Rumo Ao Vento
Por Inajá Martins de Almeida | 18/03/2008 | PoesiasSim...
Quantas vezes vejo a tristeza das tardes...
O vazio e a solidão
Que a noite guarda em seu sepulcro.
Quanto mais se o vento sopra,
Frio, tenebroso, barulhento,
No seu uivo desesperado.
Mais triste ainda, torna-se o vento,
Aumentando minha tristeza,
Quando vem lambendo o espaço,
Apagando rastros de sonhos
Deixados pelos caminhos.
Daí, o que poderia ser sonho eterno,
Torna-se fulgáz, passageiro...
Num instante, o curso de uma vida,
Toma outro rumo.
Quem dera!
Horas felizes
Fossem eternas...
Quem dera!
Horas amargas,
Fugazes, passageiras...
Mas, como nem sempre
O vento trás
A brisa fresca da manhã,
A alegria da tarde,
O descanso da madrugada,
Continuo meu caminho...
Se triste ou sozinho
Vou seguindo...
O rumo do vento.