Resenha - Um passeio na contabilidade, da pré-história ao novo milênio

Por Renata Silveira de Macedo | 29/08/2017 | Resumos

OLIVEIRA MARTINS, Maria de Fátima. Um passeio na contabilidade, da pré-história ao novo milênio. Adcontar, v. 2, n. 1, p. 7-10, Belém, 2001.

Autor: Maria de Fátima Oliveira Martins é contadora e Pós-Graduada em Ciências Administrativa – Área de Finanças, Ex-Contadora do Conglomerado do Banco do Estado do Pará, S/A, de 1990 a 1999, Professora da UNAMA das Disciplinas: Teoria da Contabilidade, Estrutura e Interpretação de Balanços e Análise das Demonstrações Financeiras e participante do curso de Nivelamento para Mestrado em Contabilidade e Controladoria.

O artigo discorre sobre a evolução da contabilidade desde o período pré-histórico até a atualidade, crescendo e se desenvolvendo junto com a civilização, cumprindo sempre com seu propósito, o de informar de forma cada vez mais eficiente e fidedigna.

A contabilidade era utilizada pelas civilizações antigas, antes mesmo da escrita, como instrumento de controle patrimonial, por meio de pedras colocadas em recipientes representando, por exemplo, o nascimento de animais e, também, em fichas de barro que representavam a entrada e saída de mercadorias diversas, o que conhecemos hoje, pelo método das Partidas Dobradas de débitos e créditos de ativos. A partir do conhecimento da escrita, criada pelos sumérios e fenícios, no Egito em 2000 AC, já havia a obrigatoriedade de escrituração de contas em livros e documentos, na moeda egípcia da época. As primeiras manifestações pelo Método das Partidas Dobradas, surgiram em torno dos séculos XII e XIII, quando a contabilidade entra na fase moderna, acompanhando a evolução, influenciada pelo desenvolvimento da economia nas principais cidades marítimas da Itália, consideradas importantes centros comerciais, gerando a necessidade técnicas para gerenciamento de seus negócios.

O mundo tomou conhecimento do sistema das Partidas Dobradas através do matemático, Frade Lucca Paccioli, que o divulgou de forma completa e atraiu o interesse dos homens de negócios que sentiam a necessidade de controle de suas riquezas. A partir de então tem início o pensamento contábil e surgem diversas escolas e teorias: Escola Contista, Teoria das Cinco Contas Gerais, Escola Personalista, Escola Neocontista, Escola Controlista e Escola Aziendalista. Considerado como a fase áurea, o período científico da contabilidade estendeu-se até os vinte primeiros anos do século XX.  A Escola Patrimonialista originou-se de discussões contra o pensamento aziendalista e traz princípios utilizados até hoje, como o de que: o objeto da contabilidade é o Patrimônio aziendal; os fenômenos patrimoniais são fenômenos contábeis; a contabilidade é uma Ciência Social que se relaciona com outras ciências, entre outros.

Após um declínio da contabilidade nas cidades italianas por diversos fatores, com a revolução industrial nos Estados Unidos houve um crescimento da contabilidade, movida pela necessidade de investidores em saber de suas aplicações em empresas listadas no mercado de capitais norte-americano. Na década de 60, com a guerra do Viatnã, a população começou a se manifestar também, em torno dos altos gastos com a  fabricação de armamentos e os danos causados ao homem e ao meio ambiente, o que acarretou a mudança de postura das empresas que passaram a informar a sociedade sobre os benefícios para os seus funcionários e a comunidade através de relatórios divulgados junto ao Balanço Patrimonial da empresa, dando origem ao Balanço Social.

Nesse novo milênio, surge um novo desafio, o de reconhecer contabilmente o intelecto, em torno disso várias definições e ideias vem sendo apresentadas. A contabilidade se adapta as diversas transformações do mundo moderno, já saiu da postura de guarda-livros, passou por Técnico em Contabilidade e Contador, que deve aperfeiçoar-se constantemente para manter- atualizado e atuante no mercado de trabalho, aproveitando as diversas alternativas propiciadas pela profissão.

O artigo apresenta de forma simples e objetiva as diversas fases da Contabilidade desde as antigas civilizações até a atualidade, bem como a importância da mesma no mundo globalizado despertando a curiosidade de aprofundamento no estudo da história e a busca pela constante evolução na profissão que possui uma vasta área de atuação.

Renata Silveira de Macedo, acadêmica do curso de Ciências Contábeis pela Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul.

 

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