Será que deu "Zika"?

Por Josiane Bazzo de Alencar | 17/02/2016 | Saúde

Lícia Kawana Tabalipa1, Simone Fructuoso Alencar1 Josiane Bazzo de Alencar2

1Alunas do Projeto Divulgação de Atualidades em Enfermagem

2 Professora Doutoranda, Departamento de Enfermagem, FACINOR

O verão, estação de sol, calor, férias, viagens e diversão, é também uma época que a atenção contra o mosquito Aedes aegypti tem que ser redobrada. Justamente nesse período, aumentam-se os números de casos de Dengue, uma doença transmitida pela picada deste vetor. O vírus Dengue já é um velho conhecido da população e o que está preocupando ainda mais hoje em dia, é o fato do mesmo mosquito transmitir também o vírus Zika. As doenças são parecidas quanto ao quadro clínico, porém o indivíduo com Zika pode ter febre, manchas na pele e coceira pelo corpo, olhos vermelhos e dores musculares e articulares. Apesar disso, somente a avaliação clínica não pode ser utilizada para a confirmação do diagnóstico, necessitando também de exames laboratoriais.

Houve relatos de Zika no Brasil em 2015, porém, em 1966 já havia evidências sorológicas da presença do vírus na Ásia. E qual a preocupação então, dos brasileiros? Uma das preocupações é que não há um tratamento específico para a doença, porém recomenda-se procurar atendimento médico, manter repouso, ingerir bastante líquido e não fazer uso de antiinflamatórios e medicamentos que contenham o ácido acetil salicílico (AAS). A outra preocupação é que foi constatada, pela primeira vez na comunidade científica (Instituto Evandro Chagas), a correlação entre o grande número de casos de microcefalia com o vírus Zika, ou seja, acredita-se que a mãe que é contaminada pelo vírus, pode transmiti-lo ao feto, gerando como agravo, a microcefalia. A microcefalia é uma malformação congênita, em que o bebê nasce com o perímetro cefálico (circunferência da cabeça) menor que o normal, e isso pode acarretar danos neurológicos. E para dar mais "zica" ao caso, não há vacina contra o vírus, e os estudos para a sua fabricação vem ocorrendo em passos lentos, como toda boa pesquisa.

Enquanto isso, o que devemos fazer é tomar as medidas preventivas contra a doença, principalmente as mulheres grávidas, e a melhor forma de prevenir é eliminar o vilão da história, o Aedes. Para isso é necessário destruir os criadouros, evitar água parada, não jogar lixos em terrenos baldios, tampar caixas d'água, lavar os bebedouros e comedouros de animais regularmente, colocar areia nos vasinhos de plantas, manter garrafas de boca para baixo, usar repelentes e evitar áreas de grande exposição ao mosquito. Lembre-se sempre que o combate ao mosquito é uma obrigação de cada um, por isso, faça sua parte.