Sexto Empírico.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 03/06/2013 | Filosofia

Sexto Empírico.

Século III, antes da nossa era.

Foi filósofo e médico como também astrônomo, nasceu possivelmente na cidade de Mitilene, viveu certo tempo na cidade de Alexandria, posteriormente foi para Atenas, onde desenvolveu plenamente sua filosofia.

Grande seguidor do pirronismo foi sempre entendido historicamente como o grande representante do ceticismo antigo, o que significa a impossibilidade de chegar ao conhecimento com a mais absoluta objetividade.

Sua epistemologia opôs aos dogmáticos, aqueles que tinham certeza da possibilidade do conhecimento, de poder chegar se a verdade por algum mecanismo abstrato, na aplicação da velha lógica dedutiva.

Foi contra também aos aristotélicos, os epicuristas e estóicos, por acreditar na possibilidade da posse da verdade, Sexto Empírico completamente cético.

 Acreditava na impossibilidade de chegar a um saber absoluto, toda forma de saber completo era naturalmente para ele uma invenção, produto de crença e não das Ciências.

Sexto Empírico acreditando na impossibilidade do conhecimento escolhe o ceticismo como procedimento de fundamento, ou seja, seu método epistemológico.

O caminho que deve ser percorrido por um filósofo é o procedimento da contínua investigação, isso não significa que não possa perceber parte da verdade de um fato, no mecanismo do conhecimento, mas a verdade total não existe,reflete Sexto Empírico. 

 Filósofos dos nossos dias de certo modo pensam com esse procedimento de análise, Bachelard a verdade é apenas aproximativa e prende os paradigmas do tempo histórico, como produto cultural.

Nietzsche a verdade além de ser produto cultural e prender-se ao tempo histórico ela é proporcional, qualquer fato em análise, por mais crítico que for a referida, apenas percebe particularidades do saber, a verdade, portanto não é completa.

Para Paul Feyerabend, a verdade é tão somente cultural, prende ao tempo histórico, é uma representação dos paradigmas.

 Supera-se o tempo, modifica os conceitos paradigmáticos, muda-se a compreensão da análise, as Ciências é uma sucessão dos entendimentos, sendo que os mesmos não se prosseguem na historicidade do tempo.

A respeito de Sexto Empírico podemos entender que sua Filosofia como fundamento da análise não estava completamente errada, dada sua atualidade e aplicabilidade da referida, como instrumento de fundamentos as Ciências dos nossos dias.

Como acadêmico foi um grande compilador, sempre resumiu também as doutrinas antigas e os argumentos dos respectivos formuladores, são famosos seus argumentos contra os silogismos, mostrando que a lógica não tem fundamento.

Isso porque as premissas partem de hipóteses, sobretudo, a primeira premissa e segunda está dentro da primeira, à terceira, com efeito, é uma conclusão inapropriada.

As hipóteses nunca são verificadas no método dedutivo e no campo empírico das ideias ou métodos, o que significam apenas uma dedução silogística no campo da crença referente ao mundo das hipóteses.

 Acredita-se que seja aquilo que foi levantado ao mundo da suposição, com efeito, a lógica não é apropriada como instrumento científico.

Critica também a noção de causa, como se uma determinada referência determinasse por se próprios determinados efeitos.

 O mundo então não seria um produto dessa lógica, o que mais tarde David Hume chamou de pura crença, força do habito, a ilusão do cotidiano, entendemos o que vemos na perspectiva do engano comum.

Escreveu alguns livros, entre os quais: Esboços pirrônicos, as obras contra os dogmáticos e contra os professores, contribuíram para o desenvolvendo da Filosofia crítica no sentido de evitar o dogmatismo do saber.

        Edjar Dias de Vasconcelos.