Revolução Industrial: Uma Revolução Socioeconômica.

Por Patrícia Correia Falcão | 26/04/2016 | História

 

Patrícia Correia Falcão

Os avanços tecnológicos e as mudanças socioeconômicas que marcaram a sociedade inglesa do século XVIII impulsionaram a Revolução Industrial. Durante o ano de 1760 a Inglaterra começava a transformar-se aos poucos, deixando de ser uma sociedade essencialmente rural para torna – se uma sociedade industrial. O trabalho artesanal dava cada vez mais lugar ao trabalho assalariado, e a energia do vapor passava a movimentar as máquinas, substituindo a energia humana. Sendo assim conhecida como a Primeira Revolução Industrial. Mesmo antes da Primeira Revolução Industrial, os tecidos de lã eram produzidos de forma artesanal, dessa forma todas as etapas do processo poderiam ser executados por única pessoa.

Com o crescimento da produção e do mercado, surgiram as manufaturas. Nesse sistema, os trabalhadores eram contratados por comerciantes e concentrados em um local específico. Cada trabalhador, ou grupo de trabalhadores, dedicava – se apenas a uma das etapas de produção. O trabalho passou a ser feito em oficinas, cujo dono podia controlar o tempo de cada etapa da produção, a invenção de novas máquinas e o uso da energia a vapor permitiram a divisão e a especialização do trabalho nas fábricas.

A partir do momento que essa nova fase do sistema industrial (maquinofatura) estava mais agilidade ao processo e resultou em aumento de produtividade. Ao mesmo tempo, transformou o artesão em simples trabalhador assalariado, especializado em apenas um tipo de tarefas.

Algumas matérias – primas foram fundamentais para que as transformações e inovações pudessem impulsionar a Revolução Industrial como o carvão mineral, ferro e algodão. Sendo assim marcada o início da Segunda Revolução Industrial, com o uso de novas fontes de energia (Elétrica) e nos combustíveis (Petróleo). Não ficou restrita à Inglaterra: França, Bélgica, Holanda, entre outros. A tecnologia desenvolvida para o aproveitamento do algodão na fabricação de tecidos fez aumentar a procura por essas matérias – prima. O Brasil beneficiou – se com a procura do produto no mercado mundial, onde o algodão seria cultivado em larga escala primeiro no Maranhão depois Nordeste e em São Paulo.

Para alguns historiadores a Terceira Revolução Industrial era considerada em meios aos avanços tecnológicos do século XX e XXI. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas inovações que caracterizava essa época.

Essas transformações foram traumáticas. Os valores e costumes dos camponeses eram bem diferentes dos que encontrariam nos centros urbanos. No ambiente das cidades das cidades industriais, imperavam a competição e o individualismo. As inovações tecnológicas contribuíram para o aumento da produção da quantidade de trabalhadores nas fábricas como consequência, o desemprego aumentou.

A partir de 1870 as potências capitalistas como EUA, Grã – Bretanha, França e Japão entraram em uma disputa por colônias ou áreas de influência na Ásia, África, América latina e Oceania, houve uma expansão capitalista como o objetivo de dominação e chamada de imperialismo ou neocolonialismo. Uns dos motivos dessa corrida imperialista foi oportunidade de investimentos para seus capitais; Mercados produtores de matérias – primas (carvão, ferro, cobre); Mercados consumidores de manufaturados; Ouro e diamante existente nas terras africanas.

Os governos das grandes potências incentivava, a conquista de terras e povos em outros continentes e depois usavam essas ações imperialista para despertar o “orgulho nacional” entre os cidadãos do país.

O crescimento dessas nações vinculava-se obrigatoriamente à sua capacidade de influenciar e dominar economicamente outras regiões do mundo, já que seus parques industriais emergentes necessitavam de novas fontes de matérias-primas, um “exército" de mão de obra abundante e barato, além de um mercado consumidor cada vez mais amplo. A partir de então, desenhou-se uma intensa disputa entre tais potências pelo controle de territórios que, colonizados, cumpririam a tarefa de lhes fornecer necessário ao funcionamento de suas máquinas. Começava, assim, uma “nova onda colonizadora” no mundo, o Imperialismo. 

Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História global/ Brasil e Geral. Volume único 8. Ed – São Paulo: Saraiva, 2005.