RESENHA CRÍTICA - UMA PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR E AVALIATIVA PARA OS ALUNOS DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

Por PAULIANE SILVA SILVEIRA | 24/04/2019 | Educação

RESENHA CRÍTICA - UMA PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR E AVALIATIVA PARA OS ALUNOS DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

Pauliane Silva Silveira

SANTOS, C. M.; OLIVEIRA, M. R. F. Uma proposta de adaptação curricular e avaliativa para os alunos da sala de recursos multifuncionais. Paraná, 2017.

Cristiane Moreira dos Santos é Professora do PDE - SEED/Paraná, e Marta Regina Furlan de Oliveira é Pós Doutora em Filosofia da Educação. Docente do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina.

  O artigo das autoras citadas acima faz uma reflexão sobre proposta de adaptação curricular e avaliativa para os alunos da Sala de Recursos Multifuncionais, cujo foco é analisar a prática pedagógica dos professores em classe comum e, apresentar uma proposta voltada à flexibilização metodológica e avaliativa para atender os alunos que frequentam a modalidade de atendimento. Além de pesquisa bibliográfica também foi feito um levantamento com 20 profissionais da educação básica tanto da rede estadual quanto da rede municipal no município de Cruzmaltina, distrito de Dinizópolis.

Na introdução do trabalho foi exposta a importância da educação inclusiva, a justificativa do mesmo que seria desenvolver um estudo aprofundado sobre as adaptações curriculares e avaliativas em favor de um ensino e uma aprendizagem significativa e com qualidade, seguido pelo objetivo que é refletir acerca de uma proposta de adaptação curricular e avaliativa para os alunos da sala de recursos multifuncionais, para tanto foram exposto alguns questionamentos como: Como realizar as adaptações e as flexibilizações necessárias para que todos os alunos com algum tipo de deficiência ou transtorno possam ter acesso aos conteúdos escolares com qualidade? Como elaborar as avaliações de forma a contemplar a essência de seus conteúdos e, assim, garantir o aprendizado dos alunos de inclusão? seguido pelo resultado onde foi exposto que a escola inclusiva não é aquela que trata o aluno diferente de forma igual, mas sim que respeita a individualidade e proporciona meios para que este atinja o objetivo pedagógico que é a aprendizagem e o desenvolvimento humano.

Na fundamentação teórica as autoras falam um pouco sobre o conceito de atendimento educacional especializado – AEE, dizendo eu o mesmo é um serviço da educação especial para trabalhar com alunos diagnosticados com algum transtorno, e também colocam o Decreto nº 6.571/2008, que é justamente o que regulamenta esse trabalho, explicam também o que seria a Sala de Recursos Multifuncionais e como a mesma deve funcionar, não sendo apenas com o objetivo de resgatar conteúdos defasados, mais indo muito, além disso, visto que deve trabalhar de acordo com a necessidade individual apresentada, oferecendo uma série de possibilidades diferenciadas para que os alunos possam aprender e também melhorar o aprendizado na sala de aula regular.

Logo após fazem um comentário sobre algumas possíveis deficiências que devem ser atendidas pela Sala de Recursos tais como: alunos cegos, deficientes intelectuais, deficiente neuromotor, deficiente físico, alunos com transtornos globais do desenvolvimento e pessoas com transtornos funcionais específicos, e também expõe que cada uma dessas deficiências tem características próprias e por isso a forma como os professores dessa sala deverão trabalhar com ambos, deverá ser respeitando cada uma de suas especificidades e utilizados recursos compatíveis com cada deficiência.

Ainda na parte da fundamentação teórica é citada a Instrução 016/2011 da SEED, que abrange as atribuições dos professores especializados dessa sala de recursos tem por funções: identificar as necessidades especiais de cada aluno, orientar o professor da sala comum no que se refere às adaptações curriculares, produzir matérias didáticos acessíveis, trabalhar em conjunto com os outros professores visto que um irá depender do trabalho do outro para que os resultados se reflitam nos alunos.

Na metodologia e discussão dos resultados é a parte do texto onde é exposto onde ocorreu a pesquisa de campo e quem participou da mesma, ocorrendo na Escola Estadual do Campo José Ferreira Diniz, localizada no município de Cruzmaltina, distrito de Dinizópolis, e abrangeu professores, equipe pedagógica da rede estadual e também da rede municipal, foram atendidos, aproximadamente 15 (quinze) profissionais que participaram de 08 (oito) encontros presenciais, com carga horária de 04 (quatro) horas diárias, perfazendo um total de 32 (trinta e duas) horas.

No total foram 08(oito) encontros com esses professores em cada um foi abordado uma temática diferente, no primeiro encontro, o tema foi: "Necessidade de adaptação e diferenciação curricular",  o segundo encontro trazia como tema "Deficiência Intelectual – Convivendo com as diferenças",  no terceiro encontro o tema desenvolvido foi "Deficiência Intelectual: Características e definições", já no quarto encontro, o tema era "O currículo e a educação inclusiva", no quinto encontro, o tema foi "Práticas educativas: adaptações curriculares e flexibilizações curriculares", no sexto encontro foi trabalhado as "Adaptações curriculares garantindo o acesso e a permanência de todos os alunos na escola", no penúltimo encontro abordaram o tema "Avaliação escolar", e por fim, no último encontro foi discutido acerca do tema "Avaliando os encontros". Em todos os encontros foram desenvolvidas atividades referentes às temáticas destacadas acima, os professores puderam participar contando suas experiências e as autoras também fizeram suas propostas visando a melhoria educacional dentro de cada uma dessas áreas.

 Finalizando o trabalho as autoras perceberam que ainda existe muita limitação didático-pedagógica, que os professores não tem preparo, pois não tem formação específica na área de educação especial, e as poucas que os mesmo tem são ofertadas de forma bem resumida e superficial, evitando que esses professores sanem realmente todas as suas dúvidas, outra dificuldade observada foi em como os professores fazem as suas avaliações, não sabendo como fazer as adaptações e  adequações nas mesmas o que para as autoras faz uma diferença entre o fracasso ou o sucesso do aluno deficiente no ensino regular.