Ser ou não ser, eis a questão...
Por Edson Terto da Silva | 06/05/2010 | PolíticaEdson Silva
Quem não ouviu uma das mais famosas frases da literatura mundial: "Ser ou não ser, eis a questão ou como queiram em inglês: "To be or not to be, that's the question", da peça Hamlet, de William Shakespeare , que na imaginação popular, segundo a Wikipédia, é a fala pronunciada por Hamlet segurando uma caveira ? Cá entre nós, esta pérola secular do teatro não parece muito atual, principalmente nas épocas de Eleições?
É um tal de quem é dizer que não; quem não é achar que é; quem a gente temo certeza que será, acaba não sendo; quem nem imaginávamos que seria, é. Antes que alguém pense besteira já vamos adiantando que estamos falando em ser candidato. Mas a culpa não é propriamente de muitos dos candidatos. É que as regras eleitorais mudam tanto que numa eleição pode uma coisa, na outra não pode...
Há momento em que é permitido revelar quem é candidato. Em outro, a imprensa tem que "esclarecer" ao eleitor que fulano pode ser candidato a pré-candidato das prévias de candidatura e, caso ele aceite a missão e seus correligionários concordem, então o virtual indicado pensará se será candidato... Mas tudo isso se resolve três meses antes das Eleições, então a Campanha começa mesmo e infelizmente boa parte (mas de maus políticos) dos pleiteantes deixa de mostrar idéias e propostas (ou nem as têm) e parte para baixarias, ataques pessoais e "denuncismos", coisas que em nada ajudam a democracia.
Até mais que os candidatos, nós eleitores somos os principais personagens em qualquer eleição livre e direta. Cada voto é um voto. É com ele que podemos fazer a diferença sobre quem regerá nossas vidas por quatro anos, no caso da Presidência, dos Governos de Estados, das Assembléias Legislativas (Deputados Estaduais), da Câmara Federal (Deputados Federais) e oito anos, no caso do Senado Federal. É muito importante então que façamos criteriosa análise para não se deixar impressionar pelos "disse me disse", que fulano é mais experiente que cicrano, que este ou tipo de cargo não é para mulher ou para quem não concorreu numa eleição.
É tanta bobagem que se ouve, que normalmente nunca se vai aos mais importantes: A pessoa é ética ? Honesta? Idônea? competente? Se ela não teve experiência em urnas mostrou competência em outras atividades? Se teve experiência em urnas traduziu a experiência em bons frutos ou o que era para ser currículo virou "ficha corrida"? Estas sim, acredito, serem perguntas mais pertinentes que "blá,blá,blás", como não "perco" meu voto; só voto se tiver certeza que vai ganhar; vou anular; vou me omitir; só voto baseado em pesquisa, etc... A urna não é um momento tão solitário, somos nós, Deus e nossa consciência e nela devemos mostrar mais nossas vocações trabalhadoras.
Edson Silva, 48 anos, jornalista, da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Sumaré
Email: edsonsilvajornalista@yahoo.com.br