SAÍDA DE EMERGÊNCIA DE EDÍFICIOS
Por samuel dos santos silva | 24/11/2014 | EngenhariaTítulo: Saída de Emergência de Edifícios
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo analisar os requisitos mínimos necessários
para as saídas de emergência em edifícios, pois, é necessário um cuidado grande
para que os ocupantes possam evadir o local em caso de incêndio. Na ocorrência de
um incêndio, deve-se com maior brevidade possível retirar as pessoas do edifício,
pois muitas vidas são ceifadas, pela demoram e em alguns casos as pessoas
não acreditam na velocidade do incêndio em se alastrar. Nos incêndios, existem
materiais que naturalmente servem para propagar o calor por condução, isso faz
com que materiais combustíveis que não estão próximos do foco do incêndio
venham a receber o calor necessário para atingir a sua temperatura provocando
assim a formação de outros focos de incêndios. Deve-se orientar as pessoas
através de informativos nos edifícios para que em caso do incêndio utilize as
escadas, jamais os elevadores, pois, é muito provável que a energia seja cortada
e as pessoas dentro do elevador ficariam presas dificultando o resgate. Tratou-se
o presente estudo de uma pesquisa de cunho bibliográfico de caráter descritivo e
exploratório, com abordagem qualitativa.
Palavras-chaves: Saída de Emergência. Incêndio. Normativas.
ABSTRACT
The present study it had as objective to analyze the necessary minimum
requirements for the exits of emergency in buildings, therefore, a great care is
necessary so that the occupants can run away the place in case from fire. In the
occurrence of a fire, she must yourself with bigger possible brevity be removed the
people of the building, therefore many lives are cut with a scythe, for they delay
and some cases the people do not believe the speed of the fire in if spreading. In
fires, materials exist that of course serve to propagate the heat for conduction, this
make with that material fuels that are not next to the focus of the fire they come to
receive the heat necessary to reach its temperature thus provoking the formation
of other focus of fires. It must be guided the people through news in the buildings
so that in case of the fire it uses the stairs, never the elevators, therefore, it is very
probable that the energy is cut and the people inside of the elevator would be
imprisoned making it difficult the rescue. The present study was about a research
of bibliographical matrix of descriptive and exploratory character, with qualitative
Keywords: Exit of Emergency. Fire. Normative.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Edificações......................................................................................... 17
Figura 2. Concreto Armado............................................................................... 18
Figura 3. Resistência ao Fogo........................................................................... 22
Figura 4. Incêndio edifício Andraus/SP......................................................................... 24
Figura 5. Edifício Andraus após reforma........................................................... 25
Figura 6. Incêndio edifício Joelma/SP......................................................................... 26
Figura 7. Pessoas sendo resgatadas pelos bombeiros através dos banheiros
do Edifício Joelma. São Paulo, Brasil............................................... 27
Figura 8. Resposta humana diante das altas temperaturas do incêndio............ 29
Figura 9. Edificações no mesmo lote. Edificações em lotes diferentes.............. 33
Figura 10. Proteção com parede corta-fogo........................................................ 34
Figura 11. Largura de Saídas e Vias de Evacuação.......................................... 38
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Tempos requeridos de resistência ao fogo........................................ 21
Tabela 2. Causa de mortes em incêndios de edifícios........................................ 28
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 09
2 OBJETIVO.................................................................................................. 11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................. 12
3.1 O que é qualidade.................................................................................. 12
3.2 Medidas de segurança contra incêndio.................................................. 16
3.3 Saída de emergência dos edifícios......................................................... 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 41
REFERÊNCIAS........................................................................................... 43
ANEXOS...................................................................................................... 46
O Brasil vê aumentar, aliado ao seu processo de crescimento industrial e
urbano, o risco de ocorrência de incêndios devido a maior concentração de materiais
combustíveis, máquinas e equipamentos, nos mais diversos setores de atuação
humana, e à pouca familiaridade com as técnicas modernas de prevenção.
O desenvolvimento tecnológico trouxe profundas modificações nos
sistemas construtivos fazendo com que as edificações deixassem o modelo pesado
e rígido para se tornarem mais leves e mais flexíveis, uma construção caracterizada
pela utilização de grandes áreas sem compartimentação; onde os tijolos e o
concreto são substituídos por painéis divisórios, pelo emprego de fachadas
envidraçadas e incorporação acentuada de materiais combustíveis aos elementos
construtivos, introduzindo riscos que anteriormente não existiam, aumentando,
consequentemente, a vulnerabilidade a incêndios.
O ser humano está sempre em evolução, e para tal, estamos
incansavelmente em busca de conhecimentos e soluções, nesse sentido, realizamos
estudos, pesquisas técnicas, acadêmicas, entre outros.
O ato de proteção a vida bem como a redução das perdas patrimoniais e
concomitantemente evitar o desperdício é um dever do profissional do Engenheiro
de Segurança, bem como de todos os atores envolvidos no ato de construir, e
A saída de incêndio tem normativa conforme NBR 9077, esta norma
define e fixa condições que as edificações devem ter a fim de que sua população
possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida em sua
A abordagem do presente estudo foi de cunho qualitativo. Segundo Gil
(2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Foi utilizado o método dedutivo que parte de teorias e leis mais gerais
para a ocorrência de fenômenos particulares. De acordo com Lakatos e Marconi
(2000), o método de abordagem dedutivo é aquele que parte das teorias e leis,
predizendo a ocorrência de fenômenos particulares, ou seja, uma conexão
A abordagem do presente estudo foi de cunho qualitativo. Segundo Gil
(2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Foi utilizado o método dedutivo que parte de teorias e leis mais gerais
para a ocorrência de fenômenos particulares. De acordo com Lakatos e Marconi
(2000), o método de abordagem dedutivo é aquele que parte das teorias e leis,
predizendo a ocorrência de fenômenos particulares, ou seja, uma conexão
Analisar os requisitos mínimos necessários para as saídas de emergência
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Fácil de reconhecer e difícil de definir. A qualidade e considerada no
mundo inteiro algo que interfere nas nossas vidas e na vida das organizações de
uma forma positiva. Referimo-nos a um produto como produto de qualidade se ele
cumpre a sua função da maneira que almejamos.
Conforme Gomes (2004), um serviço tem qualidade se vai ao encontro ou
se supera as nossas expectativas. Estamos constantemente procurando melhorar
a qualidade do nosso trabalho; no entanto, nem sempre partimos de uma definição
Se, de um lado, a qualidade é hoje uma das palavras-chave mais
difundidas na sociedade (ao lado de palavras como ecologia, cidadania e
sustentabilidade) e também nas empresas (ao lado de palavras como produtividade,
competitividade integração), por outro; existe pouco entendimento sobre que é
qualidade e, mesmo, certa confusão no uso da palavra.
