RESUMO DO CAPITULO A ESTRUTURA DO PODER BARROCO In: A CIDADE NA HISTÓRIA...

Por Fernanda Freitas de Oliveira Azevedo | 10/07/2017 | Engenharia

RESUMO DO CAPITULO A ESTRUTURA DO PODER BARROCO In: A CIDADE NA HISTÓRIA: SUAS ORIGENS, TRANSFORMAÇÕES E PERSPECTIVAS. DE LEWIS MUNFORD

Segundo Munford a cultura humana, quando referencia à Idade Média, não foi estancada abruptamente como a morte de um organismo biológico. Até porque um organismo se manifesta, vive e morre como um todo, não podendo ser assim entendido, quando se trata de cultura, que embora seja um todo em suas características, sobrevive através de partes independentes que o constitui. Hábitos, formas de vida, cultura, são partes que integram-se entre si, formando esse todo referenciado e, portanto, não morrem com concomitância. Nesse sentido e, embora o caráter medieval não sobreviva em seu todo, ainda assim, há vestígios de partes que sobreviveram ao tempo. Conforme aponta Munford. Ainda hoje a Igreja de Roma, que viveu uma combinação própria do período, marcado pela combinação de centralização autoritária, absolutismo romano, autonomia local, dependência política e rigor moral teórico, continua agindo dentro do fundamento doutrinário relacionado à fé, advindo da teologia de Tomás de Aquino, mas dentro de uma estrutura política de Gregório Magno, que refletia a essência da fé, como induto à salvação do homem. É verdade que houve renovação institucional a partir do século XVI, com a adoção de uma nova vida no convento, em que as características militares com submissão a autoridade legítima da ordem, chamado Diretor Geral, na Companhia de Jesus, que além da fixação da piedade e oração, implantou a escola secundária, mediadora entre a escola primária e a universidade. Entretanto, no que diz respeito do teor arquitetônico, este não se rompeu entre a construção gótica e a neogótica, ao contrário, fundiram-se e misturaram-se entre o velho e o novo em toda Europa. Mesmo no século XVII, quando o caráter da Idade Média parecia rompido, seus vestígios se manifestavam mesmos nas cidades com todo o vigor até o século XVIII e, somente, a partir das fundações de novas cidades, focando a residência principesca ou a colonização que as instituições pós-medievais iniciaram-se na lógica de um juízo próprio. O Novo Complexo Urbano (p. 376-378) A evolução a partir da Idade média, mais especificamente entre os séculos XV e XVIII, implantou na Europa um novo conjunto de traços culturais, alterando a forma e o conteúdo urbano, advindos de uma nova economia e do capitalismo mercantilista, que por sua vez induzia a uma nova estrutura política, passando então a refletir características que os dois períodos: medieval e pós-medieval, muito embora, o surgimento da renascença já tenha começado no século XII, com as edificações de cidades. Com o advento da Peste Negra que eliminou quase metade da população, criou-se uma desorganização social e fortalecimento dos militares, dos que detinham poder e capital, suprimindo a liberdade acadêmica nas universidades. Contudo, a Peste Negra, marcada pela morte, teve em seus efeitos a produção da vida, delineada pela audácia humana de poder tomar e dominar, nos limites da existência. E, retomando a abordagem da fé, Munford enfatiza que o pior dos pecados mortais: o orgulho, por via da exaltação à riqueza, passou a ser o norteador de toda a sociedade. Assim assumia a transição da universalidade medieval à uniformidade barroca, onde o signo central foi o príncipe e Maquiavel, que apontava pistas tanto para a política quanto para o plano da nova cidade e, que foi mais tarde interpretado por Descartes. Surgia, por via do barroco, novos bairros urbanos, que mais tarde com a predominância hoteleira e de casas de pensão de South Kensington, em Londres, é a agonizante exalação vitoriana daquela ordem e poder.

Artigo completo: