Simples tributo ao rei

Por Edson Terto da Silva | 24/10/2011 | Sociedade

Eu poderia resumir o artigo de hoje numa frase curta, como “Parabéns pelos 71 anos, que se comemoram em 23 de outubro, meu xará, Edison (ele não gosta do “i” no nome, mas tem) Arantes do Nascimento, Rei Pelé, maior jogador de futebol que surgiu no planeta terra”. Mas isso seria injustiça, pois a história de Pelé no esporte mundial daria várias e várias enciclopédias, por isso vou me ater a alguns detalhes, lembranças mesmo e um pouco de pesquisa sobre o Rei nas Copas do Mundo, nada mais que uma simples e merecida homenagem.

Se fosse pela mãe de Pelé, dona Celeste, ele não seria jogador de futebol. Ela não queria ver o filho franzino todo machucado, como ocorria nas peladas de ruas com bolas de meias, na cidadezinha mineira de Três Corações, onde Edison nasceu em 1940. Tinha a agravante que seu “Dondinho”, pai do futuro Pelé, era jogador de futebol e volta e meia se contundia, para desespero e para reforçar a convicção de dona Celeste de que o filho não devia seguir a carreira do pai.

Inspirado e incentivado pelo pai ou pela santa teimosia que o destino impõe aos futuros gênios, Pelé decidiu-se sim pelo futebol,com a carreira, começando na cidade de Bauru e posteriormente se consolidando no Santos FC e obviamente na Seleção Brasileira. Uma passagem interessante deu-se em 50, precisamente em 16 de julho, quando o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo por 2x1 para o Uruguai, em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro.

Foi uma tristeza para todo brasileiro que tivesse um mínimo de consciência sobre o que é a paixão do futebol e Pelé, com menos de 10 anos, ao ver seu pai chorando copiosamente fez uma promessa de menino que viraria palavra de Rei, disse ao pai que não chorasse, pois ele seria jogador de futebol e faria o Brasil campeão mundial. O restante da história: Em 58 (Suécia), Pelé cumpria a promessa. Em 62 (Chile), lá estava ele no bicampeonato. Em 70 (México), Pelé comandou o tricampeonato.

Entre outros feitos, Pelé foi o jogador mais novo a marcar um gol em Copas, com apenas 17 anos e 239 dias, fez, em 19 de junho, contra País de Gales o primeiro de seus 12 gols em mundiais. Só fizeram mais que ele em Copas, o brasileiro Ronaldo Fenômeno, com 15 gols (98/2002 e 2006); os alemães Gerd Mueller, 14 gols (70 e 74) e Miraslov Klose, 14 gols (2002/2006 e 2010) e o francês Just Fontaine, 13 gols (58). Só Pelé e o alemão Uwe Seeler fizeram gols em quatro Copas (58,62,66 e 70). Pelé fez 12, Seeler 9 gols.. Parabéns Pelé!