A confusão pode ser atribuída, em grande parte, ao sentido de
subjetividade associado à qualidade e também ao uso genérico com que se
emprega essa palavra a fim de representar coisas bastante distintas.
A palavra qualidade tem um amplo significado e, por isso, dá margem
a inúmeras interpretações. Para uns, representa a busca da satisfação do cliente.
A simplicidade desse conceito esconde uma enorme revolução: o deslocamento
do ponto focal das atenções, do chão da fábrica — a fabricação dos produtos,
para o consumidor. Para outros, além da satisfação do cliente, engloba a busca
da excelência para todas as atividades de um processo. Qualidade também pode
significar adequação ao uso.
Diante disso, destaca-se três pontos conforme Rodrigues (2011):
A qualidade é um atributo das coisas ou pessoas;
A qualidade possibilita a distinção ou diferenciação das coisas ou
A qualidade determina a natureza das coisas ou pessoas.
Embora apareça aqui como um atributo intrínseco às coisas ou às
pessoas, é preciso ter claro que a qualidade não é algo que se possa identificar e
observá-la diretamente. Nesse sentido, seu conceito é relativo. O que é identificável
e observável diretamente são as características das coisas ou das pessoas. Ou
seja, a qualidade é vista ou compreendida por meio de características. É, portanto,
resultante da interpretação de uma ou mais características das coisas ou pessoas
Por exemplo, a qualidade de uma pessoa pode ser percebida por meio de aspectos
como honestidade, caráter e competência. A qualidade de um automóvel, por sua
vez, pode ser analisada por meio de características tais como o desempenho e a
durabilidade, a qualidade em edificações define o da qualidade ambiental, práticas
construtivas, menos nocivas ao ambiente e normas que envolvem todo o setor no
quesito segurança, antes, durante e pós-construção do edifício.
Desta forma, o fato de a qualidade ser vista por meio de características
introduz uma dimensão subjetiva, uma vez que:
A definição de quais características podem representar a qualidade
é subjetiva;
A intensidade da associação das características com a qualidade é
A forma de mensuração e interpretação das características pode
ser subjetiva;
A própria característica pode ser subjetiva.
“Qualidade é o atributo que faz as coisas ou pessoas distinguíveis entre
si. Pode-se dizer que qualidade é o que determina a natureza das coisas. Ela
permite a avaliação, a aprovação, a aceitação ou a recusa de um bem ou serviço”
Entretanto, qualidade é um conceito abstrato, que varia de acordo com o
tempo, os costumes, a tecnologia e a cultura.
Na nossa vivência diária, sobretudo nas duas últimas décadas, o termo
qualidade é cada vez mais frequente no vocabulário do brasileiro. Fala-se
muito atualmente em qualidade de um produto, qualidade de um serviço,
qualidade de ensino, qualidade de vida etc. Com o aparecimento, em todos
os domínios, de produtos cada vez com melhor qualidade, as pessoas
adquiriram uma nova cultura e tornaram-se mais exigentes e sensíveis para
pormenores anteriormente descurados. O conceito de qualidade esteve
inicialmente associado ao produto em si, tendo se tornado cada vez mais
abrangente á medida que se generalizou o fornecimento de bens e serviços
e houve um aumento de capacidade da oferta e, consequentemente, da
concorrência, por parte de praticamente todos os setores da economia
(RODRIGUES, 2011, p. 24).
Atualmente existe a crença empresarial de que a qualidade é obtida
por meio de um controle integrado de diversos fatores, mais do que um processo,
hoje ela é vista como um modelo de gestão organizacional que começa com os
fornecedores e termina no cliente.
A qualidade passou a ser vista como algo que atravessa toda a empresa
e tem tendência se tornar como um referencial para a reputação da organização
para com os seus clientes.
Com a intenção de acabar com a multiplicação de normas sobre a
qualidade, a International Organization for Standardization criou o Comitê Técnico
TC/176 — Garantia de Qualidade, que elaborou a 150 série 9000. A primeira versão
foi divulgada em 1987. Inicialmente, essas normas foram desenvolvidas por meio da
análise crítica de diversas normas existentes sobre assunto.
O objetivo maior dessas normas que compõem a primeira versão de
1987 é o de “estabelecer requisitos mínimos de gestão e garantia da qualidade,
necessários para obtenção da satisfação dos clientes, por meio da prevenção da
ocorrência de não conformidades” (RODRIGUES, 2011, p. 30).
Tem, portanto, caráter preventivo em relação á ocorrência de não
A gestão da qualidade é constituída por um conjunto de atividades,
planejadas e sistemáticas, implementadas por meio do sistema da qualidade, e
consideradas necessárias para que uma organização demonstre sua capacidade em
atender aos requisitos e aumentar a satisfação do cliente.
A gestão da qualidade envolve as ações de planejamento, de controle e de
aprimoramento da qualidade, a partir de políticas e objetivos estabelecidos
pela administração com a responsabilidade executiva sobre o sistema
da qualidade. Requer organização e flexibilidade para poder servir como
base de avaliação e aprimoramento contínuos dos produtos e processos
envolvidos (RODRIGUES, 2011, p. 30).
A versão das normas ISO 9000, de 2000, trouxeram um enfoque mais
atual aos elementos que compõem o sistema de gestão.
As normas da série ISO 9000, de 2008, seguindo a versão anterior,
indicam a necessidade de se considerar as expectativas, não só dos clientes
internos ou externos, mas também de outros interessados no negócio. São os
chamados stakeholders de uma organização ou todos aqueles que podem manter
algum interesse no negócio: a sociedade, os clientes externos, os empregados
(clientes internos), os fornecedores e os acionistas.
Na página da Sociedade Brasileira da Qualidade (SBQ), na internet,
encontra-se um resumo sobre aspectos que devem ser cumpridos para que a
empresa possa se certificar por meio da ISO.
São eles de acordo com Rodrigues (2011):
responsabilidade gerencial;
documentação do que se faz e como se faz;
revisão dos contratos que garantem que o cliente vai ser bem
atendido antes mesmo dos compromissos serem firmados;
controle de qualidade dos projetos;
suprimentos que determinam a avaliação e qualificação de
fornecedores, com pedidos completos e exatos;
estabelecimento de procedimentos para implementação de ações
corretivas;
auditorias internas de qualidade assegurando um sistema de
autocorreção;
treinamento com controle documentado.
A empresa é certificada por uma rede autônoma de organizações,
as certificadoras, que são credenciadas pelo instituto nacional de metrologia,
normalização e qualidade industrial (Inmetro). A empresa que será certificada
estabelece os requisitos da norma formalmente e convida uma certificadora que faz
a análise das normas internas da qualidade, das operações que foram normatizadas
e se elas atendem aos requisitos da norma ISO. Esse procedimento dá à empresa
a possibilidade de descrever eu processo de acordo com suas características
administrativas e de operação ou produção. Isso faz com que a norma contemple
os mais diversos tipos de sistema de produção e de serviço, com capacidade para
certificar os mais diversos tipos de organização.
