Singela homenagem.
Por Bruna Lunière | 02/04/2011 | ArteHoje, resolvi escrever sobre alguém que tivesse muita relevância em minha vida. Logo, pensei nos meus pais, depois pensei em alguns amigos, pensei até em falar da minha relação (muito conturbada) com Deus. Mas aí pensei um pouco melhor. Meus pais já sabem o quanto eu os amo e meus amigos também, e eu não saberia usar as palavras se o assunto fosse ?Deus?. E foi aí que eu me fiz uma pergunta: 'Quem esteve comigo quando ninguém mais estava ou ligava?' A resposta foi clara. A música.
Sim, sim, sei que parece estranho fazer um texto dedicado a uma coisa inanimada e sei também que a tal da ?música? não é capaz de ler o que eu estou escrevendo mas me contento com essa sensação de dever cumprido.
Muitas vezes fiquei triste. Algumas vezes, por motivos bestas e até mesmo pela falta de motivos. E em outras vezes, eu tinha justificativa. Por mais que eu quisesse contar para alguém sobre o que estava acontecendo, algo me impedia e me dizia que as pessoas não ligavam para os meus problemas. E eram nessas horas, que o fone de ouvido vinha a meu resgate. Os problemas não desapareciam mas algum modo, pareciam ofuscados diante da felicidade que a música me trazia. Não estou dizendo que a música seja melhor que as amizades (apesar de que eu acho isso) só estou dizendo que a música é muito mais confiável que as pessoas. A música nunca tem o status ocupado e nunca conta meus segredos, ela sempre me anima e traz algumas respostas. É claro que eu acho que nem todas as músicas são boas, algumas que tocam na rádio chegam até a me enojar mas no meu playlist, me sinto tão segura, é como se nada nem ninguém pudesse me tirar aquela paz interior. Suas letras me dão tanta força para seguir em frente e me deixa esperançosa já que são escritas, em sua maioria, por homens.
Enfim, nem essas e nem muitas outras palavras serão capazes de passar a minha eterna gratidão pela música. Enfim, mais uma vez, obrigada.