Sabe Chinês? Desculpe-me, só sei Inglês

Por Alessandra Lopes | 28/04/2009 | Sociedade

Quem atender as exigências do mercado terá que falar Inglês. Mas o representante de empresa em Xangai tem que conhecer Mandarim.

Não basta se debruçar nos livros e cursos em busca do conhecimento aprofundado na tão fluente língua inglesa. Com o desenvolvimento de países estrangeiros economicamente fortes ou em processo de crescimento se vê a necessidade de aprender outras línguas para interagir com o ambiente externo.

Para os que desejam uma carreira de sucesso empresarial se atentem à "moda". A qualquer momento o profissional executivo pode ser surpreendido na comunicação entre fornecedores e parceiros, mas para entendê-los e ser entendido que se expressem iguais os brasileiros, chineses, japoneses, franceses, alemães. Nada de bicho de sete cabeças quando o assunto é negócio ou relações internacionais.

"Se você só fala inglês e está visitando a França, não adianta pedir em inglês um típico prato britânico" As multinacionais optam por profissionais dispostos a desafios. E nada mais propício no momento do que desafiar na China, país que tem crescido assustadoramente descentralizando o comércio da Europa. Os brasileiros aproveitem as oportunidades no varejo, tecnologia, energia, turismo, se quiserem investir na área de Pequim. O governo local criou órgãos que liga o Brasil no mundo como o CCIBC-Câmara de Comércio & Indústria Brasil-China, direcionado a investimentos que envolvem indústrias de origem brasileira e chinesa.

O assunto é amplo e merece atenção. Sugere-se leitura diária sobre os diversos aspectos dos países mais fluentes mundialmente. Quem atender as exigências do mercado terá que falar Inglês.

As empresas nacionais que pretendem investir lá fora estão valorizando ações em treinamento e custeio do seu capital humano para atuar nos ramos mercadológicos, mas esse intelectual deve ser capaz de cumprir o além do que é exigido. Eles nem mencionam metas, falam de provocações e projetos rentáveis em fins qualitativos e quantitativos. O espaço é disputado, seu currículo pode ser o melhor... mas a arte de negociar com competências técnica e cognitiva faz a diferença quando o tema é negócios.

Algumas instituições de ensino estão investindo na educação do multilingüismo pelo estímulo dos noticiários diários sobre importação e exportação. Tá, nossas crianças podem até se tornarem preparadas daqui a alguns anos para este cenário de agora, e ainda assim estarão desatualizadas ao chegar à fase adulta, porque outros obstáculos estão por vir.

Nesse contexto, acompanhar o mundo globalizado tem sido a tarefa mais difícil e necessária do ser humano. Sabemos que não é possível mais focar numa coisa só. Todos os assuntos estão interligados assim como as nações que negociam.