Atualmente, têm-se vários certificados “verdes” e “sustentáveis”, uma
espécie de incentivo aos projetistas e construtores que dedicam mais esforços para
melhorar o desempenho sustentável das edificações.
3.2 Medidas de segurança contra incêndio
O projeto arquitetônico é de extrema importância na Segurança contra
Incêndio. O arquiteto deve conhecer seus princípios e aplicá-los, através da
utilização de normas e legislações, juntamente com os conhecimentos arquitetônicos
adquiridos na teoria e na experiência profissional, como por exemplo, na
especificação de materiais em paredes, coberturas e estruturas combustíveis, a
proximidade entre as edificações, a compartimentação horizontal e vertical, entre
O edifício representa uma estrutura de transição transitória no processo
de transição para arquitetura moderna, posto que emprega tanto paredes de
alvenaria em seu exterior, quanto o esqueleto de aço em seu interior.
Quando ainda no século XIX, quando se iniciou as construções edifícios
de vários andares, o concreto era utilizado como material que revestia o aço, o
mesmo não tinha ainda função estrutural, contudo, possuíam grandes espessuras,
posto que o concreto não é um isolante ideal.
Com a evolução dos tempos, passou a utilizar o concreto como
elemento estrutural, “trabalhando em conjunto com o aço para resistir aos esforços,
inicialmente na função de piso” (SILVA, 2010, p. 4).
Silva (2010) relata o comportamento do concreto em altas temperaturas.
Estudos apontam que ocorria diminuição da resistência, porém, gerava
preocupação, em vista do uso para lajes de pequenos vãos.
Logo após apareceram as estruturas conhecidas como mista, compostas
de vigas e pilares de aço e concreto.
Em tempos recentes deu-se o inicio a construção de edifícios de concreto
Figura 2. Concreto Armado.
Fonte: Silva (2010).
Conforme Silva (2007), os materiais utilizados para construção dos
edifícios sofrem alterações na sua estrutura em decorrência do aumento da
temperatura, alterando suas propriedades físicas e mecânicas. Nos metais, somente
as propriedades mecânicas são reduzidas em incêndio. Na madeira e o concreto,
as propriedades mecânicas, a área resistente também pode ser reduzida, devido à
carbonização e a lascamentos, respectivamente.
Para Silva (2007), a segurança contra incêndio, devido às modificações
introduzidas pela arquitetura moderna, vem desempenhando um papel de crescente
importância dentro do conjunto de exigências humanas com relação aos requisitos
de habitabilidade das edificações cujos objetivos fundamentais são minimizar o risco
à vida e reduzir a perda patrimonial.
É sabido que a eliminação total do risco proveniente de um incêndio para
com a segurança humana é um trabalho praticamente impossível.
É de conhecimento também que quando não há uma mobilização para
que ocorra um planejamento neste sentido ocasionam em uma ação que acarreta
um custo muito alto no final, para se obtenha um nível plausível de segurança contra
É necessário que se todos os envolvidos na construção dos edifícios
conheçam as normas de segurança contra incêndios e que os arquitetos que
projetam as edificações utilizem seus conhecimentos atuando na prevenção e
proteção desde o anteprojeto até a construção propriamente dita.
“Grande parte da segurança contra incêndio é resolvida na fase do
projeto. E muitas diretrizes também são encaminhadas para solução geral do
problema nesta fase” (PERES; GOMES; SEITO, 2005, p. 3).
Conforme Silva (2007), considerando os diferentes aspectos assumidos
pelas variáveis que integram os fatores determinantes de risco, pode-se
identificar situações particulares de risco, que justifiquem uma atenção especial a
determinados elementos do sistema global de segurança contra incêndio ou um
enfoque particular a determinadas medidas de prevenção ou de proteção contra
incêndio que integram este ou aquele elemento. Esta análise deve ser feita pelo
projetista a partir dos momentos iniciais do desenvolvimento do trabalho, devido à
capacidade que o conjunto de medidas de prevenção e proteção contra incêndio tem
de interferir em questões associadas ao projeto.
Em se tratando do confinamento do incêndio com relação à integridade
dos elementos estruturais, pode-se se dizer que seu objetivo é evitar ou retardar
tanto quanto possível o colapso, total ou parcial da edificação, circunscrevendo o
incêndio ao seu compartimento de origem.
Para Silva (2007), a contenção do incêndio em seu ambiente de origem
tem também a função de dificultar a propagação do incêndio para outros edifícios
e tende a facilitar as operações de combate ao incêndio. A compartimentação,
adicionalmente, restringe a livre movimentação da fumaça no interior do edifício.
Enfim, os resultados obtidos com a compartimentação são a contenção
do incêndio no seu compartimento de origem, a precaução contra o colapso
estrutural, a facilitação das operações de combate ao incêndio e a manutenção das
rotas de fuga seguras contra os efeitos do incêndio.
“É necessário, portanto, que se qualifiquem os elementos de construção,
quando no desempenho de suas funções, sujeitos às condições de incêndio,
determinando a sua resistência ao fogo” (PERES; GOMES; SEITO, 2005, p. 1).
A NBR 14432 (ABNT, 2001) define carga de incêndio como sendo a soma
das energias caloríficas que seriam liberadas pela combustão completa de
todos os materiais combustíveis de um espaço, incluindo os revestimentos
das paredes, divisórias, pisos e tetos, e carga de incêndio específica como
o valor da carga de incêndio dividida pela área do piso considerado, sendo
medida em MJ/m2 (PERES; GOMES; SEITO, 2005, p. 2).
Por ser de grande dificuldade determinar um plano da carga de incêndio
peculiar, é costumeiro adotar-se valores tabelados por normas técnicas de acordo
Conforme Silva (2007), a presença de oxigênio é obrigatória para que se
desenvolva um incêndio, e a sua quantidade é fator determinante na intensidade
do mesmo. Desta forma, a quantidade de oxigênio existente no compartimento
submetido ao incêndio é levada em conta na análise do fenômeno por meio do fator
de abertura, que exprime o grau de ventilação do compartimento.
A quantificação da carga de incêndio é importante para o cálculo do risco
de incêndio, resistência ao fogo das estruturas e da compartimentação,
pois uma vez determinada a carga de incêndio pode-se, também, estimar a
duração e a severidade do incêndio (PERES; GOMES; SEITO, 2005, p. 2).
Para Silva (2007), a resistência ao fogo é uma propriedade exigida em
todos os regulamentos de segurança contra incêndio. A verificação da resistência
ao fogo dos elementos construtivos, quer estrutural ou divisória, é feita em fornos de
ensaios e é aplicável aos elementos e sistemas construtivos: pilares, vigas, paredes,
portas, janelas e elementos de fechamento de aberturas. É um parâmetro da medida
de prevenção contra incêndio, com várias utilizações no projeto da edificação.
