SEGURANÇA DO PACIENTE: METAS E MODELO DE GESTÃO PARA ACREDITAR UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Por Fernanda Souza de Melo | 17/09/2019 | Saúde

RESUMO

O presente estudo possui como principal objetivo a realização de uma análise acerca dos modelos de gestão da Unidade de Terapia Intensiva, demonstrando como elas contribuem para o alcance da certificação de acreditado. Desenvolvida através de uma revisão de literatura, a pesquisa reuniu um conjunto de obras consideradas relevantes a composição do conteúdo, trazendo em sua redação informações sobre a conceituação e importância da acreditação, principais modelos de gestão de UTI, o papel e relevância do enfermeiro no processo da certificação e pôr fim, segurança do paciente. A presente estrutura foi idealizada de modo a obter uma resposta sobre como os referidos modelos gerenciais auxiliam as instituições de saúde na implantação de procedimentos condizentes com os requisitos estabelecidos pela Organização Nacional de Acreditação. O desenvolvimento do estudo justifica-se pela importância de se compreender como ocorre a implementação dos métodos pregoados pela ONA nos ambientes hospitalares e entender melhor os benefícios que essa efetuação pode oferecer tanto ao hospital que a adota, quanto a seus clientes. Após uma verificação exploratória dos materiais selecionados, chegou-se a algumas significantes conclusões acerca do tema, dentre as quais destaca-se a constatação de que tencionando obter o certificado de acreditado, as instituições passam a desenvolver ações planejadas e focadas no paciente, ofertando com isso, uma assistência com mais qualidade e eficácia, reduzindo também o número de ocorrências de falhas, garantindo assim maior segurança ao paciente, esteja ele internado em uma UTI ou não, e também aos profissionais que formam a equipe de saúde do hospital.

Palavras-Chave: Acreditação Hospitalar; Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva; Modelos de Gestão.

1. INTRODUÇÃO

Ofertar um serviço de qualidade tem sido um dos grandes objetivos das instituições de saúde do país, que através da execução de alguns métodos, buscam diariamente adotar medidas que conduzam a melhorias continuas na assistência prestada. Neste cenário surge a Acreditação Hospitalar como um mecanismo pelo qual os hospitais passam por um processo estrutural voltado a adequações e aprimoramento de seus procedimentos, visando maximizar a qualidade dos serviços oferecidos aos pacientes (CARAM, et al., 2018). Conceitualmente falando, a Acreditação é um processo de certificação, no qual é concedido ao hospital um certificado que o classifica conforme o nível da assistência ofertada, essa classificação pode variar em três tipos diferentes, que são: Acreditado, Acreditado Pleno e Acreditado com Excelência. Cada um dos níveis é composto por características especificas que servem como critérios, que são analisados por uma equipe de profissionais da área da saúde designada pela Organização Nacional de Acreditação, durante as visitas diagnósticas ou técnicas (TEXEIRA, et al., 2017). Esse processo de certificação proporciona diversos benefícios ao hospital e seus usuários, como por exemplo, elevação da segurança dos clientes e profissionais, aprimoramento dos processos de trabalho, dentre vários outros ganhos que tem como foco central o usuário. Os procedimentos que levam a acreditação são aplicados em todos os setores da instituição, destacando-se porém a Unidade de Terapia Intensiva, que sendo uma célula de alta complexidade, requer uma gestão bem estrutura de modo a propiciar um cuidar seguro e de qualidade (LUVISARO, et al., 2014). Neste contexto gerencial, é possível afirmar que existem alguns modelos de gestão que ao serem executados auxiliam o hospital a alcançar as especificações exigidas pela ONA, são exemplos desses modelos: gestão estratégica, gestão de qualidade, gestão de recursos materiais, entre outros, que ao serem postos em prática 3 resultam em melhorias significantes como inter-relação do espaço físico com os recursos humanos e tecnológicos, elevando com isso a qualidade do serviço prestado (MEDEIROS, et al., 2016). Porém, considera-se importante salientar que a gestão da UTI, assim como a certificação depende da interação e esforço da equipe multidisciplinar que forma a instituição, ou seja, faz-se necessária a participação de todos os profissionais da saúde no planejamento e execução de planos que levem a mudanças significativas, resultando em melhorias na assistência oferecida e na obtenção do certificado de acreditado (OLIVEIRA, et al., 2017). A equipe de enfermagem, em especial o enfermeiro, desempenha fundamental papel no que se refere a prestação de um serviço de qualidade, trabalhando cotidianamente de forma a contribuir tanto para a segurança do paciente quanto para certificação, em outras palavras, ela é responsável pela execução de várias atividades cruciais ao sucesso da organização, atividades essas que resultam em um atendimento comprometido com a proteção e o bem estar dos usuários assistidos pelo hospital (ALONSO, et al., 2014). Com base no exposto, salienta-se que a pesquisa desenvolveu-se com base no seguinte problema: Como os modelos de gestão contribuem para o alcance dos requisitos da acreditação hospitalar em uma Unidade de Terapia Intensiva? Visando alcançar uma resposta ao questionamento levantado, foram elencados alguns objetivos, tendo geral Analisar os modelos de gestão, relatando suas funções na acreditação de uma UTI. Em conjunto com o geral, foram determinados alguns objetivos específicos, são eles: Descrever conceitualmente o que é a acreditação hospitalar; Verificar a importância da certificação; Apresentar os principais modelos de gestão para uma UTI; Compreender o papel da enfermeiro no processo de acreditação e Conceituar a segurança do paciente. Visando alcançar os objetivos traçados e com isso responder ao problema levantando, o estudo foi desenvolvido com base em uma revisão de literatura, que composta por obras publicadas em plataformas online, traz em seu corpo um conjunto significante de informações acerca do assunto, reunindo em um só documento dados 4 coletados por diferentes autores, que em momentos e locais distintos também estudaram sobre o tema abordado.

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