se generalizadamente. A velha exclusão continua sendo a marca das regiões geográficas menos desenvolvidas, diante da permanência da baixa escolaridade, da pobreza absoluta no interior das famílias numerosas e da desigualdade nos rendimentos. O objetivo seria desenvolver as necessidades básicas daquele povoado tão afastado do interior da Bahia.

2 – DESIGUALDADES SOCIAIS.

Javé e um povoado onde as pessoas são desenformadas, sem conhecimentos  mal  instruídos que somente conseguem acatar ordens, sem ao menos poder opinar sobre o resultado do trabalho a ser executado,  por  falta de conhecimento, enquanto os engenheiros que são pessoas muito bem vestidas, atualizadas e portadoras de grande conhecimento. Desta forma, pessoas que não conseguem estudar e melhorar suas condições de vida infelizmente torna-se cada vez mais atrasadas, resultando na dificuldade em conseguir emprego e renda, em contrapartida, as pessoas com grau de instrução melhor tende a cada dia mais se atualizar e renovar seus conhecimentos, fazendo com que suas oportunidades sejam mais amplas. O povo de javé precisa e de conhecimento, já que a grande maioria não tem acesso aos estudos, o que se deveria fazer era procurar parcerias para tentar construir alguns estaleiros escolas para começar a ensina aquelas mais novas nos primeiros passo rumo a educação e aos mais velhos poderia desenvolver o raciocínio através de artesanatos.

3 – IMPACTO AMBIENTAL. Algumas consequências

  • Parte das florestas inundadas ia se decompor produzindo metano, um gás que contribui para o efeito estufa
  • Diminuição do nível da água à jusante (abaixo) da represa;
  • Desabriga pessoas e animais;
  • Provoca a salinização da água no semiárido;
  • A inundação também danifica sítios arqueológicos; indisponibilidade terras férteis; provoca pequenos tremores de terra, devido ao peso da água e às acomodações do terreno.
  • A represa interfere na piracema (período em que os peixes sobem o rio para se reproduzir).
  • Provoca alterações climáticas que irão comprometer a fauna e flora que não se adaptarão a essas mudanças.
  • Desapropriação de terras produtivas pela inundação;
  • Impactos sociais (relocação e desapropriação de moradores);
     Interferência na migração dos peixes;
  •  Alterações na fauna do rio.