Tabela 1. Tempos requeridos de resistência ao fogo.
Ocupação/uso Altura da edificação
h≤6m 6m≤h≤12m 12m<h≤23m 23m<h≤30m h>30m
Residência 30 30 60 90 120
Hotel 30 60 60 90 120
Supermercado 60 60 60 90 120
Escritório 30 60 60 90 120
Shopping 60 60 60 90 120
Escola 30 30 60 90 120
Hospital 30 60 60 90 120
Igreja 60 60 60 90 120
Para Peres; Gomes; Seito, (2005), a exigência de resistência ao fogo
para estrutura tem por finalidade manter sua função enquanto durar o incêndio ou
o tempo necessário para retirar as pessoas do edifício. Os elementos estruturais
considerados nessa categoria são: pilares, vigas isostáticas, vigas contínuas,
tirantes, estruturas planas, carregadas paralelamente ao seu plano médio, e peças
fletidas que não possam dilatar livremente na direção longitudinal.
Figura 3. Resistência ao Fogo
A resistência ao fogo para divisórias, internas ou externas, tem por
finalidade conter o incêndio no ambiente de origem, evitando seu alastramento para
outros ambientes da edificação. Os elementos construtivos considerados nesta
categoria são: parede divisória com função estrutural, parede divisória sem função
estrutural, divisória leve e laje.
Segundo Silva (2007, p. 1),
A Norma Brasileira NBR 14432 (ABNT, 2001) Exigências de resistência
ao fogo de elementos construtivos de edificações, válida para edificações
de qualquer material, tem por objetivo estabelecer as condições a serem
atendidas pelos elementos construtivos, ou seja, elementos estruturais ou
de compartimentação, que integram os edifícios para que, em situação de
incêndio.
A descoberta do fogo pelo homem e o controle de sua utilização
caracterizaram-se como eventos fundamentais no processo de desenvolvimento
tecnológico da nossa civilização. O elemento fogo, desta maneira, constituiu-
se como uma importante ferramenta a ser utilizada em praticamente todas as
atividades cotidianas da civilização. Entretanto, o fogo fora de controle torna-se uma
ameaça em todos os aspectos, uma vez que pode ocasionar destruição e perdas,
tanto no que se refere aos aspectos econômicos, culturais e sociais.
3.3 Saída de emergência dos edifícios
São evidentes as consequências que os incêndios causam à sociedade,
tanto no âmbito social como no econômico e, principalmente, humano.
Uma das descobertas mais importantes no que diz respeito à
verticalidade dos prédios foi a criação dos elevadores. O elevador hidráulico, datado
dos anos 1970, já no século XX, substituiu o elevador movido a vapor, o que foi um
grande avanço, pois tornou possível uma melhor movimentação dentro do edifício.
Conforme Alves (2010), as escadas ainda são imprescindíveis e servem
para que, em situação de emergência, como, por exemplo, incêndios, os ocupantes
dos edifícios tenham um meio de escape, desejavelmente seguro. As escadas
enclausuradas protegidas são escadas devidamente ventiladas situadas em
ambiente envolvido por paredes corta-fogo e dotada de portas resistentes ao fogo.
A escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas
corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou local
aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em casos de incêndio, é chamada
de escada enclausurada à prova de fumaça. A condição de escada à prova
de fumaça pode ser obtida pelo método de ventilação natural por meio de
dutos ou por método de pressurização. Quando da utilização deste último,
tem-se a escada enclausurada á prova de fumaça pressurizada (ALVES,
2010, p. 137).
As saídas de emergência devem ser claras e simples, evitando-
se corredores tortuosos e escadas escondidas, e não devem ser totalmente
dependentes das sinalizações e iluminação de emergência. As escadas devem
estar, além de bem dimensionadas, bem distribuídas em planta baixa.
É importante lembrar que o fogo é capaz de destruir qualquer coisa em
minutos – tudo o que o homem construiu. Não se trata somente de bens materiais,
mas o fogo põe em risco a proteção da vida.
No Brasil, lamentavelmente foi necessário a ocorrência de alguns
incêndios que pessoas saíram gravemente feridas e algumas mortes para que
houvesse uma mudança em relação às saídas de emergência em edifícios.
Cita-se como exemplo o edifício Andraus, de trinta e um andares, São
Paulo, pegou fogo em 1972, onde tragicamente dezesseis pessoas foram a óbito e
trezentas e setenta e cinco ficaram feridas.
Figura 4. Incêndio edifício Andraus/SP.
Fonte: Santos; Masullo (2002).
Conforme Alves (2010) acredita-se que o fogo tenha começado nos
cartazes de publicidade das Casas Pirani, colocados sobre a marquise do prédio.
A situação só não foi pior porque o edifício possuía um heliponto, de onde várias
A escada interna não atendeu suficientemente a população da edificação,
que teve que buscar outras alternativas de escape, como subir para a
cobertura e aguardarem resgate por helicóptero, fato que pode ser muito
perigoso. A escada, que não possuía nenhum tipo de proteção contra
fumaça e fogo, tornando-se um duto de fumaça (chaminé) (ALVES, 2010, p.
Conforme Alves (2010), depois do incêndio, o Andraus foi totalmente
reformado. Ganhou parapeito de concreto para evitar que o fogo passe de um
andar para outro, no caso de incêndio, escada externa, portas corta-fogo em todos
os acessos às escadas, iluminação de emergência e gás encanado, além de
treinamentos periódicos com a população do edifício.
Figura 5. Edifício Andraus após reforma.
Outro caso conhecido no Brasil, foi o do Edifício Joelma, que pegou fogo
em 1974, o edifício tinha vinte e cinco andares causou a morte de cento e setenta e
nove pessoas e deixando ainda trezentos feridos.
Conforme Alves (2010), o incêndio teve origem em um aparelho de ar
condicionado no décimo segundo andar, onde provavelmente ocorreu um curto-
Figura 6. Incêndio edifício Joelma/SP.
Fonte: Santos; Masullo (2002).
As escadas estavam na mesma situação do edifício Andraus e,
diferentemente do Andraus, que possuía heliponto e muitas pessoas se
salvaram, a maioria daquelas que foram para a cobertura desta edificação
morreram devido ao intenso calor e à fumaça. Cerca de quarenta pessoas
morreram ao pularem do alto do edifício, em pânico, para escapar do calor
ou até mesmo para não se asfixiarem (ALVES, 2010, p. 36).
Muitas pessoas foram resgatadas graças à faixa vertical de banheiros que
Figura 7. Pessoas sendo resgatadas pelos bombeiros através dos banheiros do
Edifício Joelma. São Paulo, Brasil.
