RESENHA CRÍTICA DO LIVRO ''A HISTÓRIA DE B''

Por Eduarda Bosse Mallmann | 06/06/2017 | Direito

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CURSO DE DIREITO

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “A HISTÓRIA DE B”

Eduarda Bosse

 

Trabalho para a disciplina de Direito Ambiental, do curso de Direito, do Centro Universitário UNIVATES, para complementação da 3ª nota do semestre.

Professora: Dra. Luciana Turatti

Lajeado, setembro de 2015

A História de B – (Daniel Quinn) O autor toca num assunto polêmico, quando fala sobre nossa visão sobre a religião, como fazemos parte do mundo, sobre como nos foi embutida a ideia dos ensinamentos religiosos, pelas estruturas educacionais.

Daniel descreve a civilização como uma prisão e essa prisão significa que somos obrigados a manter o processo de avanço da cultura civilizada, “mais ou menos nos compele a prosseguir destruindo o mundo para continuar vivendo”.

Porém nem sempre essa cultura existiu e não é necessário que ela continue a existir. Para Daniel, povos primitivos são exemplos de culturas sustentáveis, logo não é humanamente impossível viver de forma sustentável.

Com o mito de Adão e Eva, Caim e Abel, foi como o homem iniciou a civilização, deixando claro que seria pecado passar por nossa mente que poderíamos ser como deuses, ou então não seguir a lei da vida, a teoria da evolução, que é como uma lei biológica que permite a sustentabilidade de uma espécie.

A verdade é que no início de tudo não existiam todas essas “regras” que a Igreja embutiu na nossa cultura, foi construída em cima de um esquecimento, como por exemplo, o fato dos ensinamentos religiosos serem repetidos diariamente, como se fossem para fixar uma ideia nos seus fiéis.

Em um certo momento do texto, Daniel relata em como as palavras “Deixe-me mostrar como você pode se salvar”, causa efeito nas pessoas em qualquer lugar do mundo:

“O fato de serem compreendidos deveria espantá-los, mas não causa espanto, porque vocês foram preparados desde a infância por cem mil vozes – um milhão vozes- para compreenderem essas palavras. Vocës sabem instantaneamente o que significa ser salvo”.

Outra mudança feita na nossa cultura foi a do esquecimento da formação da civilização, o progresso das comunidades agrícolas, até chegarem ao estado atual de desenvolvimento:

“O que estava acontecendo era o fato de que houve uma época em que nada disso estava acontecendo – uma época em que a vida era mantida pela caça e pela coleta em um lugar da criação de animais e da agricultura...”

Por isso o autor chama de “O grande esquecimento”, o fato de esquecermos como tudo começou, ou então o fato de não sabermos a verdade sobre como tudo começou. Será que realmente a agricultura foi criada para acabar com a fome do mundo? Será mesmo que a humanidade já não está na terra a milhões de anos? Talvez antes apenas viviam silenciosamente, sem o dom da extinção como possui atualmente.

Nós não temos o dolo de destruir o mundo, porém é o que estamos fazendo, diariamente, contribuindo com a destruição.

“O homem surgiu há milhões de anos e não era um flagelo, assim como os falcões, os leões ou as lulas não são flagelos. Ele viveu em paz com o mundo... durante milhões de anos”.

O texto faz refletir sobre nossa cultura, que é repassada a todas as gerações há séculos e que há séculos está causando cada vez mais danos aos nossos meios. Está cada vez mais se aproximando a hora em que teremos que nos silenciar e vivermos “de maneira inofensiva”, como cita o autor, se não quisermos extinguir a nossa raça. 

BIBLIOGRAFIA

QUINN, Daniel , A História de B, Editora Fundação Petrópolis, São Paulo, 2000.

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