Silêncio
Por Francisco Antônio Saraiva de Farias | 18/06/2014 | PoesiasSilêncio
Calas tão fundo algumas vezes na alma
Noutras parece querer estourar meus tímpanos,
Gritando lembranças das pessoas que tanto amei.
Não bastam as horas que me tomas de assalto
Quando estou no leito que tantas vezes adormeci nos braços dela
Ou quando estou a embalar-me na velha cadeira,
Que, no limiar de todas as madrugadas, acolhe-me,
Imergindo-me em sonhos magistrais,
Que hoje não sonho mais?
Não bastam as horas que viciastes tomar-me
Quando estou a cismar à espera do sono,
Que insiste em deixar-me em abandono
Sabendo que ela não vai mais poder vir?...
Ah, silêncio sepulcral,
Vai, imiscui-te aos ventos,
E, em nome de todos os sacramentos,
Traz notícias dela pra mim...