Conforme Alves (2010, p. 129), “o edifício Joelma virou um enorme
paredão de fumaça. E o incêndio só não se propagou aos edifícios vizinhos, devido
o afastamento entre eles e à presença de ventos fortes no momento da tragédia”.
Depois de reaberto, o edifício já sofreu pelo menos duas interdições, em 1981 e
1994. Em 1981, foi o técnico alemão Ernest Aquiles que denunciou seu precário
sistema de proteção contra incêndios.
Neste período o Brasil ainda não contava com a existência de normas
reguladoras exclusivas paras as saídas de emergência.
Ainda em 1974, a ABNT, por meio do Comitê Brasileiro de Construção Civil,
publicou a NB 208 – Saídas de Emergência em Edifícios Altos. Em 1993,
após muitas revisões e colaborações de vários profissionais e técnicos da
construção civil, a ABNT aprova e publica a NBR 9077/1993, com novo
nome: Saídas de Emergência em Edifícios. A norma vigente é a NBR 9077/
2001. Essa norma tem passado por revisão desde 2003. Na Segurança
contra Incêndio, as saídas de emergência são consideradas medidas de
proteção passiva contra incêndio (meios de escape) (ALVES, 2010, p. 36).
As medidas de segurança contra incêndio, assim como qualquer outra
medida de segurança, podem ter caráter preventivo ou de proteção.
A saída de emergência compreende o: os acessos; as rotas de saídas
horizontais, quando houver, e respectivas portas ou espaço livre exterior, nas
edificações térreas; as Escadas ou rampas; Descarga.
As medidas que devem ser adotadas contra incêndio são aquelas
agregadas ao sistema de edificações, sendo práticas e úteis durante a utilização
normal do edifício, e que servem de escape aos ocupantes na ocorrência de um
incêndio, e tal construção não deve criar condições propícias ao crescimento e ou
Tabela 2. Causa de mortes em incêndios de edifícios.
País Calor e fumaça Outras causas
França 95% 5%
Alemanha 74% 26%
Países baixos 90% 10%
Reino unido 97% 3%
Suíça 99% 1%
Segundo Rezende (2008), pode-se dizer que o risco de morte ou
ferimentos graves pode ser determinado pelo tempo necessário para alcançar níveis
perigosos de fumaça ou gases tóxicos e temperatura, isto confrontado com o tempo
da saída do edifício no momento do incêndio.
“Isso significa que uma rota de fuga adequada, bem sinalizada,
desobstruída e segura estruturalmente, é essencial na proteção da vida contra um
incêndio” (REZENDE, 2008, p. 33).
Figura 8. Resposta humana diante das altas temperaturas do incêndio.
Conforme Rezende (2008), além de todos os fatores relacionados
acima, na ocorrência de um incêndio, a idade, a saúde e a capacidade mental dos
ocupantes da edificação afetam de forma considerável suas as atividades de reação
e de procedimento para o escape, dependendo da altura da edificação (figura 6).
Segundo Alves (2010), classifica-se os incêndios em:
I.Incêndios Classe A – incêndios em materiais sólidos comuns, de
fácil combustão, tais como: madeira, fibras, papel, tecido, plásticos
e similares;
II. Incêndios Classe B – incêndios em líquidos e gases
combustíveis e inflamáveis, tais como: gasolina, álcool, óleo,
solventes, GLP, e ainda, cera, graxas, vernizes e similares;
III. Incêndios Classe C – incêndios em instalações e equipamentos
eletro-eletrônicos energizados, tais como: motores, aparelhos
elétricos e eletrônicos, como circuladores de ar, televisores,
aparelhos de ar condicionado, rádios e similares; e
IV. Incêndios Classe D – incêndios em metais, tais como: sódio,
titânico, urânio, magnésio, potássio, zircônio, alumínio em pó, e
outros materiais que exijam processos especiais de extinção.
Para Rezende (2008), os objetivos gerais da segurança contra incêndio
podem ser de modo geral definidos como: a redução dos prejuízos à vida seja
no edifício bem como no seu em torno e ao meio ambiente; redução das perdas
materiais diretas (danos à propriedade) e indiretas (perdas financeiras).
Conforme Peres; Gomes; Seito, (2005), no que diz respeito às medidas
de segurança contra incêndio é possível destacar:
Segurança estrutural contra incêndio:
É exigida para edificações destinadas a todos os tipos de utilização, com área
superior a 750 m2, com um pavimento ou mais. Exceto para as construções
provisórias (tipo F7) como os circos e assemelhados.
Compartimentação horizontal:
Não é exigida para edificações destinadas ao uso residencial e condomínios
residenciais (tipo A2 e A3), como centro educacional e de cultura física (tipo
E1 a E6), como local de reunião de público (tipo F1 a F4, F7, e, F9), para
prestação de serviços automotivos e assemelhados (tipo G1 a G3), para
serviços de saúde e institucionais (tipo H1, H2, H4, H5, e H6) e como depósito
(tipo J1) de material incombustível.
É exigida para edificações, com área superiora 750 m2 com um pavimento ou
mais, destinadas ao uso comercial (tipo C1 a C3), como local de reunião de
público (tipo F10), para prestação de serviços automotivos e assemelhados
(tipo G4), para indústrias (tipo I3) com carga de incêndio acima de 1200 MJ/
m2 e para depósitos (tipo J2 a J4).
É exigida para edificações, com área superior a 750 m2 e altura maior ou
igual a 6 metros, destinadas a serviços de hospedagem (tipo B1 e B2), para
serviços profissionais (tipo D1 a D4) e para indústrias (tipo I1 e I2) com carga
de incêndio até 1200 MJ/m2.
É exigida para edificações, com área superiora 750 m2 e altura superior a 12
metros, utilizadas como local de reunião de público (tipo F5, F6 e F8), e para
serviços de saúde e institucionais (tipo H3).
Compartimentação vertical:
Não é exigida para edificações utilizadas como local de reunião de
público como circos e edificações temporárias (tipo F7).
É exigida para edificações, com altura superior a 12 metros e
área superior a 750 m2, destinadas ao uso residencial e como
condomínio residencial (tipo A2 e A3), a serviços de hospedagem
(tipo B1 e B2), ao uso comercial (tipo C1 a C3), a serviços
profissionais (tipo D1 a D4), ao uso como centro educacional e
de cultura física (tipo E1 a E6), como local de reunião de público
(tipo F1 a F6 e F8 a F10), para prestação de serviços automotivos
e assemelhados (tipo G3 e G4), para serviços de saúde e
institucional (tipo H1 a H6), para indústrias (tipo I1 a I3) e como
depósitos (tipo J1 a J4).
É exigida para edificações, com altura superior a 23 metros e
área superior a 750 m2, utilizadas para prestação de serviços
automotivos e assemelhados (tipo G1 e G2).
