“Sensibilização e prevenção não transmitem HIV”

Por Bruno Teles da Silva | 17/09/2016 | Saúde

“Sensibilização e prevenção não transmitem HIV”

Os anos 80 marcados pelo descobrimento do grande “bum” da humanidade que foi a descoberta do vírus do HIV e o achismo de que Maria e João (nomes fantasias), que estão contaminados podem transmitir a doença, se eu passar por perto ou se eu falar com eles. A comunidade inteira está antenada, preocupada e passando esta informação ao máximo que podem, assim vamos prevenir a contaminação desta doença.

Era esse o comportamento da comunidade que por falta de esclarecimento e de informação achava que o vento poderia trazer o vírus do HIV, medo, transtorno, preocupação eram os sentimentos que a humanidade desenvolvia diante da problemática compulsiva de imaginar a sua vida acabar por causa de uma doença, que ainda estava mal estudada cientificamente.

Mais os tempos mudaram, a ciência avançou depois da descoberta logo vieram às formas de transmissão e contaminação e hoje caminhamos para a descoberta da cura. Por conta de todos esses avanços já não é mais tão difícil o trabalho dos profissionais de saúde que não dever ter medo de intervir e comprometer-se com a sua profissão e com a saúde pública (patrimônio do povo brasileiro). Em passos lentos visto que não depende apenas do profissional de saúde mais de uma parceria dele com o usuário é que pode-se criar estratégias que previna e sensibilize o usuário do serviço seja em grupo em caso ou comunidade, mais o que importa mesmo é que já existem instrumentos básicos para a intervenção com essa demanda, a sensibilização.

Não tem outro jeito, a distribuição gratuita de preservativos, a panfletagem, a reportagem na mídia já não é mais o bastante, o profissional da Estratégia Saúde da Família – ESF precisa olhar um pouco mais olho no olho, diante da orientação do aconselhamento do poder de persuasão de convencer de que é preciso retornar ao serviço, é preciso prevenir, é preciso trazer o (a) seu (sua) parceiro (a), para que haja um trabalho completo e de bastante eficácia.

A prevenção ainda é um desafio, para os técnicos em pensar nas estratégias que possam trazer o usuário para os trabalhos que são desenvolvidos pela saúde pública, para fazer com que as informações cheguem até as comunidades ainda mais vulneráveis, com trabalhos voltados para a prevenção as situações de risco, para a redução de danos e para os serviços ofertados pelo SUS, na tentativa de mostrar que o HIV não tem preconceito e que você também não deve ter. Ele chega para o branco, para o negro, para o índio, para a mulher, para o homem , para o bebê e para qualquer indivíduo independente da sua orientação sexual. Se ele não tem preconceito também não tenha.  O preconceito exclui, discrimina, mata e deixa marcas. Marcas essas que não vale a pena você carregar. Com a mesma vertente:

[...] Padilha ainda lançou um conjunto de selos postais, alusivos ao Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, criados pelo cartunista Ziraldo, também presente a solenidade. Padilha lançou um desafio para gestores, profissionais e usuários: combater o preconceito. “Não podemos admitir comportamento discriminatório no SUS”, assinalou. O ministro comemorou a notícia de que o Brasil havia conseguido controlar qualquer forma de transmissão do vírus HIV através de transfusão de sangue e lembrou a importância da luta que se travou contra a comercialização de sangue no país. (RADIS/115, março/2012; p. 14 e 15).

É desta forma, que a luta pela vida e contra o preconceito deve-se continuar pensando em estratégias de sensibilização por menor que seja até mesmo do tamanho do selo de uma correspondência, é ter a certeza de que surtirá um efeito e este será a favor da prevenção. A iniciativa de cada profissional, o compromisso com o serviço, com a sua profissão e melhor que isso com o usuário do SUS é que fará a diferença em uma soma de forças e de ações que compulsoriamente como resultado virá a redução dos indicadores, que apontam uma epidemia do HIV.

BRUNO TELES DA SILVA

Assistente Social da SMS/Propriá-SE

Coordenador do Programa Municipal de DST/AIDS

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