Resenha crítica do artigo “Mitologia e cinema: a propagação dos mitos por meio da trilogia clássica Star Wars.” De Rafael Jose Bona & Leonardo Antonio Pertuzzatti

Por Lanna Jéssica Gomes da Silva | 23/11/2017 | Resumos

O artigo busca analisar os mitos que inspiraram a trilogia clássica de Star Wars, relacionando o enredo com os diversos temas mitológicos e arquétipos existentes, com o intuito de chegar à compreensão de toda a complexidade apresentada no cinema. Logo, são apresentados os conceitos de arquétipos, com todas as suas variações, bem como eles foram traçados de acordo com suas aparições e significâncias na trama, onde foi apresentada cada adaptação alcançada no cenário que, para a época, estava em completa ascensão. Com isso, o artigo pretende contextualizar de maneira embasada e exemplificada por meio da escolha desta trilogia para que o conceito de mitologia e herói sejam compreendidos pelos leitores. O artigo desenvolve-se na seguinte estruturação textual: a mitologia e o herói, mitologia, arquétipos, Star Wars; análise de caso, Star Wars: o mito da sociedade moderna; os arquétipos, o herói, o mentor, o guardião do limiar, o arauto, o camaleão, o pícaro, a sombra; além destes, é possível também encontrar introdução e considerações finais. De acordo com Bona e Pertuzzatti, a trilogia clássica de Star Wars possui ligação com diversos temas mitológicos e seus arquétipos, sendo estes abordados em obras clássicas como O Herói de Mil Faces de Joseph Campbell e, levando isso em consideração, os autores citam que os personagens presentes nos três filmes dirigidos por George Lucas possuem as características primordiais para serem considerados arquétipos. Com isso, se pode inferir que a história do personagem principal da trilogia, Luke Skywalker, segue as premissas necessárias para configuração de um arquétipo do herói (de acordo com o que fora publicado por Campbell em 2007) sendo um garoto que vive em um ambiente completamente sossegado quando é levado para o meio de uma guerra intergaláctica que faz com que sua vida mude bruscamente, o que faz com que ele tenha que decidir se continua na sua aventura que irá ajudar a salvar a galáxia ou não. Com isso, Luke toma conhecimento de que possui poderes especiais e que o homem com quem ele decide lutar é seu pai, o que confere uma grande relutância para o garoto que deve decidir internamente se continua nessa guerra e salva o mundo (tornando-se um herói) ou se derrota seu pai, o qual Luke achava que tinha falecido desde seu nascimento. Para a compreensão do que se entende por um herói, inicialmente deve-se ter em mente o que se entende por mitologia, uma vez que este conceito é o ponto inicial para o entendimento de toda a narrativa entre a mitologia e o herói. No capítulo dois (sobre a mitologia e o herói) Bona e Pertuzzatti admitem que mitologia tem por significado o estudo das narrativas, tendo sido fonte de respostas ao homem durante muito tempo há milhares de anos até a chegada do século XVIII, quando todo o mundo fora dominado por pensadores empíricos, racionais e com pensamentos científicos acerca de tudo que se tinha notícia. Sigmund Freud, no início do século XX, teve a iniciativa de trazer à tona a mitologia novamente em seus estudos, tentando fazer com que as pessoas entendessem que existe relação entre a personalidade observada em cada pessoa e os mitos que surgem em histórias contadas por diversos. Com isso, seus ideais foram passados adiante para que pudessem ser compreendidos por outros estudiosos, como Carl Gustav Jung que, por um longo período, conseguiu experimentar o que Freud idealizava em seus estudos...

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