Responsabilidade Social Corporativa

Por DEGMAR AUGUSTA | 16/04/2008 | Ambiental

Já há algum tempo o termo RS ou RSC vem fazendo parte de reportagens, matérias de revistas, jornais, enfim da mídia. O termo e uso têm sido incorporados como um dos focos de gerenciamento das empresas ou mesmo como pura estratégia de marketing empresarial: demagogia filantrópica.

O fato é que estamos "evoluindo" nesse sentido e há uma crescente em investimentos destinados a ações sociais variadas, alcançando uma gama de beneficiados que se estendem desde colaboradores das empresas ate àscomunidades onde estas mantém suas instalações.

Por conseqüência a imagem das empresas perante seu "publico", sejam os próprios colaboradores, clientela ou mesmo a comunidade vizinha, torna-se "melhorada" e uma "marca" resta impressa.

Em meio a tantas "boas ações" há de se separar o joiodo trigo de forma que a demagogia não seja aceita e empresas que usam dessa estratégia para se alavancarem sejam punidas com o descaso do cliente, seja ele interno ou externo.

Ações pontuais de filantropia e assistencialismo não constituem uma estratégia de RS. Estamos a falar de atitudes abrangentes adotadas em sintonia com as estratégias da empresa, ações que não gerem dependência da sociedade, ou seja: ensinar a pescar ao invés de fornecer o peixe. Ser Socialmente responsável não significa estar prestando um favor, uma vez que a empresa extrai da sociedade e do meio ambiente, recursos para sua produção.

Portanto devemos observar e sermos cautelosos ao empregar o termo e mais ainda, ficarmos atentos ao marketing usado por empresas no que diz respeito a ações de RS.

A empresa que incorpora a RS ou RSC tem uma conduta proativa e vai sempre alem do que lhe exige a lei. Oras, cumprir o que resta estabelecido em Lei não passa de pura e simples OBRIGAÇÃO.

Portanto foi-se o tempo de conduta reativa! Empresas que desejam permanecer no mercado devem traçar metas e objetivos estratégicos em consonância com o meio social e ambiental.

Segundo dados da pesquisa, ainda em conclusão, IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada - as empresas investem R$4,7 bilhões anualmente em ações comunitárias.

Não cantemos vitória, uma vez que o valor explicitado equivale a somente 0,43% do PIB nacional é inferior a verba destinada ao maior programa social do governo brasileiro: bolsa família que em 2004 consumiu o valor de R$ 5,9 bilhões.

Entretanto é bom lembrar que apenas dinheiro não resolve o problema, uma vez que RS é bem mais que ação social. Atitudes éticas, responsáveis e transparentes para com seus diversos públicos são também necessárias.