RESENHA CRÍTICA DO FILME "PIRATAS DA INFORMÁTICA: A HISTÓRIA DOS MAIORES VISIONÁRIOS DA COMPUTAÇÃO"
Por Hugo Costa Mota | 13/05/2020 | Tecnologia
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
CAROLINE AMARAL
HUGO COSTA MOTA
IURY BATISTA FEITOZA
JAISON AMARAL
KLÉBERTON PEREIRA LEANDRO
LORENA DE QUEIROZ ROCHA
MAICON SILVA ALVES
RESENHA CRÍTICA DO FILME: PIRATAS DA INFORMÁTICA
ARACAJU (SE)
2020.1
PIRATAS DA INFORMÁTICA: A HISTÓRIA DOS MAIORES VISIONÁRIOS DA COMPUTAÇÃO
O filme, gravado em 1999, escrito e dirigido por Martyn Burke, é baseado no livro “Fire in the valley: the making of the personal computer”, de Paul Freiberger e Michael Swaine, que conta a história dos primeiros computadores pessoais. A trama retrata a criação, rivalidade e a contribuição da Apple e Microsoft para popularização do computador no mundo.
O filme se passa na década de 1970 e vai até 1997 e mostra os percalços que a Apple, fundada por Steve Jobs, com Steve Wozniak e amigos, passou para se tornar o que é hoje; sem dinheiro e desacreditada pelo mercado, os jovens começaram a empresa em uma garagem. Sem muita diferença, Bill Gates e amigos também fundaram a Microsoft com poucos recursos e com o desafio de concorrer com empresas grandes, como a IBM.
Apesar da pouca idade, Jobs mostrou-se um líder que despertava paixão e ódio por parte dos seus funcionários, que muitas vezes eram submetidos a jornadas exaustivas e sob muita pressão do fundador da empresa. Ao contrário de Jobs, Gates tinha uma personalidade calma, comedida e mais estratégica, o que se mostrou importante para a negociação da parceria que a Microsoft fez com a IBM, ao fornecer o sistema DOS para os computadores da IBM.
No decorrer da história, Jobs e Gates são mostrados como gênios, ao mesmo tempo como “piratas”, pois conquistaram o sucesso através de métodos questionáveis. No caso da Apple, Jobs viu nos engenheiros da Xerox uma oportunidade de negócio a partir da invenção pelos mesmos do mouse e da interface gráfica. Já Gates começou a ter sucesso a partir do sistema DOS, comprado por uma bagatela da Seattle Computers, dando o pontapé inicial no sistema operacional que daria origem ao Windows.
Além da concorrência com as grandes empresas, o filme apresenta a relação oras amigável, oras explosiva, entre Gates e Jobs, que em determinado momento fazem uma parceria para lançar um computador com o sistema da Microsoft. Essa parceria não deu certo, pois se mostrou mais vantajosa para a empresa de Gates do que a de Jobs, o que levou ao rompimento entre as duas “famílias”.
Por fim, o filme é interessante por mostrar desde a evolução tanto da Microsoft e da Apple e a personalidade dos fundadores até a rivalidade entre as duas empresas e posteriormente a conciliação entre ambas. Todavia, faltou uma abordagem mais profunda do papel de atores que contribuíram para o sucesso das empresas, como Wozniak (e a Apple II).