Sete jogos e um destino

Por Edson Terto da Silva | 21/11/2011 | Crônicas


Escolhi o título desta crônica para citar o único jogo, em Copas do Mundo, até 2010, entre Brasil e Alemanha, curiosamente as duas Seleções que mais se apresentaram nos mundiais, sendo que a Alemanha tem 99 jogos e o Brasil 97. O título é alusão ainda ao excelente filme de bang-bang, norte americano, de 1960, originalmente chamado Sete magníficos, cujo nome traduzido para o Brasil foi Sete homens e um destino.

Lembro-me bem do filme, que trazia grandes nomes como Yil Brynner, Steve Mc Queen e Charles Bronson, pois meu pai “pagou” pequena quantia em dinheiro para que minha mãe só falasse nos comerciais, certa vez que o filme foi exibido na TV. Foi engraçado o sacrifício feito pela minha querida mãe, que cumpriu o trato, mas nos cutucava , roxa para fazer algum comentário, mas desistia ao lembrar que perderia o dinheiro prometido. Depois, ela rasgou o verbo.

Mas falando em Copas e do único jogo, desde 1930, entre Brasil e Alemanha, ele ocorreu na grande final da Copa de 2002, disputada no Japão e na Coréia do Sul. Antes, em 1974, quando havia a Alemanha Ocidental e a Oriental, o Brasil tinha pego a Oriental e ganho por 1x0. Mas a Alemanha mesmo, a que era potência em Copas era a Ocidental, que jamais tínhamos enfrentado em Copas e na Copa de 2002, com o fim do muro de Berlim, havia só uma única Alemanha, aquele que enfrentaríamos na final.

Até 2006, Brasil e Alemanha foram os que mais disputaram finais de Copas, sete cada Seleção.  Para se ter uma idéia do equilíbrio de força, em 2002, a final seria o sétimo jogo para um único destino, o de ser campeão, para uma das Seleções. O Brasil vinha de seis vitórias, 16 gols marcados e 4 sofridos. A Alemanha vinha de cinco vitórias e um empate, tinha feito 14 gols e sofrido somente 1. Na final, o goleiro Oliver Kahn levou dois gols. Até então, ele era tido como uma muralha e foi considerado, injustamente, o melhor jogador da Copa.

O título de melhor tranquilamente ficaria em “bons pés” se fosse dado ao artilheiro brasileiro Ronaldo, autor de dois gols na final, um deles com falha de Kahn após chute de Rivaldo. Ronaldo foi artilheiro com 8 gols e o Brasil ergueu a taça como primeiro pentacampeão em Copas. Aliás, na história das Copas, o Brasil só não foi primeiro campeão (Uruguai) e nem primeiro bicampeão(Itália), mas foi primeiro tri, primeiro tetra, primeiro penta e é o único que pode ser primeiro hexacampeão, em 2014.