Sátiros: Demônios no Antigo Testamento
Por george ferreira | 14/12/2008 | BíbliaPastor George Emanuel
2 Crônicas 11:15 Jeroboão constituiu os seus próprios sacerdotes, para os altos, para os sátiros e para os bezerros que fizera.
Satiro:ry[if'/ r[if'"bode peludo" ou "demônio da noite". Os eruditos do A.T. preferem referi-se a estes termos hebraicos como "irrequietos" ou "frívolos'. Pode está em conexão com as feras que viviam em lugares desolados ou com a crença em determinados seres espirituais que manifestavam-se em formas hibridas. metade bode e metade homem. Lv 17:7; Dt 32:17; Is 13:21;23:13; 34:14.Na época do rei Jeroboão, estes sátiros eram adorados nos lugares altos, possuindo até muitos sacerdotes oficiais estabelecidos pelo próprio Jeroboão. A Lei proíbe expressamente todo e qualquer culto aos sátiros ou aos demônios. Há necessidade, pois, de considerar devidamente a interpretação a dar aos textos sagrados. O rei Josias destruiu completamente os sacerdotes e as idolatrias aos altos das portas ; provavelmente "os altos dos sátiros" (as mesmas consoantes em hebraico);2Cr 11.15 nota.
As prescrições contidas na Torah eram para impedir não só a utilização do sangue como alimento, mas ainda o sacrifício dos animais ao ar livre "sobre a face do campo", para não dar a impressão que o faziam em honra dos "bodes" ou sátiros, num ato de idolatria (Lv 19.4; Lv 26.1-30), geralmente acompanhado de ritos licenciosos. Êx 34.15 e segs. Lv 20.5. Isto vem lembrar, que tais práticas de idolatria eram freqüentes entre os israelitas no tempo do Êxodo, provavelmente adquiridas no Egito.
Os deuses da mitologia grega represenvam as forças e fenômenos da natureza e também impulsos e paixões humanas. Os deuses moram no Monte Olimpo e de lá controlam tudo o que se passa entre os mortais. O Panteão Grego inclui semideuses, heróis e inúmeras entidades, como os sátiros e Ninfas, espíritos dos bosques, das águas ou das flores.
O culto do deus Pan desenvolveu-se, como sabemos, na antiga Grécia e mais tarde na cidade de Roma. Por conseguinte, a lei em questão não visava em princípio apenas a proibir aos israelitas alimentar-se dos animais que ofereciam ao Senhor, mas, sobretudo oferecê-los, na realidade, a Deus, e não sacrificá-los aos "demônios", aos "bodes" ou "sátiros". Era a substituição dum ato de verdadeiro culto por uma idolatria pagã e sensual.
Por último, vem tal ato demonstrar a influência da religião egípcia na vida dos israelitas. Isto lhes seria por estatuto perpétuo. No seu aspecto negativo, a proibição de comer sangue e de proceder a cerimônias de idolatria, era uma lei irrevogável dentro da Lei de Moisés. Pelo lado positivo, foi mais tarde modificada pelo próprio Moisés de acordo com as novas exigências resultantes da fixação do povo na Terra Prometida (Dt 12.20-24), sem que, todavia se registrasse qualquer alteração no espírito da Lei, embora houvesse uma ligeira modificação na letra.