Controle dos materiais de acabamento:
É exigida para edificações, com área superior a 750 m2 com
um pavimento ou mais, utilizadas como local para serviços de
hospedagem (tipo B1 e B2), ao uso comercial (tipo C1 a C3),
a serviços profissionais (tipo D1 a D4), ao uso como centro
educacional e de cultura física (tipo E1 a E6), como local de
reunião de público (tipo F1a F6, e F8 a F10), a prestação de
serviços automotivos e assemelhados (tipo G1 a G4), a serviços
de saúde e institucionais (tipo H1 a H6), e indústrias (tipo I1 a I3), e
como depósitos (tipo J2 a J4).
É exigida para edificações com altura h <6 m incluindo a térrea
com área superior a 750 m2, destinadas as construções provisórias
É exigida para edificações com áreas superiores a 750 m2 e altura
superior a 12 m, destinadas ao uso residencial (tipo A2 e A3) e
condomínios residenciais.
E no tocante as saídas de emergência, o arquiteto deve projetar
de maneira que o edifício possua rotas de fuga seguras e bem planejadas e
especificadas. Sem o devido cuidado, podem ocorrer problemas em relação à
evacuação segura do edifício em casos de incêndio.
Conforme Peres; Gomes; Seito, (2005), em relação as saídas de
É exigida para edificações destinadas a todos os tipos de
utilização, com áreas superiores a 750 m2, com um pavimento ou
mais. Exceto para as construções provisórias (tipo F7) como os
circos e assemelhados.
É exigida para edificações, com altura h <6 m com área superior a
750 m2, destinadas para as construções provisórias (tipo F7) como
os circos e assemelhados.
Segundo Silva (2005), a instrução técnica 09, visou estabelecer os
parâmetros da compartimentação horizontal e compartimentação vertical, atendendo
ao previsto no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nos edifícios.
Segundo Peres; Gomes; Seito, (2005), esta instrução técnica aplica-
se a todas as edificações, independentemente de sua ocupação, altura, número
de pavimentos, volume, área total e área específica de pavimento, para fins de
considerar uma edificação como risco isolado em relação à(s) outra(s) adjacente(s)
Figura 9. Edificações no mesmo lote. Edificações em lotes diferentes.
Fonte: Peres; Gomes; Seito, (2005).
Considera-se conforme Peres; Gomes; Seito, (2005), isolamento de
risco a distância como representado na figura 9 a separação por parede corta-
fogo, construída de acordo com as normas técnicas, como o exemplo da situação
representada na Ilustração 10, sendo esta uma entre as várias situações possíveis,
de tal forma que, para fins de previsão das exigências de medidas de segurança
contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à
Figura 10. Proteção com parede corta-fogo.
Fonte: Peres; Gomes; Seito, (2005).
As edificações localizadas no mesmo lote que não respeitarem as
exigências legais de isolamento de risco serão consideradas como uma única
edificação para o dimensionamento das medidas de proteção previstas neste
Dentre os parâmetros preliminares a serem determinados para avaliação
ou determinação da distância de separação entre edificações está à propagação
por radiação. A propagação por radiação térmica depende basicamente do nível
de radiação proveniente de uma edificação em chamas. O nível de radiação está
associado à severidade do incêndio, área de aberturas existentes e a resistência dos
ventos (elementos de vedação) ao fogo.
Dentre vários fatores que determinam a severidade de um incêndio, dois
têm importância significativa e estão relacionados com o tamanho do
compartimento incendiado e a carga de incêndio da edificação. O tamanho
do compartimento está relacionado com a dimensão do incêndio e a relação
- largura e altura do painel radiante localizados na fachada (PERES;
GOMES; SEITO, 2005, p. 67).
Segundo Alves (2010), analisando-se o incêndio em todas as suas fases
(princípio, inflamação generalizada e extinção), faz-se importante destacar que
não só o fogo é o problema na ocorrência de um sinistro, mas a fumaça produzida
por ele pode ser muito pior. A fumaça é o produto da combustão que mais afeta as
pessoas por ocasião de abandono da edificação.
A fumaça ainda pode provocar pânico durante o escape das pessoas,
prejudicando suas saídas. O comportamento humano dentro de edificações em
situação de incêndio pode ser dos mais variados. Normalmente, as pessoas
demoram a reagir diante desta situação, como se estivessem paralisadas nos
primeiros minutos, não acreditando que estejam sendo envolvidas numa situação de
risco grave. Muitas vezes, o descobrimento sobre a gravidade do incêndio e qual a
direção seguir em ambientes com muita fumaça tende a gerar muita tensão nervosa.
Para Alves (2010), a forma do edifício também influencia diretamente nas
condições de conforto no ambiente interno do edifício. Mas, independentemente do
edifício em altura ser sustentável, ele abriga uma grande população em seu interior.
A altura é um ponto bastante relevante em relação à saída segura de sua população
em situação de incêndio, pois é preciso vencer um grande caminho para se chegar
à parte externa do edifício. Isso necessita de um tempo evidentemente maior do que
em edificações térreas ou mais baixas.
A classificação do risco de incêndio de uma edificação se dá em função
das características da mesma, onde deve ser considerado tipo de
construção, altura, área construída, a proximidade com outras edificações,
a atividade que nela se desenvolve, as consequências diretas e indiretas
de um incêndio na edificação (distribuição de energia, centrais de
telecomunicações), além de outras características (ALVES, 2010, p. 101).
Assim sendo pode-se dizer conforme Alves (2010), que a possibilidade
de surgir um foco de incêndio a partir da combinação dos materiais combustíveis
trazidos para o interior do edifício e dos materiais combustíveis integrados ao
sistema construtivo define o risco do início de incêndio. Caso haja uma oxigenação
do ambiente por meio de comunicações (diretas ou indiretas) com o exterior, o fogo
irá progredir intensamente, atingindo o estágio de inflamação generalizada.
As circulações horizontais e verticais são elementos do projeto arquitetura
que influenciam diretamente na movimentação de seus ocupantes, tanto em sua
rotina como em situação de emergência, quando a população do prédio deverá
deixar a edificação o mais rápido possível e com segurança.
Além de todas essas inovações técnicas e avanços tecnológicos, também
emerge um crescimento científico no que diz respeito aos fenômenos do fogo e às
saídas de emergência, que fazem parte do partido desde a criação de um primeiro
prédio alto, mesmo que a princípio a escada tivesse somente a função de vencer os
“A geração de fumaça e de gases tóxicos, a redução da quantidade de
oxigênio disponível e o calor desenvolvido em estágios mais avançados são fatos
característicos das distintas fases do incêndio e que oferecem risco à vida humana”
Conforme Alves (2010), o número elevado de pessoas que abrigam
os edifícios, as circulações, os acessos, a estrutura, o sistema elétrico, o
sistema hidráulico e de esgoto e de segurança contra qualquer emergência, são
particularidades que tornam as soluções de arquitetura e de engenharia muito mais
complexas em edifícios altos.
