RESILIÊNCIA COMUNITÁRIA

Por amanda nara soares damasceno | 17/04/2015 | Sociedade

RESILIÊNCIA COMUNITÁRIA

Raissa Pinheiro Moreira Fernandes¹

RESUMO: Surge uma nova forma de enfrentar os problemas, sejam eles de cunho social ou individual. A resiliência comunitária é uma forma preventiva de vida, no qual as comunidades começaram a desenvolver atualmente, sendo uma forma mutualística e cooperativista de ajuda entre os seus integrantes.
Palavras- chave: resiliência comunitária; prevenção; social

1 INTRODUÇÃO

            Superar seus medos, e adaptar-se aos meios nos quais se encontram de forma positiva está sendo uma das formas que algumas comunidades atualmente encontraram para enfrentar alguns dos seus principais problemas, sejam eles, sociais, econômicos ou sociológicos. A somatória da crença, cultura e até mesmo da forma como cada individuo analisa o mundo ao seu redor, contribui de forma incisiva para a forma no qual ele irá se sair de algumas situações.

            Segundo Reginaldo Branco: “resiliência é um produto interativo dessas crenças, atitudes, abordagens, comportamentos vivenciados pelas pessoas em determinadas culturas, que podem ajudá-las a se sair melhor em situações de adversidade e se recuperarem mais rapidamente.”

            Observamos portanto, conforme citado acima, que a resiliência é uma forma de viver voltada para a prevenção de acontecimentos extraordinários, parte portanto de uma forma preventiva do modo em que se vive.

2 SURGIMENTO DA RESILIÊNCIA E SUAS CARCTERISTICAS

            Surgiu há apenas três décadas o estudo sobre o tema em questão, o conceito começou a ser estudado inicialmente por Michael Rutter na Inglaterra e Emmy Wenner nos Estados Unidos chegando a espalhar-se pela, Espanha,França, Alemanha e Países Baixos.

 

Os estudos sobre o tema, sugere uma quebra de paradigmas ao propor um novo modo de observação, voltado à capacidade de cada individuo e de cada grupo, visando sempre a superação de experiências traumática, fazendo surgir portanto, uma perspectiva de esperança. ´´Mesmo que a formulação do conceito de resiliência seja relativamente nova, as buscas de superar as adversidades e a obtenção significativa de bons resultados sãotentativas do ser humano e inquietações das religiões de todos os tempos. O primeiro que

usou, em sentido figurado, o termo resiliência, foi o conhecido psicólogo John Bowlby(1992) e definiu-a assim: “recurso moral, qualidade de uma pessoa que não desanima, que não se deixa abater” (Manciaux, 2003, p. 20).

3 RESILIÊNCIA COMUNITÁRIA

            Nas diversas situações de desastres apresentadas no Brasil, como por exemplo, temos a região serrana do Rio de Janeiro, onde diversas famílias foram desabrigadas, houve desabamentos de morros entre outros. Contudo, o Estado mostra-se sempre despreparado para enfrentar tais situações desse tipo que por ventura venha a acontecer.

            Em tais situações tem restado à sociedade, comunidades e moradores assumirem o protagonismo no enfrentamento dos desastres, com desempenho exemplar e de relevante importância, tendo contribuído para salvar vidas e minimizar danos, durante e depois dos desastres. Esse protagonismo possui características de resiliência, tanto individual como comunitária. Essa reação da população diante de situações de desastre precisa ser reconhecida e melhor potencializada pelas políticas públicas.

            Para entendemos as diferentes configurações das catástrofes naturais torna-se necessário uma aproximação da Teoria Social do Risco, com lugar central na agenda dos governos. Os processos de desenvolvimento têm gerado situações de risco convertendo-se em “sociedades de risco”.

As decisões cotidianas arriscadas promovem catástrofes devido à produção social do espaço geográfico, que intensifica as consequências do desastre, especialmente para comunidades socialmente marginalizadas.

Portanto, é importante compreender as variáveis e dimensões dos aspectos teórico-conceituais das vulnerabilidades sociais, das exposições de determinados extratos da população aos riscos de ocupações precárias, onde se materializa a ausência do Estado, além do direito que estas comunidades têm ao conhecimento de suas vulnerabilidades, diminuindo as incertezas, os graus de risco para tomar decisões atuais e futuras.

            Percebe-se portanto uma ajuda mútua da população para que os efeitos de tais acontecimentos sejam minimizados. Acredita-se que o governo deveria dar um maior enfoque neste quesito, visto que é uma das formas mais incisivas de fazer com que as pessoas voltem ao seu status quo após tamanhos acontecimentos e perdas.

4 CONCLUSÃO

            Finalmente, a resiliência desafia e impulsiona a Teologia para assumir

conscientemente a necessidade de situar-se numa perspectiva de esperança e questiona as visões deterministas e pessimistas de alguns grupos cristãos. Num marco social de “dor exacerbada” pela crescente exclusão social, “a promoção da resiliência se torna uma necessidade e uma obrigação”.

           

5 BIBLIOGRAFIA

http://www2.dbd.pucrio.br/pergamum/docdigital/simposioteologia/pdf/Susana%20M.%20Rocca%20L.pdf ( acessado em 10 de Março de 2014)

http://www.anpur.org.br/revista/rbeur/index.php/anais/article/viewFile/4701/4568 ( acessado em 10 de Março de 2014)

           

             


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