Rex judaeorum
Por Fellipe Knopp | 10/10/2017 | Poesias15-09-2002
Rex Judaerium
Aquele astro num céu cálido
anunciava um surgimento,
o maior de todos os tempos,
era o dia de seu nascimento.
Um menino nos nasceu!
Um filho se nos deu!
Braço forte pela justiça,
um varão, o rebento de Deus.
Sê luz àqueles que andam,
que caminham na escuridão.
Erga a voz e anuncia ao teu povo
a sua transgressão.
Sê ombro aos rostos aflitos.
Apascenta teus irmãos.
Sê consolo em meio aos conflitos.
Estenda-lhes suas mãos.
Como alguém de quem escondem o rosto
que passara tormento,
raiz de terra seca,
experimentado no sofrimento.
Não fizemos-lo caso algum,
o ferimos com nossa maldade,
mas levou sobre si nossas dores,
transgressões e iniquidades.
Viera aos que eram seus
mas estes o rejeitaram.
Quisera-lhes dar seu amor
mas com estupor foi julgado.
Ensina-lhes o valor da vida,
a repartirem o pão.
a ajudar com alegria,
ensina-lhes o perdão.
Não foi sacerdote segundo levitas
ou qualquer outro que peque.
Ele é sacerdote eterno
segundo a ordem de Melquisedeque.
De ti vem a salvação
efrata Belém!
Do teu sacerdote eterno
Cujo reino e Salém.
Pede-me as nações por herança,
pede-me e dar-te-ei,
és meu filho em quem me comprazo:
Eu hoje te gerei.
Ergue ao infinito seu som,
a paz de sua voz tão bela.
A morte não o deteve,
não sucumbira a ela.
Deixou a paz e a esperança
aos que se quiseram seus.
Eis que vive para sempre,
filho do homem,
filho de Deus.
Fellipe Knopp