RESENHA DO FILME 'ESCOLA DA VIDA'

Por macil costa | 27/08/2011 | Sociedade

"A escola da vida real"

O filme A Escola da Vida, trata de uma série de elementos presentes dentro do ambiente escolar para mostrar um pouco do processo de ensino e aprendizagem. O Diretor, William Dear para tanto utiliza de situações descontraídas - cômico - para instigar as pessoas que assistem ao filme, concomitantemente utiliza também da dramatização para gerar uma reflexão de mudanças no modo de trabalhar de alguns profissionais que ficam estagnados em apenas um estilo metodológico.
É preciso salientar aqui a agitação e as contradições promovidas na escola retratada no filme a partir da chegada Michael D?Angelo, professor de História, o que gerou um grande impacto para toda a comunidade escolar, alguns positivamente e para outros como o professor de biologia, Matt Warner causou certa repulsa. Este é um representante fiel daqueles professores tradicionais, arcaicos que utilizam de métodos ultrapassados para planejar as aulas, partindo dessa perspectiva a falta de interesse pela sua aula por parte dos seus alunos, isso se torna evidente tendo em vista que há anos o mesmo não procura rever seus conceitos, para uma aplicabilidade mais produtiva para o ensino.
Podemos perceber no filme algumas situações que a maioria dos professores recém chegados nas escolas os chamados a grosso modo de novatos são recebidos pelos professores mais antigos no local, muitos tendem a ficar meio receosos e temerosos há possíveis mudanças que estes podem promover na escola, por estar com mais vigor, mais fôlego, proporcionando assim novas idéias e um dinamismo maior na sala de aula, principalmente para os alunos.
Em contrapartida aqueles profissionais com vinte, trinta anos de docência estão muitas vezes doentes e sem inspiração alguma para estar na sala de aula. Já o professor de História chamado carinhosamente pelo corpo discente por Sr.D, é um exemplo totalmente contrário do professor de biologia. De uma forma positiva podemos pegar ele como um exemplo de profissional, que todos os pretensos professores de História devem tomar para si, já que tem todas as qualidades que o ensino escolar necessita, pois o papel e a atuação do professor já não é a mesma do passado. Antes ele detinha "todo" conhecimento e depositava nos seus alunos aquilo que havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente lido e repassado para eles sem reflexão ou visão crítica dos conteúdos.
Hoje, felizmente, podemos e devemos ensinar nossos alunos a pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa realidade, para que possam construir opiniões próprias.
Para que isto ocorra o professor deve, em primeiro lugar, gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através de seus atos e ações ele servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a refletir ele deve também refletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve respeitar seus alunos e assim por diante. Deste modo ele está sendo uma prova viva daquilo que está ensinando, pois bem a sua frente existem seres humanos que estão sendo moldados por ele.