Salvem, salvem, Brasil!
Por Jesiel SOARES-SILVA | 30/11/2009 | PoesiasA pátria magra e maltratada salvem! Salvem!
Brasil: por que escreveram ordem? Por que progresso?
Era uma previsão convicta?
Ou foi uma convicção imprevisível?
Brasil: o brado retumbante transformou-se em lamúrias
proferidas não pelo povo heróico, mas paranóico.
O que outrora era o sol da liberdade,
hoje é luz tênue refletida no céu adornado de
gases e escondida entre monstros de concreto.
Brasil: o gigante belo e cego pela própria natureza,
guiado pela supremacia da águia de sangue azul e
vermelho; conduzido linearmente ao abismo.
Nossos bosques têm más vidas que nos matam.
Nossos morros ter árvores e flores entre “lares”
(habitat de crianças felizes com seus fuzis).
Brasil: verás que o filho teu não foge a luta,
mesmo que a recompensa não compensa nem a dispensa.
A pátria amada e dolarizada salvem! salvem!
Qual ser nobre assinará a liberdades dos nossos
novos escravos? escravos que não operam máquina,
pois são operados por ela, sem manutenção.
Pobres mentes que dizem o Brasil em palavras verdes e
pele de bebê, camuflando o horror e a podridão.
A maquiagem esconde o câncer, não o impede de comer.
Até quando venderemos a imagem de lindas praias,
quando o mar de sangue é maior?
Louvemos nossa pátria enquanto ainda
vemos sobre a lama, pois sob logo estará.
O medo de falar nos mata. O respeito infundado
fecha nosso grito. Não se trata de prover soluções,
mas de lamentar o irremediável, mostrar o que
some nos títulos.
Oh! pátria magra e maltratada,
brasil.