Resenha do texto "Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado"

Por ADRIANA SOELY ANDRÉ DE SOUZA MELO | 24/09/2019 | Educação

Faculdade de Educação Superior de Pernambuco – FACESP

Pós-graduação Latu Sensu em Língua Portuguesa e Literatura

Módulo II: Metodologia do Ensino Superior Docente: ProfªMsC. Adriana Soely

Discente: AnniHilarya de Souza Sá

 

RESENHA

GAROFALO, Débora. Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-as-metodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado. Acesso em 17 set. 2019.

Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUCSP, Débora Garofalo, que também é professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, além de colunista de Tecnologias para o site da Nova Escola, em seu artigo “Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado”, reúne as contribuições positivas desses métodos de ensino para a aprendizagem do aluno. Com base em ideias do Professor Doutor José Moran que foram retiradas do texto Mudando a Educação com metodologias ativas, ela discorre de maneira prática e sucinta sobre como e porque utilizar tais práticas em sala de aula.

A princípio, Débora nos apresenta o objetivo principal do modelo de ensino abordado, que consiste basicamente em manter o aluno no centro do processo de aprendizagem, de modo que este seja motivado a aprender de forma participativa e com autonomia, partindo de situações-problemas reais. Em outras palavras, significa que o aluno torna-se ativamente responsável por construir o conhecimento e o professor, por sua vez, assume o papel de mediador, aquele que passa as coordenadas, orienta e permite que o discente se encarregue de trilhar suas rotas rumo à aprendizagem efetiva.

Em seguida, a professora pontua quais seriam as metodologias ativas encarregadas de garantir a eficácia do processo de ensino-aprendizagem. Seriam estas:

  • Aprendizagem baseada em problemas: dado um contexto específico de aprendizado, esta tem como propósito alcançar a aprendizagem instigando o aluno a investigar, refletir e criar soluções para desafios.
  • Aprendizagem baseada em projetos: pautada na aprendizagem baseada em problemas, vai além, no sentido de permitir que os alunos ajam em função de determinada situação-problema, fazendo com que os mesmos tomem a posição de protagonistas. Nas palavras da professora “exige que os alunos coloquem a mão na massa”.
  • Aprendizagem entre times: tomando com base um estudo de caso, incentiva a resolução colaborativa de problemas, visto que tem por finalidade formar equipes em sala de aula para que juntos, os alunos possam encontrar soluções para determinadas situações.
  • Sala de aula invertida: considerada pela professora como “um apoio para trabalhar com as metodologias ativas”, consiste na expansão do campo de estudo para outras áreas além da sala de aula.

Não é possível afirmar dentre as metodologias apresentadas por Débora, qual delas é mais eficaz, visto que a realidade de cada turma é o que irá definir como elas serão trabalhadas. Entretanto, podemos afirmar que ambas são complementares. A primeira é o ponto de partida, pois propõe que os alunos busquem a resolução de problemas. A segunda incita a ação dos alunos, enquanto que a terceira indica uma maneira de agir em conjunto. A última, por sua vez, aconselha que tais práticas não fiquem restritas às paredes da sala de aula, mas sim, que as aulas meramente expositivas cedam espaço para outros ambientes.

Diante do exposto por Débora, não podemos negar a grande importância de inserir tais metodologias no processo de ensino-aprendizagem, dado que quando o aluno percebe-se como membro fundamental na construção do conhecimento, se sente instigado a contribuir cada vez mais e da melhor maneira, além de despertar seu senso crítico, bem como adquirir responsabilidade e aptidão para solucionar problemas.

É válido salientar que embora as propostas apresentadas pela professora sejam instigantes e demonstrem facilidade em obter excelentes resultados, devemos observar que a agregação de tais métodos à prática pedagógica exige certa cautela. Pois, na medida em que se dá autonomia ao discente de maneira desgovernada, o professor pode acabar sendo visto como uma peça dispensável para a aprendizagem do aluno.

De modo geral, a leitura do artigo foi enriquecedora, pois nos coloca em contato com metodologias que se utilizam de diversos recursos extraídos de situações reais que podem facilmente ser associados aos conteúdos didáticos sem perder o foco na aprendizagem.

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