Sem privacidade e sem esconderijos
Por Roberto Soares Costa - @robertocosta | 24/03/2009 | TecnologiaEm pouco tempo não haverá mais esconderijos e a todo o momento estaremos sendo perseguidos por alguém. Situações inimagináveis até mesmo em filmes de ficção estão acontecendo, e a velocidade é tão rápida que ainda não paramos para pensar. A evolução da tecnologia tem apresentado ferramentas poderosíssimas. Se ocuparmos minutos do nosso tempo para analisar o quanto nossas vidas estão expostas, uma crise de pânico pode se espalhar. O Arsenal de ferramentas do Google, é um exemplo, nos captura de várias formas, não somos mais pessoas e sim cadastros, consumidores. Quando fazemos uso do Gmail, onde nos permitem enviar e receber e-mails infinitamente, nossas mensagens vêm e vão sempre acompanhadas de propagandas e anúncios, seja pelas laterais ou no topo de nossas caixas de correio eletrônico. Quando aderimos ao Orkut, alimentamos um álbum público com nossas fotos, relação de amigos, expomos todas as nossas preferências, deixando bem claro nosso perfil ao mundo. Quando realizamos pesquisas no Google.com, estamos dando dicas do que nos interessa, o que estamos precisando, qual é nosso estado de espírito, se tristes ou animados. Nossas ações vão nos identificando dentro de um ambiente que nos tem como alvos. Um outro exemplo do quanto nossa privacidade está comprometida, é o fantástico recurso do Google Maps, o Google Latitude. Com este recurso poderemos saber onde estão ou para onde estão indo, nossos filhos, amigos ou parceiros em tempo real. Esta tecnologia que está em fase experimental funcionará através de telefones celulares ou pelo navegador web. Por parte do Google não haverá nenhuma cobrança, já se tratando das operadoras de telefonia é de se esperar. Saber onde estamos ou para onde vamos, nossos gostos, necessidades, relações sociais ou costumes, comercialmente é fantástico. A final receber um bom atendimento, ter soluções antecipadas às nossas necessidades, é tudo que queremos, no entanto o que assusta é não saber onde tudo isso vai parar.
Roberto Soares Costa