SEXUALIDADE VERSUS ESCOLA: UM OLHAR AO INDIVÍDUO

Por Jedida Melo | 24/08/2018 | Educação

Ana Cláudia do Nascimento1

Berenice Garcês Santos2

Djanos de Melo Oliveira3

Gesilda Maria Santa Cruz Silva4

José Eduardo Avelino5

1 Facultad Interamericana de Ciencias Sociales, Assunção, Paraguai. Contato: acnpsi2014@gmail.com

2 Facultad Interamericana de Ciencias Sociales, Assunção, Paraguai. Contato: nicegarces@gmail.com

3 Facultad Interamericana de Ciencias Sociales, Assunção, Paraguai. Contato: oliveira.dja@hotmail.com

4 Facultad Interamericana de Ciencias Sociales, Assunção, Paraguai. Contato: didalife@hotmail.com

5 Facultad Interamericana de Ciencias Sociales, Assunção, Paraguai. Contato: joseeduardoavelino@hotmail.com

 

Prof.ª Dra. Jedida Melo[1]

Introdução

            A sexualidade passou a ser discutida ao longo dos séculos através surgimento das ciências humanas como a sexologia. Freud em seus artigos e livros nos proporciona um conhecimento e compreensão melhores desta temática. Outras ciências também envolvidas na construção do saber acerca deste assunto também contribuíram com o melhor norte para a abordagem do tema que nasce conosco. A sexualidade começou a ser introduzida nos currículos das escolas do nível fundamental e médio, e a partir de 1970 teve seu fortalecimento.

A orientação sexual nas escolas vem contribuindo para prevenção de gravidez indesejada, abuso sexual, transmissão e contaminação de doenças sexualmente transmissíveis. Assunto que já foitabu entre famílias, hoje é incentivado pelos pais  e responsáveis. A prática de orientação nas escolas contribui para resolver questões polêmicas como homossexualidade, iniciação sexual, disfunções sexuais e até mesmo o “ficar”, comum aos jovens da atualidade.

Desta forma, a discussão em sala de aula por parte dos professores e equipe pedagógica visa a sistematização de projetos e ações que possam tratar das questões referentes à sexualidade.

Desenvolvimento

            Entende-se que a infância é o período que vai do nascimento à puberdade e a adolescência que se inicia na puberdade e vai até o total amadurecimento  das gônadas, tornando assim viável a reprodução.

A sexualidade está presente e tem uma grande importância  para o indivíduo em sua formação nestas fases da vida humana. A busca por prazer e as necessidades de reprodução e relacionamento com outras pessoas são necessidades fundamentais. A sexualidade é constituída através das fases e estímulos individuais no meio ambiente se constituindo em transformações físicas  e emocionais (psíquicas) que o indivíduo atravessa.

            A cultura e o meio em que vive o indivíduo favorecemao seu desenvolvimento psicossocial. Na adolescência, fase na qual os questionamentos  aparecem, cabe à escola desenvolver ações críticas, reflexivas e educativas.

A construção da sexualidade tem a relação de gênero que nada mais é do que o conjunto das representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas dos sexos, constituindo assim as noções de feminino e masculino. A escola tem papel fundamental no desenvolvimento da infância e adolescência contribuindo, com suas limitações, para a busca do conhecimento utilizando para isto amplo esclarecimento de dúvidas e curiosidades sobre a temática.

            A inversão dos valores nas bases da educação familiar vem ao longo dos anos provocando mudanças em relação à educação formal, na qual os jovens e adolescentes recebem uma carga de informações curriculares, independente de suas vivências, culturas e ciências. Outrora não fosse o tabu do diálogo inexistente entre pais e filhos, os meios de comunicação acabam por repassar e muitas vezes com orientações distorcidas, deixando-os ainda mais confusos e inconvictos de suas concepções.

É preciso e se faz necessário que a visão de Romera (1999), onde explicita que as primeiras orientações sexuais parte de amigos, as mães e depois professores, respectivamente, tenham sua ordem modificada e, portanto, este paradigma seja interrompido, colocando os pais como base dessa pirâmide, desde que os mesmos também se proponham asssumir essa formalidade já nos primeiros anos de vida.  

Conclusão

            A sexualidade, tema polêmico e repleto de tabus e preconceitos, vem ganhando espaço entre famílias e escolas. A parceria de pais e educadores torna o tema mais ameno, formando um canal de informações e reflexões acerca dos aspectos que envolvem a sexualidade, possibilitando uma integração entre corpo, afeto e relacionamento, fortalecendo com isso os instrumentos usados para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e outros aspectos que venham levar à desinformação sobre o tema, desvinculando a sexualidade dos conceitos de “pecado”, ou de algo “errado”, desmistificando cada vez mais o tema.

Referência

NASCIMENTO, M. J. CN & ROMEIRA, M. L. C. Sexualidade, psiquismo e a educação sexual entre pais e filhos adolescentes. In: Revista Brasileira de Sexualidade Humana. São Paulo. SBRASH: Iglu.

[1]Doutora em Educação – FICS

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