Schelling: Da filosofia da identidade à filosofia da liberdade
Por GEORGE LUIS CARDOSO SILVA | 21/11/2017 | FilosofiaO presente artigo tem por finalidade, apresentar alguns pontos principais do pensamento de Schelling, pensador alemão do século XVIII. Tal filósofo foi um dos expoentes das correntes filosóficas de seu tempo: o romantismo e o idealismo. Sua trajetória filosófica se inicia com a influência de Fichte. Posteriormente ele rompe com o pensamento de seu mestre ao trabalhar a natureza e ao separar o eu do absoluto. A partir disso, Schelling, passa a falar da identidade do absoluto, até se chegar no que ele nomeia como Deus, resgatando para tal o pensamento spinoziano.
INTRODUÇÃO
Nascido na Alemanha do século XVIII Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling desenvolveu seus pensamentos em um contexto permeados de diversas influências. Os ideais iluministas, a revolução francesa, que por sinal foi um divisor de águas, o romantismo e o idealismo, correntes das quais ele foi um expoente, são pontos principais do seu contexto. Discípulo de Fichte, Schelling, parte do pensamento de seu mestre, não permanecendo, porém, por muito tempo, e resgata a filosofia spinoziana para formular as suas teses.
Ao partir do eu e do não-eu fichtianos, o filósofo alemão questiona o que viria antes. Com tal questionamento ele passa a percorrer um caminho da sua filosofia da identidade até chegar a filosofia da liberdade. O absoluto será a grande chave de compreensão de seu pensamento. O que Spinoza chamou por substância divina, Sechelling nomeia como o absoluto e posteriormente Deus.
1 Trabalho apresentado ao professor Adhemar como requisito parcial da disciplina Filosofia Moderna II.
2 Acadêmico do 5º período do curso de Filosofia, 2017 – Seminário Maior Imaculado Coração de Maria / Departamento de Filosofia.
Uma outra problemática a que ele chega é de como seria a passagem do absoluto para o contingente. A derivação não teria sido dada de forma lógica. Assim ele dá a natureza do absoluto, de Deus, dois atributos: a liberdade e a vontade. A partir disso que ele formula a sua filosofia da liberdade, respondendo, a seu modo, como se daria o surgimento da natureza a partir do absoluto. Um outro aspecto importante a se ressaltar é a importância dada pelo filósofo à arte. A obra de arte seria a obra do gênio. Somente através dela é que se daria o contato com o absoluto. Seria assim, o meio pelo qual o homem poderia chegar a Deus.