RESENHA: RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO QUE PODEM LEVAR AO ESTRESSE: UMA ANÁLISE DA LITERATURA

Por Igor Rodrigo Haskel | 11/04/2019 | Psicologia

O presente artigo problematiza nossa sociedade contemporânea que vem se construindo de forma progressiva e numa velocidade feroz através da evolução tecnológica; contribuindo para expandir a percepção dos eleitores acerca dos problemas de saúde dos trabalhadores nas organizações. A tecnologia vem contribuindo para o desenvolvimento do homem em seus aspectos sociais, cultural e biológico. Em contraste, a tecnologia, que também está relacionada ao maior rendimento, competitividade, grande quantidade de produção, produz numerosos problemas, expondo os sujeitos à fragilidade física e emocional. Desta forma, as tensões geradas nesta nova configuração da nossa sociedade favorecem o estresse no ambiente de trabalho.

            A pesquisa do artigo contribui enormemente para compreender as facetas do estresse no ambiente de trabalho. Percebe-se que uma das causas do estresse está intimamente relacionada à falta de conhecimento dentro da organização acerca de como organizar o trabalho para ser eficiente e livre de estresse. Os estressores ocupacionais, relatados na pesquisa, está ligada diretamente com a organização do trabalho, sendo estas: carga de trabalho excessivo, condições insalubres de trabalho, falta de treinamento e orientação, relações abusivas, etc.

            Todos os estressores ocupacionais, fazendo um link com Spinoza, despotencializa os sujeitos de forma afetiva, fazendo com que estes tenham um desgaste progressivo, e, muitas vezes, esgotamento físico e emocional, que compromete de forma direta o rendimento destes colaborardes em seu fazer. Pensar em riscos psicossociais é poder compreender o sujeito em sua totalidade e sua relação com os outros e o mundo, enfatizando também a importância das questões ontológicas do ser: satisfação, afetividade, gratificação, expectativas, reconhecimento etc; tudo isto influenciará o comportamento destes colaboradores.

            Por último, vale ressaltar a importância de que a promoção de saúde deve ser focada para as mudanças organizacionais e não aos comportamentos individuais. Transformar o meio é também transformar os sujeitos, e vice-versa, num movimento dialético, onde o ambiente é constituinte e constituído. Este entendimento, tanto epistêmico quando ontológico, servirá de base para criar ações que possam favorecer condições dignas para os colaboradores, resultando como uma melhor qualidade de vida do trabalhador. Procure um Psicólogo para saber mais sobre o assunto.

Referência

CAMELO, Silvia Helena Henriques; ANGERAMI, Emília Luigia Saporiti. RISCOS
PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO QUE PODEM LEVAR AO ESTRESSE: UMA
ANÁLISE DA LITERATURA. Ciência, Cuidado e Saúde, Ribeirão Preto-sp, v. 2, n. 7,
p.232-240, 18 fev. 2008. Disponível em: Acesso em: 01 abr. 2018.

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