Semblantes

Por Gabriel Villas Boas | 10/06/2008 | Poesias

 

Aflora de meu peito agora
Qual sentimento suicida
Um desprezo pela vida
E uma inveja do mundo afora

Sabes o quão tolo sou?
Eu espero e espero um brado forte
Um maldito sopro de sorte
E acredito que posso ser algo que não sou

Às vezes acredito tanto
Às vezes despenco em pranto
Ouço sussurros, vejo semblantes
Mas nada me assusta mais que a sensação de fracasso
Que o diminuir dos meus passos
Nada me dói mais do que ser este cavaleiro errante

Escrevo com o sangue nos olhos
Escrevo com vontade de furar os olhos
Vomito uma parte minha para costurar outra
Mantenho as feridas abertas...
Mantenho a vontade de encontrar a pessoa certa
Que me tire lama e prenda a fera solta.