Para Alves (2010), em relação aos sistemas prediais, a concepção e as
soluções de projeto são muito diferentes daqueles de edifício de pequeno porte.
Fatores como as grandes distâncias a serem percorridas para abastecimento de
água e o excesso de pressão nas redes podem causar mudanças significativas no
desempenho dos sistemas, e devem ser observadas tanto no nível dos projetos
Os edifícios sempre dependeram da evolução da tecnologia e criaram os
elevadores para que os ocupantes dos edifícios pudessem chegar mais rápido até o
ponto mais alto do edifício.
Soluções cada vez mais elaboradas vêm surgindo para a operação de
elevadores. Na Filnlândia, por exemplo, uma empresa de elevadores
desenvolveu um sistema que envia mensagens aos celulares das pessoas
que entram no edifício informando à rota que devem seguir para chegarem
ao local desejado (ALVES, 2010, p. 53).
As formas diferenciadas dos edifícios de hoje só foram possíveis através
do auxílio de programas computacionais. Mas, antes da chegada dos sistemas
computacionais, para os projetos que precisariam de alguma modificação seria
necessário fazer outros diversos desenhos para corrigi-los.
Nesse sentido, tem-se como grande inovação a elaboração de desenhos
tridimensionais, o que de maneira bastante real, permite desenvolver
projetos cada vez mais ricos em detalhes, seja no aspecto arquitetônico e/
ou estrutural, sanando eventuais problemas de um projeto. Sem a utilização
desta ferramenta computacional, só seria possível descobri-los durante a
execução da obra (ALVES, 2010, p. 53).
Em relação às inovações pode-se dizer segundo Alves (2010, p. 73),
que a escada faz parte das inovações relacionadas às técnicas construtivas. Em
razão do perigo de ocorrência de incêndios ou qualquer outro tipo de situação crítica
em um edifício, “as escadas estão sendo estudadas e projetadas a fim de que
seu material – seus componentes construtivos – resista ao fogo e à fumaça, e que
suas tipologias influenciem positivamente na evacuação segura dos ocupantes da
Conforme Peres; Gomes; Seito, (2005), as escadas devem ser
enclausuradas por meio de paredes de compartimentação e portas corta-fogo. As
portas de andar de elevadores e as portas de fechamento dos halls, selos corta-fogo
e registros corta-fogo, devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao
fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479.
O sistema prescritivo de segurança fundamenta-se em exigências
relativas à manutenção da estabilidade estrutural pela resistência ao
fogo dos elementos construtivos, evidenciando uma tendência ao
superdimensionamento das estruturas e sistemas de segurança, o que vem
a influenciar consideravelmente os custos da edificação. Isto se dá devido
ao fato de que elementos construtivos com resistência excessiva implicam
custos desnecessários à construção (SERPA, 2009, p. 34).
A NBR 9077 é utilizada em várias partes do país como normativa
para as saídas de emergência em edifícios e é utilizada como parâmetro para
dimensionamento das mesmas em edificações.
Em relação a largura de Saídas e Vias de Evacuação apresenta-se a
Figura 11. Largura de Saídas e Vias de Evacuação.
Conforme Roberto (2014), as saídas devem ser distintas e estar
localizadas de modo a permitir uma rápida evacuação, distribuindo entre elas o
efetivo, na proporção das respectivas capacidades, minimizando a possibilidade de
Segundo Peres; Gomes; Seito, (2005, p. 70), “as portas corta-fogo de
ingresso nas escadas em cada pavimento devem apresentar resistência mínima
ao fogo de 90 minutos, quando forem únicas (sem antecâmara) e de 60 minutos,
quando a escada for dotada de antecâmara”.
“A atual NBR 9077, ainda com o que prescreve a norma de 1993, sofreu
o acréscimo de uma emenda de n°. 1, que exclui, inclui e altera informações sobre o
uso do concreto armado ou protendido em construções relativas às saídas” (ALVES,
Entretanto, no Brasil, conforme Alves (2010), no que tange à área de
segurança contra incêndio, atualmente existe uma grande diversidade de normas
e regulamentações (códigos de edificações municipais, estaduais, decretos, leis
federais, instruções e normas técnicas do Corpo de bombeiros), além das normas da
Tal diversidade de normas ocorre por vários motivos, segundo Alves
A falta de padronização entre os órgãos de fiscalização nos
diversos Estados brasileiros;
Por ser o Brasil um país de dimensões continentais, têm-se
realidades diferentes em cada região, em algumas a fiscalização
das condições de segurança contra incêndio sequer é de
responsabilidade do Corpo de Bombeiros (muitas vezes essa
responsabilidade é de órgãos da Prefeitura), em outros casos não
há sequer a corporação no município;
Os Corpos de Bombeiros são instituições estaduais não havendo
um comando centralizado em âmbito federal, cada estado
estabelece sua regulamentação;
Existem características peculiares a cada região que dificultam e,
às vezes, até impedem o cumprimento de todos os parâmetros
estabelecidos por norma.
Segundo Alves (2010), pode ser perceber ainda uma incompatibilidade
de normas, ou seja, além da diferença de modelo, existem medidas de segurança
contra incêndios ausentes em uma e presentes em outra, entre outros pontos,
deixando claro a falta de comunicação entre os órgãos públicos, fato extremamente
No estado de Mato Grosso busca-se adotar para o dimensionamento das
instalações prediais, as normas da ABNT, ficando a cargo do Corpo de Bombeiros
apenas a regulamentação da obrigatoriedade das instalações para diferentes tipos
Para Alves (2010), além da elaboração e atualizações de normas e
regulamentações, e até mesmo de padronização de coleta de dados e pesquisa,
existe ainda um longo caminho a ser percorrido em relação à Segurança contra
Incêndio no Brasil, como por exemplo, no caso dos bombeiros, no que tange ao
aumento dos contingentes, no atendimento a todos os municípios, no melhoramento
dos equipamentos, entre outros aspectos; deve-se levar em conta também a
necessidade da melhoria na formação dos arquitetos, engenheiros, técnicos e
bombeiros, todos envolvidos diretamente na segurança contra incêndio; e ainda, na
conscientização e treinamento da população sobre a ocorrência de incêndios.
A preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade obriga
a aplicação de estratégias bioclimáticas (conforto ambiental), tais como o controle
climático, que gera economia de energia. Projetos de edifícios verdes e sustentáveis
são, hoje, os maiores desafios dos arquitetos, engenheiros, técnicos e empresários.
Conforme Alves (2010), atualmente encontra-se no mundo em evidência
uma nova filosofia de projeto, baseado em desempenho, com uma abordagem
ampla, seguindo a premissa de que todas as estratégias de proteção contra
incêndios devem ser desenvolvidas como um sistema integrado de segurança.
