Se eu fosse um candidato...

Por Edson Terto da Silva | 10/09/2010 | Crescimento

Edson Silva

Se eu fosse candidato a cargo eletivo não teria a menor dúvida em optar pelos pobres, pelas classes menos favorecidas. Antes que alguém assim pense, já digo que não é por esta ser grande maioria de qualquer população no mundo e por isso significar número maior de eleitores e cada voto vale igual na democracia. Também não seria por serem pessoas carentes de tudo, inclusive da esperança ou de instrução e por isso, quem sabe?, mais suscetíveis aos belos discursos; a admirar belas roupas; cabelos alinhados ou, quem sabe?, com alguma ostentação de campanha, que nem precisa ser suntuosa, se estamos falando de quem nada ou quase nada tem.

Minha opção seria simplesmente porque ajudando aos mais humildes estamos tornando todo o mundo melhor. Se educamos; oferecemos empregos; saúde; cultura; lazer; esportes; segurança; ampliamos transportes e acessos; melhoramos a condição de vida dos mais necessitados, oferecendo habitação; infraestrutura e dignidade estamos exercendo a maior forma de amor ao próximo e beneficiamos toda a sociedade. É o empregador tendo trabalhadores mais preparados e dispostos, a indústria e o comércio tendo mais e mais pessoas para comprarem seus produtos, enfim algo em que todos ganham.

Alguém então dirá, mas candidato precisa dos ricos para financiar campanha... É uma questão difícil de negar, mas se o trabalho é sincero e voltado para beneficio geral, até isso se resolve sem maiores transtornos. Não se precisa prometer nada que não será cumprido quando nos comprometemos em realizar primeiro o que for de extrema urgência para a maioria, depois o que for necessário para esta maioria e quem sabe antes do que imaginamos estaremos realizando até o que se achava impossível para a maioria e, quem sabe?, prá todos.

Considero ser ideal uma educação política séria para os mais carentes, deixando-os completamente conscientes que todos têm peso e valores iguais na eleição democrática. Desta maneira, eles mesmos tomariam as rédeas do destino nas mãos e não teriam dúvidas na hora de discernir lobos de cordeiros ou joio de trigo. Uma lição antiga e que não passará reza que sábios e profetas não viram nem ouviram de viva voz boas novas reservadas aos pobres e mansos da terra. A mesma mensagem deixou claro que rico não deixa o que tem para seguir o caminho, já a maior riqueza da maioria humilde está no coração e não tem como a abandonar.

Edson Silva, 48 anos, jornalista, nasceu em Campinas e trabalha como assessor de imprensa em Sumaré

edsonsilvajornalista@yahoo.com.br