Retendo cátions no solo: a capacidade de troca catiônica

Por Luiz Felippe Salemi | 22/03/2012 | Ambiental

Retendo cátions no solo: a capacidade de troca catiônica

O solo possui constituintes minerais e orgânicos que possuem cargas. Estas podem tanto ser positivas quanto negativas. Entretanto, geralmente há o predomínio das cargas negativas.

Por serem negativas, as cargas atraem íons com carga positiva. Estão enquandrados nesse grupo, por exemplo, o potássio, o cálcio, o magnésio, o sódio, alumínio e o hidrogênio. Esta capacidade de reter íons positivos em seus constituintes é conhecida como capacidade de troca catiônica, pois esses íons além de retidos podem ser cedidos às plantas e, nesse sentido, eles podem ser considerados como passíveis de, por exemplo, deixar o mineral que o retém e passar a para dentro da planta. Por isso é utilizado o termo “troca” em no termo “capacidade de troca catiônica”.

A título de curiosidade, umas das maneiras de determinar a CTC, que é abreviatura de capacidade de troca catiônica, é por meio da análise do conteúdo de potássio, cálcio, magnésio, sódio, alumínio solubilizado e hidrogênio presentes em uma amostra de terra. Assim, em termos simples, quanto maior a quantidade desses íons no solo, maior será a sua CTC.

Antes de realizar a aplicação de algum fertilizante, um agricultor deve conhecer a CTC do solo que receberá os adubos. Por exemplo, se ele adiciona uma quantidade de cálcio, magnésio e potássio que excede a CTC do solo, estes íons provavelmente serão perdidos nas águas de chuva que lavam o solo, ocorrendo prejuízos para o próprio agricultor e também para o ambiente já que   algum corpo d´agua (rio)hídrico receberá essa carga de nutrientes oriundos da lavoura.

Preparado a partir de:

BRAIMOH, A.K.; VLEK, P.L.G. The impact of land-cover change on soil properties in Northern Ghana. Land Degradation & Development, v.15, p.65-74, 2004.