Desta maneira, pode-se afirmar que o edifício em questão é estudado globalmente,
verificando-se os seus usos, as exigências do cliente/empreendedor, bem como as
necessidades da sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Infelizmente, o Brasil ainda encontra-se bastante atrasado em relação
à Segurança contra Incêndio identificada em outros países. Até o início dos
anos 1970, o incêndio era visto como algo que dizia mais respeito ao Corpo de
Bombeiros, lembrando que no Brasil ainda não havia existido algum grande incêndio
ou incêndio com grande número de vítimas.
As primeiras normas sobre a segurança contra incêndio visavam
procedimentos para combater o fogo, quando esse ocorria, e para tal eram criados
grupos de combatentes de incêndio nas cidades.
Os grupos mais organizados, ou seja, os grupos que possuíam normas
melhor elaboradas, tinham maior probabilidade de sucesso para extinguir o
fogo ou para evitar seu alastramento. Com a urbanização das cidades, devido à
industrialização iniciada em meados do século XIX, ocorreram grandes incêndios
que destruíram parte das cidades com perdas de milhares de casas.
O gerenciamento também pode ser um problema na ocorrência de
incêndio. Atualmente, principalmente em edifícios com grande concentração de
público, existe a preocupação com a segurança patrimonial, por exemplo, Nestes
locais, há sempre uma equipe de vigilância ou segurança particular que controla
todos os acessos ao prédio.
Em situação de incêndio, às vezes mesmo com todas as saídas e
escadas bem dimensionadas, mas que se encontram trancadas devido à entrada de
estranhos, a equipe de segurança deve estar sempre em alerta para abri-las durante
o sinistro, pois qualquer falha pode acarretar na ocorrência de vítimas.
As normas e instruções relativas à segurança da vida nos edifícios
têm papel de grande relevância na segurança contra incêndio, pois aponta ações
que favorecem a saída segura pelos ocupantes de um edifício na ocorrência de
um o incêndio. As normativas para edifícios mais altos são mais abrangentes por
apresentarem um número maior de variáveis que devem ser seguidas, e estão em
As características das pessoas que trabalham ou moram em um edifício,
bem como no caso de edifícios públicos, ou seja, população flutuante, devem ser
levados em conta na execução do projeto referente às saídas de emergência. As
principais são: número de pessoas, idade, sexo e suas condições físicas e mentais,
além da familiaridade com o edifício.
Edifícios que contem áreas com uso diferentes e com níveis de risco de
incêndio diversos devem ter sistemas de proteção concebidos separados, possuindo
rotas de fuga também independentes.
Edifícios que possuem horários de expediente diversos, bem como
áreas ou andares com proprietários diferentes, deve-se ter a questão da saída de
emergência bem resolvida por meio de um gerenciamento integrado e rotas de
saídas independentes, quando possível.
Todos estes traços características têm influência no projeto de saídas de
emergência, posto que ainda deve-se existir uma integração, considerando também
influência da arquitetura e do sistema de construção do edifício, os materiais de
acabamento, decoração e mobiliário, e os equipamentos e sistemas de proteção
REFERÊNCIAS
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edifícios altos: a influência da fumaça de incêndio na proteção da vida. 286 f.
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download/ppt/abece_fire.ppt. Acesso em: 24 fev. 2014.
ANEXOS
Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação
Classificação das edificações quanto à altura
Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio
Decreto no 46.076, de 31 de agosto de 2001.
Esse foi o terceiro regulamento oficial de segurança contra incêndio em
edificações elaborado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo
(CBMESP) e é o que está em vigor hoje. Foi aprovado29 anos depois do incêndio do
Este Regulamento dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio
nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5o da
Constituição Federal de 1988, ao artigo 142 da Constituição Estadual de São Paulo
de 1988, ao disposto na Lei Estadual no 616, de 17 de dezembro de 1974 e na Lei
Estadual no 684, de 30 de setembro de 1975. Os objetivos deste Regulamento são:
I.I proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco,
em caso de incêndio;
II. dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio
ambiente e ao patrimônio;
III. proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; e
IV. dar condições de acesso para as operações do Corpo de
Bombeiros.
Neste regulamento a expressão proteção contra incêndio foi
preferencialmente alterada para segurança contra incêndio. É um regulamento nos
moldes internacionais com abertura para utilização do método por desempenho,
ou seja, permite a aplicação da engenharia de segurança contra incêndio nas
Fato que é extremamente positivo para o dimensionamento da resistência
ao fogo dos elementos construtivos das edificações. Com o enquadramento do risco
em leve, médio e alto, feito no próprio decreto, deixa de depender da Tarifa Seguro
Incêndio do Brasil, do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
No Art. 32 do capítulo XI fica instituída a Comissão Especial de Avaliação
(CEA), prevista no inciso X, do artigo 3o (capítulo II) do presente Regulamento que
é presidida pelo Comandante do CBPMESP e composta por 2 (dois) representantes
da própria Corporação, 2 (dois) representantes do Centro de Estudos e Pesquisas
de Administração Municipal (CEPAM), 2 (dois) representantes de entidades públicas
ou privadas, ligadas às questões de segurança e incêndio, 2 (dois) representantes
de Universidades,2 (dois) representantes da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e outros representantes afins.
De acordo com o previsto no inciso X do artigo 3o (capítulo II) deste
regulamento, a CEA é um grupo de pessoas qualificadas no campo da segurança
contra incêndio, representativas de entidades públicas e privadas, com o objetivo de
avaliar e propor alterações necessárias ao presente regulamento.
Conforme Artigo 33 competirá à Comissão avaliar a execução das normas
previstas neste Regulamento e os eventuais problemas ocorridos em sua aplicação
e apresentar propostas de alteração deste regulamento.
Sistemas de extração de fumaça, natural e mecânica.
Saídas Independentes ou Distintas
Distâncias nas Vias Horizontais
≤ 20 m (risco D, abaixo da saída ou acima de 28 m)
Distância mínima entre portas de 1,2 m
Pé direito não inferior a 2 m
Dimensão linear mínima 1,40 m
A área mínima das câmaras utilizáveis por mais de 50 pessoas deve ser 6 m2
A abertura das portas das câmaras deve efetuar-se:
No sentido da saída, quando a câmara está integrada num caminho de
Para o interior da câmara, nos restantes casos.
ROTA DE FUGA / SINALIZAÇÃO OBSTÁCULOS e
SEGURANÇA
Sinalização preventiva e de orientação em casos de incêndio e
pânico, em atendimento às exigências ao Projeto NBR 13434-1,
13434-2 e 13434-3 da ABNT.
Conforme prevê o Art. 47 da Resolução 300/06, as escadas
pressurizadas, dimensionadas conforme a NBR-14880, substituem as escadas
enclausuradas a prova de fumaça.